sábado, 5 de maio de 2012

Eleições e o voto consciente


Em outubro próximo, os eleitores brasileiros terão a responsabilidade de escolher, pelo voto, os ocupantes do executivo e do legislativo de cada município da nossa “Pátria Amada”. É uma difícil tarefa, quando se fala em voto consciente, pois ninguém tem uma bolinha de cristal para saber qual aquele que, no exercício do mandato, vai agir em defesa dos interesses da sociedade, ou apenas de si próprio e de seus apadrinhados.
Nessa ocasião, muitos daqueles que se apresentam como candidatos não têm compromisso com a verdade, agindo somente em benéfico próprio. Por causa disso, usam falácias e mentiras, tentando-se passarem por honestos e bonzinhos. Ao se fazerem de santos, procuram desqualificar tudo que os outros fazem. Em vez de defenderem suas propostas, seus projetos, ficam, muitas vezes, forjando situações com a intenção de denegriram a imagem de seus concorrentes, ou adversários. Pensam que atingindo o outro desta maneira serão naturalmente promovidos. Para quem age assim, que se danem a ideologia, a coerência, a fidelidade e os projetos. O importante é procurar garantir o êxito eleitoral, mesmo que, para isso, seja necessário lançar mão de métodos espúrios que mancha a nossa bela, e muitas vezes corrupta, conduta humana.
São muitos aqueles que aparecem para resolver todos os problemas do município. Super heróis, salvadores da pátria e outros tantos se apresentam, com estranhos poderes, para acudir as necessidades humanas, por mais difíceis e surrealistas que possam parecer. É garantia de emprego para os desempregados, melhoria de salários, solução para os problemas de infraestrutura urbana e rural, de educação, saúde, moradia, viários e até financeiros. A impressão que se tem é que tudo se resolverá com a eleição daquele que promete mundos e fundos no decorrer da campanha.
A retórica de alguns candidatos é tão forte que mesmo o eleitor que se sente bem preparado acaba se enganando, apoiando a pessoa errada. Não são poucos os casos de pessoas que, passadas as eleições, se dizem decepcionadas com as atitudes daquele candidato que infelizmente ajudou a eleger.
Para o exercício do voto consciente, duas coisas são importantes que os eleitores observem: os candidatos a prefeito e a vice-prefeito que tentam negar tudo o que o outro faz ou fez, sem uma avaliação dos resultados, não merecem crédito, pois é um mero julgamento pessoal, sem fundamentação. Os candidatos a vereadores que se mostrarem de acordo com tudo que o eleitor deseja, que não assumirem explicitamente a defesa de um projeto majoritário para seu município, também não merecem crédito, pois se são infiéis à sua agremiação partidária e a seus candidatos a prefeito e a vice-prefeito, também não serão fiéis a nenhum compromisso assumido com eleitor. Eles olharão apenas para o próprio umbigo.
O princípio do voto consciente passa então pela fidelidade e pela coerência. Apoiar um infiel, um oportunista, é jogar fora o poder que temos, por meio de voto, para iniciarmos o processo de mudança que a sociedade exige. Que as eleições de 2012 não sejam apenas mais uma nas páginas de nossa história. Que elas nos sirvam para elegermos políticos sérios, que contribuam realmente para a construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária, possibilitando a todos a conquista de seus direitos e de sua cidadania.

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