Hoje, mais do que nunca, temos a
necessidade de aprofundarmos no autoconhecimento e a partir deste
mudar o nosso modo de ser para a construção de um mundo de paz,
fundado nos princípios de justiça, amor e sinceridade.
Não há como ser feliz sem abrir mão
das vaidades e ambições pessoais, já que a construção da nossa
felicidade implica vivermos procurando a felicidade do outro.
Disputas pessoais, para marcar território são irrelevantes não
propiciam nenhum crescimento, ou agregação de qualquer valor
importante à nossa vida. Pelo contrário, provocam desgastes
desnecessários, tirando o brilho e a alegria de tudo que realizamos.
No ambiente de trabalho, isso é muito
ruim. Muitas vezes a pessoa se apega a questões pequenas,
achando-se melhor que o outro, que sabe mais e que por isso tudo deve
girar em torno do que ela pensa, sente, ordena e faz. Aí é só
sofrimento, já que se evidencia o individualismo em detrimento do
sentimento de grupo, ou equipe. E nós sabemos que, Isoladamente,
nenhum ser humano consegue êxito em suas ações, pois direta ou
indiretamente elas são consequências de ações desenvolvidas por
outras pessoas.
Muitos alimentam um excesso de
vaidade, buscam apoio, às vezes até por meios ilícitos, e ficam
medindo forças com outras pessoas ou com grupos que se formam no
ambiente em que atuam. Um horror! Pequenas coisas se tornam
gigantescas e incontroláveis, pois a racionalidade humana cede lugar
ao emocionalismo exacerbado, anulando assim a capacidade que cada um
tem de implementar ações voltadas ao bem-estar individual e à
convivência coletiva.
Conviver bem coletivamente não
significa abrir mão do que pensamos para evitar conflitos com os
outros. Significa ter maturidade para disputar ideias e propostas sem
deixar que as divergências sejam levadas para o campo pessoal.
Precisamos entender que na vida temos mais momentos de divergências
do que de consenso. Por isso, saber lidar com a diversidade de
ideias, de cultura e de saberes é a maior prova de crescimento que
nós humanos podemos demonstrar.
A competição entre as pessoas, a
disputa por poder, a ambição por dinheiro, a vaidade pessoal
provocam rixas, contendas, semeando mal-estar e injustiça entre as
pessoas. Os mais espertos arquitetam planos para dominar os mais
fracos e utilizar sua força e sua inteligência em benefício
próprio. São maldades que decorrem de artimanhas planejadas para
manipular as pessoas, independente do meio em que vivem e da área em
que atuam. Não é somente o mal inerente à natureza do homem, mas
um mal pior, aquele construído maliciosamente pela inteligência
humana.
Para melhorar o nível de satisfação
naquilo que fazemos, precisamos refletir sobre todas estas coisas.
Precisamos saber o que é essencial em nossa vida, o que é
importante e o que é meramente acidental. Identificando tais coisas,
será possível refletirmos sobre elas e priorizamos apenas o que é
essencial. Normalmente, aquilo que é acidental toma maior tempo de
nossa existência, por isso nos aborrece tanto. O que é importante
nos faz refletir e nos amadurece para administrá-lo com
naturalidade. Mas o que é essencial, esse não tem jeito, a gente
resolve sem ressentimentos e sem melindres. E esse é um passo
importante em busca de uma convivência humana plena e feliz.
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