sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Acidente aéreo em Minas


Luto na Vilma Alimentos

O mês de julho se encerra com muita tristeza para os contagenses. De repente, um voo ganha o espaço, corta os ares, mas não chega ao seu destino. O tempo nebuloso dificulta o pouso. Uma árvore aparece no caminho da nave, que se desgoverna, bate numa casa e cai num abismo, abrindo fogo no meio da mata.
Manhã de sábado, Zona da Mata Mineira. Medo, dor e incertezas, nos arredores do pânico. Dentro da nave, oito vidas em meio a estrondos, chamas, calor e brasas. Um cenário cruel, com cenas horrendas e personagens sem vida, sem cor, dispersos na forma de pó e cinzas.
Uma tragédia a tocar o espírito, a sensibilidade e as emoções de todos, na pátria das abóboras e do registro. Lágrimas descem dos olhares, amigos daqueles que foram alcançados por tamanha fatalidade. Em momentos assim, nem a certeza e a plena consciência da morte evitam o susto e a dor que absorvem os corações contritos, pela perda de pessoas amadas e queridas. Por isso foi difícil aceitar a ideia da partida repentina de vidas tão preciosas.
A morte terrena, fim da matéria vivente, é algo temerário, estarrecedor. E, dependendo de como vem, torna-se ainda mais medonho. Foi assim, para nós contagenses. Fomos surpreendidos naquela manhã de sábado, 28 de julho de 2012. Domingos Costa, da Vilma Alimentos, seu filho Gabriel, de 14 anos, e seus colaboradores partiram, prematuramente. Um golpe violento no cerne da família, na rotina dos amigos e admiradores.
Uma dor imensa pulsa nos corações amigos de cada vida que, por meio daquele voo, ganhou os ares, quedou um pouco, bateu na árvore, esbarrou numa construção, beijou a terra, se perdeu nas cinzas, rumo à eternidade.
Fato lamentável, de causas inimagináveis, de horríveis consequências, envolvendo personagens tão distintos que, num tempo adverso, não conseguiram aterrissar em seu destino. Isso mostra a nossa condição humilde, de viajantes terrestres, de turistas humanos, que marcham na direção do infinito.
Suportar esse momento não é fácil. O trágico passamento de pessoas especiais nos reveste a alma de uma dor incomensurável. As lágrimas ardentes, as cicatrizes profundas trespassam nosso ser, com uma explosão de setas que nos dilacera, no ritmo aflito de um coração doído.
Domingos Costa fez história, acreditou em Contagem, cresceu com a cidade, por isso jamais será esquecido. Sua força, seu trabalho, sua inteligência e seu amor por esta terra ficarão nos arquivos da memória de seus patrícios.
Infelizmente, Domingos se foi, acompanhado de seu filho mais jovem, de amigos e colaboradores, deixando enlutadas as famílias e a empresa Vilma Alimentos, para a tristeza dos habitantes da terra da Chami, da Faluca, do Arturinho, do Zé Gonçalo e do Contagito. Uma perda irreparável, de um líder talentoso, de um empresário dedicado, íntegro e amoroso, que, com seus projetos sociais, procurou “Ser Parte”, lutando pelo resgate da cidadania de muitos contagenses. Portanto, sua missão foi cumprida, ficando o exemplo de homem íntegro, sério e empreendedor para ser seguido pelos cidadãos de bem. Contagem agora segue de luto, sem Domingos, pois ele e sua equipe ficaram no vôo de sábado.

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