O fim das eleições 2012
representa, para muitos, preocupação, insegurança e perplexidade, já que alguns
prefeitos que não obtiveram o êxito esperado, no processo eleitoral, se
comportam de forma desrespeitosa, tomando medidas que soam mais como vingança do
que necessidade.
Infelizmente,
esse tipo de comportamento ainda é presente na vida dos brasileiros. O eleitor,
que é sempre solicitado, no decorrer do processo eleitoral, depois do resultado
das urnas, é esquecido, ignorado e, em alguns casos, odiado. Parece que a culpa
pelo insucesso é única e exclusivamente dele e por isso o cidadão de bem é quem
deve pagar a conta.
São
muitos os casos de prefeitos que se aborrecem com o insucesso eleitoral e
deixam de cumprir suas obrigações, no apagar das luzes do mandato. Assim,
desconsideram acordos, contratos, convênios e compromissos, deixando os
municípios à própria sorte. Desse modo, os serviços prestados ao cidadão perdem
em qualidade, ou deixam de ser ofertados.
Não
deveria ser assim, pois se espera que um gestor responsável e sério cumpra, com
honradez, o seu mandato até o final. Um boa iniciativa seria o prefeito,
imediatamente após a divulgação do resultado das eleições, se reunir com os
servidores do município, dizendo-lhes que seus patrícios merecem o melhor, logo
a expectativa é que todos continuem trabalhando seriamente até o último dia de
seu governo.
Em
sua fala, o gestor deveria lembrar que o êxito de usas realizações é mérito de
cada um, por isso, tudo que se realizou de importante foi graças à participação
de todos. E, falando diretamente para os servidores, o gestor demonstraria
apreço, carinho e gratidão pelo esforço de todos.
Em
vez de murmuração, devido ao insucesso nas urnas, ele deveria levantar a cabeça
e realizar seu trabalho, para encerrar sua gestão do melhor modo possível. A
perda de uma eleição não pode acarretar nenhum prejuízo ao cidadão. E o gestor
municipal tem que ter consciência disso, pois é um momento em que os eleitores
o avaliam, a fim de ver se ele merecerá apoio, numa próxima empreitada
eleitoral. Se ele, apesar da derrota, continuar prestando, cada vez mais, um
melhor serviço, certamente terá credibilidade.
Porém
não é isso que se observa. Em muitas cidades em que os números foram
desfavoráveis à atual administração, a população enfrenta problemas, com a
redução da oferta, ou corte de serviços essenciais, um crime contra a população
que, em tese não poderia sofrer nenhum prejuízo por conta do resultado das
eleições.
Em
muitos municípios, o insucesso eleitoral do atual gestor deixa os servidores
apreensivos, sem saber se vão receber os salários de novembro e dezembro em
dia. O risco de atraso do 13° também é grande. Essa possibilidade gera
insegurança, preocupação e instabilidade emocional. Mas um gestor sério e
honesto deve honrar seus compromissos, evitando ferir os direitos dos
trabalhadores e sem deixar pendência para o futuro gestor, independente de ser
ele aliado ou não.
Essa
atitude rara, que se observa em alguns gestores, deve ser louvada, pois diante
de tantos escândalos e irresponsabilidade, no meio político, ela nos eleva a
esperança, já que nos permite crer que os interesses da sociedade se colocam
acima dos caprichos pessoais. Pena que não é sempre assim. Ainda somos carentes
de bons exemplos, de bons políticos.
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