quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade 2012

O tema da campanha da fraternidade 2012 surge como uma oportunidade para as pessoas refletirem, debaterem e buscarem soluções para os problemas da saúde no Brasil. Quem sabe assim nossas autoridades passem a agir em favor daqueles que dependem única e exclusivamente dos serviços públicos de saúde do país.

Ninguém precisa descrever a real situação da saúde brasileira, basta observar as filas que se formam nas unidades de urgência, as demandas por consultas gerais e especializadas, a falta de data e de médicos para cirurgias, as precárias condições dos hospitais da rede pública, a falta de incentivo aos profissionais, sem falar na falta de cuidado e de respeito com os doentes e seus familiares.

Esses problemas não são novidades para ninguém. Nossas autoridades sabem muito bem que a maioria do povo brasileiro, não consegue tratamento digno nas unidades de saúde. Muitas pessoas, quando conseguem marcar consultas, exames, ficam meses e até anos numa fila de espera, havendo inclusive casos de óbitos, sem que elas consigam atendimento.

Nas unidades de urgência, verifica-se muita humilhação: pessoas agonizando nos corredores por falta de leitos, aguardando socorro por falta de médicos, contorcendo-se em dores por falta de medicação. Tudo isso sobre os olhares afortunados dos nossos senadores, deputados federais, estaduais e vereadores. Além, é claro, dos integrantes do poder judiciário e daqueles que administram nosso país, seja na esfera federal, estadual, ou municipal.

Todas as nossas autoridades sabem do caos em que a saúde se encontra, porém pouco ou nada fazem para minorar o sofrimento dos patrícios mais pobres. Algumas até ventilam possibilidades, fazem discursos inflamados, mas não passam de meros ensaios, na maior parte das vezes, populistas. O legislativo não apresenta propostas, o executivo vai deixando o tempo passar, a justiça não age sem ser provocada, enquanto isso, os pobres vão-se desfalecendo, miseravelmente, por falta de mecanismos que lhes garantam o direito ao tratamento de suas enfermidades.

Por isso o tema da Campanha da Fraternidade 2012 é pertinente. O binômio “Fraternidade e Saúde” representa uma necessidade que precisa ser discutida por toda a sociedade, a fim de que possamos encontrar saídas para os grandes desafios, ainda não enfrentados por todos, seriamente, razão da precariedade dos serviços prestados aos enfermos do país. Não fica bem, as autoridades falarem em fraternidade, no conforto de seus leitos de fortuna, vendo os pobres se definhando nos corredores de hospitais, nos ambientes domésticos, nas idas e vindas em busca de socorro, sem nenhum êxito.

Tomara que a sociedade como um todo abrace essa causa e discuta essa temática com a seriedade que merece. Desse modo, através do processo de conscientização e da força de organização dos brasileiros, talvez possamos encontrar meios para “que a saúde se difunda sobre a terra”, minimizando assim o desespero de muitos.

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