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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Motivação e liderança

O exercício da liderança, para ser bem sucedido, deve conter na sua base o componente pedagógico, já que o líder é aquele que ensina e motiva com seu modo de ser, sua conduta pessoal e competência profissional. Ou seja: por meio do exemplo, do testemunho, o líder demonstra seu preparo e maturidade, no comando das ações e de seus liderados.

Claro que há muita controversa sobre esse tema. Por exemplo: no am­biente de trabalho, não é fácil motivar alguém que se sente cansado da rotina de suas atividades, do stress do trânsito, dos problemas familiares e de tantas outras causas que poderíamos aqui enumerar.

Trazendo para o campo pedagógico, um professor só conseguirá bons resultados em seu ofício, se souber motivar seus alunos. Não adianta belas propostas, excelentes ideias, se faltar motivação na hora de praticá-las. Não bastam apenas bons planejamentos, competência técnica, otimismo. Além disso, o líder, a exemplo do professor, precisa de entusiasmo, ânimo e força de vontade para alcançar sucesso em suas realizações.

Nada de lamentações, portanto. Adversidades como salários não con­dizentes com a função desempenhada e falta de reconhecimento e de valoriza­ção profissional devem ser enfrentadas como a busca de um direito de cidada­nia a ser conquistado. Dessa forma, as diferenças ou antagonismo de interes­ses entre empregador e empregado jamais refletirão negativamente, no resul­tado das atividades desenvolvidas, já que o líder motivará seus colaboradores, quando tal sentimento vier sobre eles.

É certo que as conquistas dos trabalhadores resultam de processos de mobilização, conscientização, organização e luta. Sem união de forças, sem comprometimento da categoria para propor soluções, nada acontecerá. Por isso, se o profissional insistir na justificativa de que trabalha somente pelo valor do salário que recebe, ficará cada vez mais desmotivado, sem entusiasmo, desanimado, além de se sentir impotente para alcançar melhorias em sua vida pessoal e profissional. Ele sempre vai pensar que seus vencimentos estão aquém do que merece e, como consequência, virá a baixa autoestima, a queda do desempenho e os questionamentos sobre a qualidade do seu trabalho.

Desse modo, o bom líder é aquele que tem consciência dessas ques­tões e sabe lidar de forma equilibrada com elas. Ele deve ser ético, fazendo o melhor para si, para seus colaboradores e para a instituição a que serve, sem expor negativamente quem quer que seja. Se alguém à sua volta precisar de correção, caberá ao líder agir com discernimento, não o condenando publica­mente pelos deslizes cometidos.

A partir do momento em que as limitações são constatadas, elas de­vem ser tratadas com bom senso e sabedoria. Assim, em vez de uma crítica destrutiva, o líder deve orientar o colaborador e demonstrar que, apesar da fa­lha cometida, acredita na sua capacidade de superação e de aprendizagem, para que fatos semelhantes sejam evitados. 


Essa atitude de apoio do líder levará o colaborador a se sentir moti­vado em melhorar o seu desempenho. Enquanto a humilhação pelo erro der­ruba, a compreensão, o respeito e o incentivo elevam a autoestima, tornando a pessoa um ser humano, um cidadão e um profissional melhor.