terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Elaboração de esquema

O desenvolvimento das habilidades de síntese e de registro das idéias em um instrumento que nos permita apreender a essência de um assunto é fundamental ao processo de construção do conhecimento. Daí a importância de avançarmos na prática de elaboração de esquemas, já que eles representam de forma simplificada e atraente a interpretação que fazemos de um texto, de uma obra, de um acontecimento, ou de uma situação.

Muitas são as vantagens da utilização dos esquemas. Eles nos ajudam a compreender acontecimentos, a recordar e fixar conteúdos e a estabelecer relações entre diferentes áreas do conhecimento. É um instrumento poderoso para o desenvolvimento da habilidade de falar em público, pois na brevidade de seus enunciados, de suas palavras-chave e na sua apresentação visual refletem uma grande quantidade de informações e conhecimentos.

As informações de um esquema podem ser organizadas na horizontal, na vertical, em círculo, em forma de pirâmide, ou de quadro, ilustrando as relações de interdependência de um fenômeno que se exprime por meios verbais. O importante não é o tipo de esquema, mas a capacidade de organização e de síntese que o autor desenvolve para se referir, com o máximo de economia de palavras, aos diferentes aspectos de um tema, de uma obra, enumerando as características de cada um, fazendo as relações apropriadas entre eles.

A elaboração de um esquema deve começar com a identificação do eixo temático do texto, da obra, ou da situação analisada. Em seguida, deve-se identificar e registrar as idéias principais, depois as secundárias, procurando exprimi-las por meio de frases curtas, ou de palavras-chave. Por último, as idéias devem ser ordenadas de modo coerente e dispostas, conforme o tipo de esquema escolhido.

O esquema abaixo se refere ao artigo estudado mais acima sobre o novo acordo ortográfico. Analisando esse esquema com atenção, é possível recuperar rapidamente as informações essenciais contidas no texto.


ESQUEMA MODELO – Novo acordo ortográfico

Assunto: Mudança de 0,43% do vocabulário brasileiro.

1) ALFABETO

Passa a ter 26 letras, ao incorporar "k", "w" e "y"

2) TREMA

Não existe mais, sendo usado apenas em nomes próprios e seus derivados.

3) ACENTUAÇÃO GRÁFICA

3.1) Diferencial – não se usa mais para diferenciar:

  • "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição);

  • “péla” (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição “por” com o artigo “a”);

  • "pólo" (subst.) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" mais "o");

  • "pélo" (flexão do verbo pelar), de "pêlo" (substantivo) e de "pelo" (combinação da preposição “por” com o artigo “o”);

  • "pêra" (substantivo - fruta), de "péra" (substantivo arcaico - pedra) e de "pera" (preposição arcaica “per + a”)

3.2) Circunflexo – não se usa mais:

a) nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem";

b) em palavras terminadas em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" que se tornam "enjoo" e "voo".

3.3) Agudo – não se usa mais:

a) nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas: "assembleia", "ideia", "heroica" e "jiboia";

b) nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca";

c) nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i": averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (argüir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.

4) HÍFEN: Não se usa mais, quando:

a) o primeiro elemento o (prefixo) termina em vogal e o segundo começa com s ou r: "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom";

b) o primeiro elemento (prefixo) termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada".

Exceção: quando os prefixos terminam em r e o segundo elemento começa com a mesma letra: "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista".


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