A crescente modernização por que passa o mundo tem afetado muito o convívio das pessoas em casa, provocando o isolamento delas que, dividindo o mesmo espaço, não conseguem viver familiarmente.
Essa
prática gostosa ocorria também dentro de casa, no seio das famílias, que se
reuniam para conversarem, contar histórias, piadas e causos. Cada um
participava a seu modo, uns com melhor desenvoltura, outros com certo
acanhamento, mas participavam e eram igualmente respeitados por todos.
Hoje,
esse modo de convivência está em crise. Dentro de uma mesma casa, as pessoas se
isolam. Uns gostam de televisão, vão para um quarto assistir às suas
programações de preferência. Outros gostam de videogames, vão para outro quarto.
Quem gosta de computador permanece noutro local da residência para buscar a
satisfação de sua necessidade individual.
Esse
processo de isolamento das pessoas dentro de casa é tão sério que quase não se
acha tempo para nada. Às vezes, nem para deixar um recado importante ou
discutir uma questão essencial à dinâmica da vida familiar.
Mas
a família faz falta, muita falta, na vida de todos. Precisamos resgatar o seu
verdadeiro significado e seu real valor. Pelo menos, alguns momentos precisam
ser dedicados ao convívio familiar. Seria importante que todos se encontrassem
no café da manhã, no almoço, no jantar e nos finais de semana. Esses instantes
deveriam ser da família e não das dominadoras máquinas que acabam escravisando
as pessoas no ambiente doméstico.
Não
sendo possível conciliar os horários de todos para essa saudável convivência, é
necessário estabelecer algumas regras, determinando limites que possibilitem o
encontro uns com os outros, pelo menos, para os diálogos e comunicações
indispensáveis à dinâmica familiar.
Clarificando
esses limites, nós adultos estaremos ensinando os filhos, os netos, bisnetos,
trisnetos e até os tetranetos a conviverem familiarmente. Essa prática na fase
pueril dá um retorno impressionante, já que as crianças aprendem com o
testemunho dos adultos e o que aprendem praticam com naturalidade, sem segredos
e sem hipocrisia. Esse é sem dúvida o melhor caminho para o fortalecimento de
nossas famílias para o bem da nossa sociedade.
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