sábado, 31 de julho de 2010

Projeto Ficha Limpa

Mal começou o período eleitoral e a população está sem entender qual será realmente o benefício que o Projeto Ficha Limpa trará à sociedade brasileira. Para mim, uma coisa é certa: se o eleitor não fizer a sua parte, a simples aprovação do projeto não garantirá significativas mudanças, pois aqueles que deviam ficar de fora da disputa sempre encontram uma brecha para ludibriar o cidadão de bem.

Foi muito importante a aprovação desse projeto de iniciativa popular às vésperas do período eleitoral, uma vez que despertou a atenção de todos para essa questão, mostrando que, com um trabalho sério de conscientização, é possível escolhermos candidatos merecedores do nosso voto. Essa tarefa é muito difícil, considerando que, na opinião de muitos, há candidatos na disputa que deveriam ser alcançados pelo FICHA LIMPA.

Muitos são aqueles que nos interrogam surpresos com as candidaturas de pessoas que foram denunciadas por praticas indevidas, que acarretaram algum prejuízo ao erário público, ou no mínimo a um determinado segmento da sociedade. O ideal seria que o Ficha Limpa barrasse a candidatura de todos que tivessem alguma pendência, seja de natureza jurídica, política ou até mesmo de caráter moral e ético. Desse modo, avançaríamos no sentido de elegermos candidatos de caras limpas, já que os “caras sujas” ficariam fora da disputa.

Para aqueles que indagam sobre as razões de “fulano”, “sicrano” e “beltrano” concorrerem a um cargo eletivo em 2010, já que possui um histórico de conduta questionável, não há outra saída a não ser adotar a campanha do “voto limpo”. Se cada pessoa, no meio em que vive, seja em família, no trabalho, nos ambientes sociais e nos momentos de lazer com parentes e amigos, realizar um trabalho permanente de conscientização, sem difamar essa ou aquela pessoa, mas observando as atitudes, o comportamento, enfim o testemunho dela para a sociedade, daremos uma grande contribuição na implementação do Projeto Ficha Limpa.

Se o eleitor permanecer atento, daqui até a data das eleições, muita coisa virá a público a respeito dos candidatos. Aquilo que representar uma jogada de má fé dos adversários deve ser desconsiderado, mas se a história de vida dos candidatos apresenta problemas, o eleitor tem o poder e a responsabilidade de redirecionar seu voto para uma candidatura que lhe seja confiável. Ficha limpa só não basta. É preciso que o candidato tenha também a cara limpa.

(Professor Doniseti)

Nenhum comentário:

Postar um comentário