Nesse momento de corrida eleitoral,
devemos escolher candidatos ao executivo e ao legislativo comprometidos com os
direitos de cidadania, principalmente, dos mais necessitados de apoio,
compreensão e amor.
Não há como pensar no ser humano, sem
levar em conta que, por ser humano, ele é digno de todo respeito. Essa é uma
frase recitada por muitos, às vezes até mecanicamente, sem um juízo de valor
mais significativo, o que é uma pena, pois quanto mais nos distanciarmos da sua
acepção real, menos consciência teremos da nossa cidadania.
É comum a sociedade valorizar as
pessoas pelo que elas têm e não pelo que são. Assim, se alguém é poderoso,
notável, famoso ou abastardo financeiramente, todos o respeitam, mesmo que dono
de um caráter duvidoso. Neste caso, a pessoa vale pelo que tem, não pelo que é;
vale a aparência, não a essência.
Esse comportamento, no meio político,
é muito normal. Muitos candidatos fazem um enorme esforço para construírem uma
imagem que pouco ou quase nada reflete o que são verdadeiramente. No fundo,
desejam demonstrar aos outros sua “bondade”, sua “lealdade”, sua “honestidade”,
mesmo que tais coisas não façam parte do seu caráter, da sua personalidade.
O exercício da cidadania pressupõe a
garantia de direitos, mas também o cumprimento dos deveres e responsabilidades.
A cidadania, portanto, é uma via de mão dupla. Assim quem tem consciência de
seus deveres e obrigações deve agir sempre pensando em ser justo com o
semelhante, a fim de garantir a este os seus direitos. Quem percebe qualquer
ato de injustiça deve lutar para combatê-lo. Quem deixa de fazer tal coisa não
age como cidadão.
É comum nós censurarmos os outros,
principalmente os mais fracos, por não lutarem por seus direitos. Em relação a
esse tema, há muita hipocrisia, especialmente daqueles que gozam de poder e privilégios
na sociedade. A cidadania deve sempre ser um alvo, uma busca incessante por
parte de todos. Sua prática depende de vontade, amor ao próximo, consciência, compreensão,
senso de justiça e sentimento humanitário.
A defesa dos direitos de cidadania
precisa sair dos discursos e se efetivar na prática. Logo qualquer sujeito,
seja rico, ou pobre, poderoso, ou não, tendo consciência de seu papel de
cidadão, deve agir pensando em fazer o que é bom para a sociedade, já que nesta
estão as pessoas que precisam viver condignamente. Para isso, nem é preciso
muita coisa, basta recorrer à Constituição Federal, pois lá estão arrolados os
direitos e os deveres indispensáveis ao exercício da cidadania. É preciso praticá-los
e não utilizá-los apenas como artifício de retórica.
Sendo assim, nesse momento de corrida
eleitoral, é bom ficarmos atentos para apoiarmos quem realmente tem compromisso
com os direitos de cidadania, descartando os oportunistas. Não é fácil separar
o joio do trigo, mas a história pregressa e a coerência dos candidatos já nos
dizem muita coisa. Em meio a tantas indefinições, esse deve ser um critério
importante a ser considerado em nossas escolhas.
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