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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sucesso do comunicador

Para quem deseja tornar-se um bom comuni­cador, é indispensável uma preparação contínua, pois só a prática é capaz de melhorar o desempenho na arte de falar. O domínio e o conhecimento de técnicas comunicativas ajudam, mas, sem treinamento, não resolvem. Somente o empenho, a dedicação e a disciplina aos estudos a ao treinamento transformam o usuário da língua em um orador eloquente, equilibrado e seguro.

Na expressão oral, ganha ponto aquele que, com simplicidade, procura sempre pronunciar as pa­lavras corretamente, articulando a linguagem, sem ser prolixo, pedante, ou exagerado. Quem não capricha na pronúncia ou fala demais, sem saber o que está dizendo, torna-se cansativo, repetitivo e antipático.  Por outro lado, quem fala com acerto, moderação e cuidado, conquista, com suas palavras, postura, atitudes e exemplos, a simpatia do público, condição indispensável para o sucesso na transmissão da mensagem.

O modo de se comunicar deve ser o mais natural possível. Ninguém precisa querer imitar ou ser igual a outras pessoas. Essa estratégia não é aconselhável, pois as pessoas são diferentes e nem sempre o que funciona com uma se aplica a outras. Daí a importância de cada orador, com simplici­dade, buscar naturalmente o seu estilo próprio de falar, transmitindo suas men­sagens, com objetividade, elegância e eficiência.

Abaixo, chamamos a atenção para alguns cuidados que o comunicador deve tomar para o êxito de sua comunicação.

Problemas da fala

Na exposição oral, o comunicador deve ficar atento aos problemas que comprometem a qualidade de sua intervenção. Eis os mais comuns:

         Transposição do som de uma sílaba para outra da mesma palavra (hipér­tese) - “Trigue” (em vez de tigre); “drento” (em vez de dentro).
         Omissão de sílabas – “Pcisa” (em lugar de precisa).
         Transposição de um som dentro de uma mesma sílaba (metástese) -“Troce” (em vez de torce); “proque” (em lugar de porque).
         Troca do “L” pelo “R” (rotacismo) - “Crássico” (em vez de clássico); “Cráu­dio” (em vez de Cláudio).
         Troca do “R” pelo “L” (lambidacismo) - “talde” (em vez de tarde); “folte” (em vez de forte).
         Flexão indevida de algumas palavras - “sou membra da família” (em vez de sou membro da família); “menas confiança” (em vez de menos confi­ança).
         Dificuldades na pronúncia do “M” final – “garage” (em vez de garagem); “Contage” (em vez de Contagem); “orige” (em vez de origem).
         Falta de concordância verbal - “nóis vai”, “nóis fica” (em vez de nós va­mos, nós ficamos); “nóis fais” (em vez de nós fazemos); “vocês arruma” (em vez de arrumam); “vocês fala” (em vez de falam).
         Falta de concordância nominal - “os menino pequeno” (em vez de meni­nos pequenos); “os obreiro da igreja” (em vez de os obreiros da igreja); “os professor da escola municipal” (em vez de os professoreda es­cola municipal).

Outros cuidados

                                      Além do cuidado com a pronún­cia, o comunicador deve ter a consciência de que a educação, a cordialidade, a lin­guagem sim­ples, o tom moderado de voz são indispensá­veis, pois revelam segu­rança e causam uma boa impressão às pessoas envolvidas no pro­cesso comunicativo. Por isso é importante respeitá-las, demonstrando na prática apreço, carinho e atenção por elas. Os ouvintes precisam perceber isso nas atitudes do orador.

                Em relação à postura, o comunicador deve buscar sempre o equilíbrio, não relaxando em demasia o corpo, nem er­guendo muito a cabeça, para não passar uma imagem de arrogância e prepo­tência. Ele deve se apresentar, naturalmente, com os braços ao longo do corpo, ou acima da linha da cintura, gesticulando-se moderadamente. Durante a fala, o peso do seu corpo deve-se apoiar nas duas pernas por igual e não ora sobre uma, ora sobre outra. Se estiver parado, o comunicador não deve abrir muito as pernas e, se estiver em movimento, suas ações devem ser cadencia­das e ordenadas. Vale dizer que o bom comunicador normalmente se movi­menta, quando se pretende aproximar dos ouvintes, ou enfatizar uma determi­nada informação.

Expressão

O modo de expressão é muito importante no desempenho do comuni­cador. Alguns se empolgam, outros acham que falam bem e se esquecem de dar a devida atenção aos ouvintes. O orador deve olhar em todas as direções do auditó­rio, valorizando assim a presença do público. Se esti­ver lendo, o cuidado tem que ser redobrado, pois existe sempre a tendência de o leitor olhar o tempo todo para o texto, esquecendo-se da assistência.
O orador deve ainda manter o semblante descontraído. Sua expressão deve ser coerente com o teor de sua fala. Seu semblante deve refletir os aspectos gerais de seu discurso. Assim, ele não pode falar de coisas alegres, com a cara fechada, nem de coisas tristes, com expressão de alegria. É preciso haver coerência entre o modo como se fala e o que revela sua fisionomia.

Outros cuidados como a intensidade da fala, o ritmo e a impostação da voz são indispensáveis. Se o comunicador falar muito baixo, os ouvintes po­dem não prestar a atenção; se falar alto demais, ele pode parecer mal-educado, ou descontrolado. A altura da voz deve ser adequada ao ambiente. Além disso, a fala deve denotar entusiasmo e vibração, pois esses ingredientes contagiam a assistência, despertando-lhe o interesse pela mensagem.

Às vezes, devido à ansiedade, o orador começa a falar, sem observar o ritmo e o timbre da voz, evidenciando assim uma dicção deficiente. Uma boa estratégia de treinamento, para o comunicador que deseja melhorar seu de­sempenho, pode ser gravar a própria fala e ouvi-la atentamente, observando os pontos a serem aperfeiçoados. Assim, ele saberá escolher o ritmo próprio, a pronúncia correta e o timbre de voz adequado às suas características físico-motoras que interferem no seu desempenho comunicativo.

Adequação linguística

Uma boa comunicação pressupõe a utilização de um vocabulário claro, correto, mas sem sofisticação. Um vocabulário repleto de palavras difíceis e incompreensíveis torna a comunicação desinteressante e sem eficácia. O ora­dor deve evitar também o vocabulário específico da sua profissão, diante de pessoas não familiarizadas com tal área de atuação. Do mesmo modo, sua fala deve ser isenta de termos pobres, ou vulgares, como palavrões e gírias.

O orador, falando com naturalidade e simplicidade, não incorrerá em erros gramaticais graves, não comprometendo sua apresentação, nem dene­grindo sua imagem. O bom emprego da linguagem, a pronúncia correta das palavras, a elegância no modo de falar merecem cuidados, pois quanto maior o domínio linguístico do comunicador, maior será a sua credibilidade.

Preparando o discurso

Planejamento

Ao preparar uma exposição para ser lida ou pronunciada oralmente, o comunicador deve ficar atento a alguns cuidados indispensáveis ao êxito de sua apresentação. Primeiro, ele deve fazer uma autoavaliação para verificar o nível de conhecimento que tem sobre o assunto; em seguida, ter clareza dos objetivos de sua exposição e do resultado que espera alcançar, ao concluir sua mensagem; por último, ter ciência do perfil do público e do possível interesse e motivação dele pelo assunto.

Feito isso, o passo seguinte é escolher a forma de abordagem do assunto, o método a ser adotado e as estratégias que serão empregadas para o envolvimento dos ouvintes. Esses elementos são indispensáveis para pontilhar o pensamento do orador na direção das expectativas dos participantes. Somente com esse caminho será possível uma comunicação eficiente e eficaz, já que ele propiciará a evolução natural da leitura ou da fala, assegurando a sintonia entre comunicador e assistência.

No planejamento do discurso, o orador deve-se orientar a partir de questões do tipo: Qual o tema abordado? Qual a finalidade da exposição? Qual o número de pessoas presentes? Qual o feedback esperado? O que motiva as pessoas a se interessarem pela exposição? Quanto tempo deve durar a exposição? Quais os recursos disponíveis? Em que parte do auditório ficar? Qual a postura adequada para esse tipo de evento?

Introdução

Definidos os pontos acima, o orador pode então montar o seu discurso, seja redigindo o texto para ser lido, ou fazendo um esquema para a fala planejada. Assim, no início do discurso, ele deve despertar o interesse dos ouvintes, aguçando a curiosidade deles pela mensagem que será dita. Nessa etapa da intervenção do orador, que deverá durar de dois a três minutos, ele pode iniciar com a apresentação pessoal, revelando o essencial sobre sua pessoa, qualificação profissional e algo de seu perfil que tenha relação com o tema da mensagem que será ministrada.
  
No início, o comunicador deve intervir com simpatia, pro­curando conquistar a assistência. Uma estratégia interessante seria ele destacar os pontos principais da exposição, os objetivos e os passos que serão seguidos na abordagem do assunto.Dependendo da situação, o orador pode iniciar, fazendo o relato de uma pequena história (ou caso) que tenha estreita relação com o conteúdo da mensagem. Pode ainda ressaltar a importância da presença de todos, citar um autor respeitado, relatar um fato bem humorado, ou levantar uma reflexão sobre o assunto, de­monstrando sutilmente que o conhece e que o domina. Se essa introdução for feita com objetividade, segurança e vibração, sem dúvida, o orador conseguirá preparar o ânimo dos expectadores para receber bem o discurso.

Não é recomendável contar piadas, fazer perguntas que provoquem respostas indesejadas, pedir desculpas por problemas físicos como rouquidão, dor de cabeça, gripe, ou resfriado. Do mesmo modo, o orador não deve demar­car sua posição sobre assuntos polêmicos, nem iniciar a fala com chavões, ou frases muito usadas do tipo: “a união faz a força”, “uma andorinha só não faz verão”.  Essa parte da fala não pode passar a ideia de falta de objetividade do orador, logo precisa ser densa, concisa e objetiva.

Desenvolvimento

Ao começar o desenvolvimento da exposição, uma boa estratégia pode ser a intervenção do orador anunciando, em uma frase, o assunto a ser abor­dado. Por exemplo: “Vamos tratar aqui da violência que apavora as pessoas nos grandes centros urbanos”. Ele pode também fazer um relato histórico do tema ou levantar um problema para o qual apresentará no final a solução.

Na sequência da exposição, os argumentos devem ser direcionados cada vez mais para o ponto de vista que o orador vai sustentar sobre o as­sunto. É importante que ele seja claro e objetivo ao explicitar, justificar e com­provar sua opinião. Para isso, de forma comedida, ele pode usar comparações, exemplos, dados estatísticos, testemunhos; enfim, tudo que puder confirmar e elucidar o conteúdo de sua exposição.

Durante o desenvolvimento, o orador deverá ser coerente na abordagem dos pontos destacados na introdução. Isso fará com que a plateia se renda completamente ao poder sedutor de suas palavras, aumentando assim o grau de confiabilidade. A linguagem do orador deve ser vibrante, porém clara, com frases não muito longas, ritmo suave, fazendo a transição lógica entre os pontos destacados. Para isso, é preciso que os argumentos sejam ordenados criteriosamente, apoiados, se possível, em dados ou exemplos que levem o auditório a compreender com tranquilidade a mensagem transmitida.

Por ser essa etapa a mais longa da exposição, a preocupação com o público deve ser constante para mantê-lo sempre interessado no desenvolvimento da mensagem. Para cativar o público, o orador deve ler ou falar movimentando comedidamente a cabeça, de modo que seu olhar se direcione prioritariamente ao centro da plateia, alternando, de vez em quando, para a direita e para a esquerda, a fim de que todos se sintam contemplados e valorizados.

Outra forma de valorizar o público e de mobilizar sua atenção consiste na adoção de recursos visuais. Como o cérebro retém apenas parte da informação auditiva, o orador pode-se valer de transparência com os registros dos tópicos principais da exposição. Essa estratégia funciona bem, pois ajuda a plateia a fixar os tópicos principais da apresentação, permitindo que os objetivos do orador sejam mais facilmente alcançados.

Conclusão

Da mesma forma que a introdução e o desenvolvimento, o fechamento do discurso deve-se dar com entusiasmo e vibração. Não devem ser usadas fórmulas mínimas para concluir o discurso. Expressões do tipo, “por hoje é só”, “era isso que eu queria dizer”, “espero que vocês tenham gostado” matam qualquer discurso. Não se pode correr o risco de deixar uma imagem negativa, logo é questão de honra terminar bem a exposição.

Para um arremate em alto nível, o orador pode fazer uma síntese do conteúdo principal da exposição, reforçando o que ele deseja que os expectadores guardem nos arquivos da memória. Pode ainda abrir espaço para tirar algumas dúvidas da plateia, fazer um agradecimento sincero e encerrar com uma história interessante, bem humorada e adequada ao tema. Se preferir pode terminar com uma citação de autor importante, ou com uma frase de efeito apropriada. 

Se o clímax do discurso for bem preparado, o sucesso da apresentação será evidente. Recomendamos, então, que o orador faça uma breve recapitula­ção acerca do que foi explanado. Nessa parte, podem ser usados os mesmos recursos do início da apresentação. Sem perder de vista a simpatia com au­ditório, com bom humor, sensatez e equilíbrio, o orador retoma a ideia central do assunto abordado, procurando persuadir os ouvintes a concordarem com o ponto de vista manifesto ao longo da exposição. Feito isso, a missão estará cumprida com sucesso.


Oratória - técnicas e dicas

Preparando o discurso

Na elaboração do discurso, o orador pode começá-lo, respondendo as seguintes indagações:

1)  Qual o tema abordado e qual a finalidade da exposição?
2)  Quantas pessoas participarão e qual o perfil do público presente?
3)  O que motivou as pessoas a participarem do evento e qual domínio que elas têm do assunto?
4)  Qual o melhor local onde deve ficar o orador para que ele seja visto e ouvido?
5)  O que o orador deseja que os ouvintes apreendam da mensagem proferida?
6)  Que tipo de expectativa devem ter os ouvintes em relação à mensagem?
7)  Quanto tempo deve durar a exposição para que ela não seja cansativa?
8)  Com que recursos o orador poderá contar na exposição da mensagem?

Estrutura do discurso

Introdução / exórdio:

Essa parte antecipa o que os ouvintes vão assistir no decorrer da exposição. É o momento em que o orador prepara o ânimo da plateia para receber bem a mensagem. Assim, para começar bem, o comunicador deverá envolver o auditório, despertando o interesse e a curiosidade dos ouvintes.

Para a elaboração da parte introdutória, uma sequência possível pode ser:

1)  Apresentação pessoal.
2)  Comentar os pontos principais e os objetivos.
3)  Explicar a metodologia que será seguida na exposição.

Como cativar a plateia:

1)  Respeitar os ouvintes antes de tudo (pontualidade, dignidade).
2)  Não projetar uma imagem de infalibilidade e superioridade.
3)  Gerar um clima de maior aproximação, mas sem se expor em demasia.
4)  Empregar exemplos relacionados ao assunto e à experiência dos ouvintes.
5)  Observar os sinais que a plateia envia para reagir adequadamente.
6)  Cuidar da linguagem corporal.

Corpo / exposição:

Essa parte mostra o desenrolar de toda a explanação, com análise do tema, exemplificações e argumentos. É o desenvolvimento do discurso, propriamente dito. Durante essa exposição, é muito importante que a plateia perceba exatamente o que o orador quer passar. Para isso, o discurso deve ser simples, orientando o raciocínio da plateia, de forma ordenada, clara e precisa.

Para atingir esse objetivo, o orador pode seguir os passos seguintes.

1)  Usar anotações, mas não ficar lendo para o público. Como o cérebro retém pouca informação auditiva, as notas ajudam a tornar o discurso mais acessível.
2)  Manter a linguagem clara, as frases curtas e com ritmo suave, fazendo a transição lógica entre os pontos.
3)  Ordenar os argumentos e se apoiar em dados ou exemplos que ajudem o auditório a compreender a mensagem da exposição.
4)  Se puder, falar sem usar anotações e se mover com confiança pelo palco. Isso acaba com o bloqueio psicológico do “subir no palanque” e torna o orador e sua fala mais acessível.
5)  Ao falar, o orador deve manter o olhar no centro da plateia – a cerca de dois terços da distância entre a última fileira e o palco.
6)  Deixar que o apoio das pessoas que ouvem o orador lhe dê confiança, já que, em geral, elas tendem a ter mais simpatia do que hostilidade por ele.
7)  Fazer contato visual e encorajar a plateia a participar, com perguntas gerais ou individuais.
8)  Fazer o público rir também, em determinadas situações, pode ser positivo, desde que não haja exagero.

Conclusão / peroração:

Essa parte deve ser conduzida também com habilidade, o bom discurso se concretiza, quando termina bem. Assim, é bom que o final faça um compêndio do que foi dito, incluindo, na maioria dos casos, os elementos abaixo.

1)  Fazer um breve resumo do conteúdo principal do discurso.
2)  Fazer um apelo à ação.
3)  Fazer um agradecimento sincero.
4)  Contar uma história interessante, bem humorada e adequada ao tema.
5)  Fazer uma boa citação.
6)  Arranjar uma frase de efeito.
7)  Esclarecer as dúvidas da plateia
8)  Nunca dizer: “Por hoje é só”; “Era isso que eu queria dizer”; "Espero que vocês tenham gostado". 
9)  Sair de cena, despedindo-se dos ouvintes, dizendo: “Muito obrigado pela atenção e boa tarde a todos” ou algo na mesma linha. 

Se o orador não fechar bem sua fala, o discurso todo se esfria, razão por que o orador não deve terminá-lo de qualquer jeito. Todo o discurso precisa de um clímax e o orador deve prepará-lo com o mesmo cuidado que tevera para inciá-lo e desenvovê-lo. As boas impressões devem permanecer no arremate da exposição, já que elas marcam positivamente os arquivos da memória dos ouvintes.

           Para finalizar, é bom salientar que os discursos lidos devem ser praticados em situações especiais, a exemplo das relacionadas abaixo.

1)  Pronunciamentos oficiais;
2)  Textos técnicos que não possam conter erros.
3)  Discursos de posse de presidentes de entidades, pois esse é o momento em que apresentam as bases da sua administração e não devem, portanto, improvisar.
4)  Discursos de despedida de presidentes de entidades, pois ao deixar o cargo, de maneira geral, fazem um levantamento das suas realizações.
5)  Agradecimentos de homenagens feitas a grupos, especialmente quando a mensagem representar a filosofia das pessoas, ou o discurso tiver de ser distribuído para a imprensa;
6)  Discursos de oradores de turma, pois em tais situações estão representando a vontade de todos os colegas formandos. 


O orador deve ter em mente que a mensagem será transmitida aos ouvintes. Logo, ele não deve olhar para o texto o tempo todo, como se estivesse conversando com o papel. Durante as pausas prolongadas e nos finais de frases, o orador deve olhar para os ouvintes, valorizando, com essa atitude, a presença deles. Por isso, ele deve ter o cuidado de manter o papel na altura correta: muito baixo, dificulta enxergar o texto; muito alto, esconde o rosto do orador. A altura da folha deve ser a da parte superior do peito do orador.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Currículo

A palavra currículo se origina da forma latina “Curriculum vitae”, tradu­zida aqui como registro das informações sobre o que uma determinada pessoa realizou em favor de seu crescimento pessoal e profissional. Sendo assim, o currículo apresenta, de forma resumida e esquemática, dados referentes à identificação pessoal, idade, estado civil, formação escolar, cursos de qualifica­ção, de aperfeiçoamento, experiência profissional e outras atividades.
O currículo moderno deve ser conciso, simples e objetivo, para despertar a atenção do analista logo de início. Para que o avaliador o examine com interesse, o currículo deve revelar o conhecimento e as habilidades que a empresa procura. Nesse sentido, ele precisa informar o essencial sobre o candidato, com o máximo de economia de tempo possível.

Recomendamos, então, a elaboração de um currículo com as seguin­tes orientações:

   I.    Identificação
Nessa parte, deve constar em destaque, no alto da folha, o nome do (a) candidato (a). Logo abaixo do nome, com menos destaque, sua forma­ção, profissão, ou qualificação profissional, endereço completo, telefone e e-mail.

  II.    Objetivos profissionais
Na redação dos objetivos profissionais, o (a) candidato (a) deve esclare­cer que deseja o emprego, para prestar serviços à empresa, com empe­nho, dedicação e boa vontade, cumprindo suas atribuições do melhor modo possível. É importante que, na formulação dos objetivos, ele (a) demonstre saber, com clareza, de que forma seus conhecimentos, suas habilidades e competências serão úteis e benéficas ao desenvolvimento dos trabalhos na empresa,

III.    Formação
Essa parte deve demonstrar o mais alto grau de formação e a instituição em que o (a) candidato (a) se formou. Caso ele tenha mais de um curso de níveis equivalentes, deve mencionar primeiro a forma­ção que tiver uma relação maior com as funções do cargo pretendido.

IV.    Experiência profissional
Nesse campo, devem ser citados o nome da (s) empresa (s) e o (s) cargo (s) ocupado (s). Tendo experiência em mais de uma função, ou empresa, os cargos devem ser relacionados, a partir do mais importante, do que tiver mais proximidade com as funções do emprego almejado.

 V.    Qualificação
Esse item é opcional.  Ele deve ser preenchido, se o (a) candidato (a) ti­ver algum curso extracurricular, de qualificação, de atualização, ou de aperfeiçoamento, que tenha relação com o cargo pretendido.

VI.    Competências / habilidades
Trata-se de um item opcional em que o candidato relaciona algo do seu perfil que o ajudará a desempenhar bem suas funções. Esse item e o dos objetivos profissionais são importantes, principalmente para o (a) can­didato (a) ao primeiro emprego que, normalmente, não têm muito que re­gistrar no currículo.

VII.    Outras informações
Esse é também um item opcional. Ele só deve constar do currículo, se acrescentar algo positivo em favor do candidato. Se nada somar, deve ser evitado, pois quem contrata está preocupado com a qualidade e não com a quantidade das informações.

Modelo de currículo de candidato sem experiência profissional.


Currículo

Priscila Vieira Bello
Ensino Médio completo   - 20 anos

Rua Sebastião Ferreira nº 109, Bairro Santa Maria, BH / MG.
Fones: (31) 8628 1234 / (31) 3396 1342.  

OBJETIVOS PROFISSIONAIS

Prestar serviços à empresa META, como recepcionista, realizando um atendimento de qualidade, procurando sempre contribuir da melhor forma com o andamento dos trabalhos do setor, respeitando a hierarquia, os clientes, os colegas de trabalho, buscando, com isso, a cada dia, um crescimento pessoal e profissional.

FORMAÇÃO ESCOLAR

Ensino Médio Completo – Colégio Rosa Souza
Rua João Gonçalves Silva Neto nº 25 – Bairro Renascer – Betânia / MG.

QUALIFICAÇÃO

2011 – Curso de Capacitação Básica para o Trabalho, de 250 horas de formação, realizado pelo ESPRO em parceria com o Cefort.

2010 – Curso de atendimento a clientes, de 24 horas de formação, realizado pelo SEBRAE – BH.

2009 – Curso de informática (world, excel, power point, internet), realizado pelo Cefort.

COMPETÊNCIAS

- Facilidade na comunicação oral e escrita.
- Facilidade de relacionamento interpessoal.
- Dinamismo para trabalho em equipe.
- Atenção e concentração nas atividades.
- Coragem e força de vontade para enfrentar e vencer desafios.

Contagem, 2015.

________________________
Priscila Vieira Bello


Modelo de currículo de candidato com experiência profissional


Currículo

Pedro Batista Noel de Oliveira
Professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira – 52 anos.

Rua Antônio Silva, 14.    Bairro Pavão – Atenas / GR.   
CEP: 38 624 – 290. Fones: (31) 8628 1234 / (31) 3396 1342.
e-mail: pebanoeli@gpa.com.br.

Objetivos
Prestar serviços nas Áreas de Educação, Cultura e outras afins, apro­veitando a experiência de educador e de poeta, para contribuir com a melhoria da qualidade do ensino e com o desenvolvimento artístico-cultural do edu­cando. Isso visando à formação integral do estudante como ser humano que precisa exercer uma prática de vida com sucesso, zelando sempre pelo res­peito às pessoas, às autoridades e às instituições.

Formação
Universidade dos Sonhos : Curso de Letras – Licenciatura Plena. Habilitação: Português, Inglês e Suas Literaturas.
Fundação Educacional de ....Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” – Espe­cialização em Língua Portuguesa.

Experiência profissional
Empresa: Pré-vestibular Meta, de agosto de 2002 a julho de 2006.
Cargo: Professor de Língua Portuguesa, Redação e Literatura Brasileira.
Empresa: Pré-vestibular Máximo, de agosto de 2006 a março de 2014.
Cargo: Professor de Gramática da Língua Portuguesa e Redação.

Qualificação
Inglês, espanhol e Informática.
Cursos de atualização e aperfeiçoamento nas áreas da Educação e Cultura.

Competências
Facilidade na comunicação oral e escrita.
Facilidade de relacionamento interpessoal.
Dinamismo para trabalho em equipe.
Eficiência na gestão de projetos culturais e educacionais.

Outras informações – publicações
Artigos de opinião em um periódico da cidade, desde maio de 2005.
Dois livros de poesias.
Um manual didático de língua portuguesa.
Um blog educativo, na área de língua portuguesa e redação.


Atenas, novembro de 2015.

________________________
Pedro Batista Noel de Oliveira


É bom salientar que um currículo bem elaborado é o cartão de visita de quem pretende ocupar uma vaga no mercado de trabalho. Uma boa formata­ção e a demonstração de equilíbrio, no modo de registrar as informações são aspectos que somam positivamente em favor do candidato. Sua competência e segurança começam a ser avaliadas pela forma como foi organizado o currí­culo. Ele, sendo claro, consistente, ajudará o candidato no momento da entre­vista, uma vez que antecipará grande parte das indagações do entrevistador. Portanto, capricho na hora de elaborar o currículo. E lembre-se: quanto mais direcionado ao cargo ou à função pretendida, melhor. Um currículo sem direci­onamento é apenas mais um entre tantos concorrentes.

O currículo pode ser precedido de uma carta de apresentação. Nesse documento o remetente se dirige ao receptor, falando sucintamente de suas habilidades e competências, evidenciando que sua experiência na área profis­sional pode agregar valores importantes ao bom trabalho realizado pelos funci­onários da empresa. Esse deve ser um texto breve e consistente para desper­tar o interesse do destinatário pela análise detalhada do currículo.

O exemplo abaixo elucida bem o documento.


À DIREÇÃO DO COLÉGIO ANTÔNIO DA COSTA
NESTA

Belo Horizonte, novembro de 2015.
Assunto: Apresentação de currículo.

Prezados Senhores.

Encaminho, para conhecimento e avaliação da equipe administrativa e pedagógica do Colégio Antônio da Costa, o meu currículo profissional. Nele arrolo informações relacionadas à minha experiência como professor, escritor, palestrante e gestor de projetos educacionais.

Estou certo de que minha militância cultural, intelectual e literária e mi­nhas habilidades nas áreas do ensino da língua portuguesa, literatura brasileira e redação vão-se somar à grande competência dos profissionais dessa escola, que goza de pleno prestígio pela educação de excelência que oferece.
           
Minha atuação no ofício de ensinar, conforme currículo em anexo, compreende cursos preparatórios para vestibulares, ENEM, cursos técnicos, ensino médio e fundamental. Como escritor, relaciono títulos de alguns livros, um blog educativo e minha atividade de articulista de um semanário da cidade de Contagem, MG.

Caso os Senhores tenham interesse em saber mais sobre meu traba­lho, coloco-me à disposição para uma entrevista, a fim de tratarmos dos as­suntos relacionados à minha experiência no magistério e na arte da escrita didática, lite­rária e jornalística.

No mais, antecipo os sinceros agradecimentos, com os votos de ele­vada estima e consideração.


Atenciosamente.

________________________
José Doniseti Silva

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Disciplina e planejamento

O início de todo processo de trabalho é sempre cercado de diferentes sensações. Essas diferenças variam de pessoa para pessoa, o que leva cada uma a se organizar, de um modo peculiar, em busca dos melhores resultados. No caso específico de um curso, é fundamental compreendermos bem seus pressupostos, alcance e importância. Isso ajuda na administração do tempo, na definição de estratégias, preparação de expectativas e dedicação aos estudos, fatores determinantes do sucesso e da aprendizagem.
O processo de organização e sistematização das atividades humanas deve contemplar o desenvolvimento de habilidades de cunho social e emocio­nal, já que estas possibilitam encurtar caminhos e desfazer entraves durante a execução. Por isso é fundamental que as pessoas, ao planejarem suas ações, se preocupem em aprimorar o autoconhecimento, autoconfiança, criatividade, iniciativa, perseverança, resiliência, autoestima e espírito de liderança. Quanto mais preparo nessas áreas, mais chances de sucesso, já que, independente do grau de dificuldade, é sempre possível agir com equilíbrio e motivação no en­frentamento de desafios.
As constantes mudanças por que passa o mundo exigem uma partici­pação efetiva de todos, desenvolvendo ações coletivas, solidárias, respeitosas e com sentimento de alteridade. A prática desses ensinamentos torna o ser humano melhor, levando-o a refletir sobre suas potencialidades e limitações, preparando-o para a construção de bons relacionamentos com as pessoas de sua convivência. À medida que ele evolui no autoconhecimento, ciente de suas qualidades e imperfeições, começa a trilhar seus caminhos com sensatez, se­gurança, equilíbrio e eficiência. Uma pessoa de bem consigo mesma tem me­lhores condições de fazer escolhas, assumindo posições coerentes, diante das adversidades inerentes à própria vida.
Não é preciso esperar que os outros determinem o que se deve fazer e como realizar. Pelo contrário, a pessoa motivada, autoconfiante é capaz de inovar, propondo alternativas e surpreendendo a todos com ações espontâneas e muito dinamismo. Assim, com paciência, firmeza e pensamento crítico, ela consegue-se adaptar às intempéries, às alterações e infortúnios do momento. Tudo isso acaba somando para a construção de uma postura positiva, porém sem arrogância, elevando o nível de satisfação e a autoestima.
O êxito, portanto, depende do modo como as pessoas buscam o conhecimento e de como elas se relacionam com as adversidades que enfrentam. Por isso é imprescindível que elas desen­volvam as competências socioemocionais e aprendam a planejar e a executar bem suas ações. E é nesse sentido que vem essa reflexão, a fim de que todos se conscientizem de que um planejamento exequível, com tempo determinado para as atividades, método de estudo, metas e objetivos a serem alcançados, é condição indispensável à realização pessoal, à aprendizagem e ao sucesso. Feito isso, é só seguir com muito esforço, entusiasmo, equilíbrio, confiança, motivação e autoestima elevada, para que o desempenho seja realmente proveitoso.
Essa é a razão que nos levou a criar o curso, Arte de ler, redigir e falar corretamente, voltado para a formação de técnicos e líderes de nível médio e superior. Ele, além de trabalhar o desenvolvimento das habilidades de leitura, fala e escrita, contempla também conteúdos socioemocionais, um grande diferencial no perfil profissional tão reclamado pelo mundo do trabalho moderno.