quinta-feira, 23 de maio de 2013

Convivência feliz


Hoje, mais do que nunca, temos a necessidade de aprofundarmos no autoconhecimento e a partir deste mudar o nosso modo de ser para a construção de um mundo de paz, fundado nos princípios de justiça, amor e sinceridade.
Não há como ser feliz sem abrir mão das vaidades e ambições pessoais, já que a construção da nossa felicidade implica vivermos procurando a felicidade do outro. Disputas pessoais, para marcar território são irrelevantes não propiciam nenhum crescimento, ou agregação de qualquer valor importante à nossa vida. Pelo contrário, provocam desgastes desnecessários, tirando o brilho e a alegria de tudo que realizamos.
No ambiente de trabalho, isso é muito ruim. Muitas vezes a pessoa se apega a questões pequenas, achando-se melhor que o outro, que sabe mais e que por isso tudo deve girar em torno do que ela pensa, sente, ordena e faz. Aí é só sofrimento, já que se evidencia o individualismo em detrimento do sentimento de grupo, ou equipe. E nós sabemos que, Isoladamente, nenhum ser humano consegue êxito em suas ações, pois direta ou indiretamente elas são consequências de ações desenvolvidas por outras pessoas.
Muitos alimentam um excesso de vaidade, buscam apoio, às vezes até por meios ilícitos, e ficam medindo forças com outras pessoas ou com grupos que se formam no ambiente em que atuam. Um horror! Pequenas coisas se tornam gigantescas e incontroláveis, pois a racionalidade humana cede lugar ao emocionalismo exacerbado, anulando assim a capacidade que cada um tem de implementar ações voltadas ao bem-estar individual e à convivência coletiva.
Conviver bem coletivamente não significa abrir mão do que pensamos para evitar conflitos com os outros. Significa ter maturidade para disputar ideias e propostas sem deixar que as divergências sejam levadas para o campo pessoal. Precisamos entender que na vida temos mais momentos de divergências do que de consenso. Por isso, saber lidar com a diversidade de ideias, de cultura e de saberes é a maior prova de crescimento que nós humanos podemos demonstrar.
A competição entre as pessoas, a disputa por poder, a ambição por dinheiro, a vaidade pessoal provocam rixas, contendas, semeando mal-estar e injustiça entre as pessoas. Os mais espertos arquitetam planos para dominar os mais fracos e utilizar sua força e sua inteligência em benefício próprio. São maldades que decorrem de artimanhas planejadas para manipular as pessoas, independente do meio em que vivem e da área em que atuam. Não é somente o mal inerente à natureza do homem, mas um mal pior, aquele construído maliciosamente pela inteligência humana.
Para melhorar o nível de satisfação naquilo que fazemos, precisamos refletir sobre todas estas coisas. Precisamos saber o que é essencial em nossa vida, o que é importante e o que é meramente acidental. Identificando tais coisas, será possível refletirmos sobre elas e priorizamos apenas o que é essencial. Normalmente, aquilo que é acidental toma maior tempo de nossa existência, por isso nos aborrece tanto. O que é importante nos faz refletir e nos amadurece para administrá-lo com naturalidade. Mas o que é essencial, esse não tem jeito, a gente resolve sem ressentimentos e sem melindres. E esse é um passo importante em busca de uma convivência humana plena e feliz.

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