quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bons políticos

O fim das eleições 2012 representa, para muitos, preocupação, insegurança e perplexidade, já que alguns prefeitos que não obtiveram o êxito esperado, no processo eleitoral, se comportam de forma desrespeitosa, tomando medidas que soam mais como vingança do que necessidade.

Infelizmente, esse tipo de comportamento ainda é presente na vida dos brasileiros. O eleitor, que é sempre solicitado, no decorrer do processo eleitoral, depois do resultado das urnas, é esquecido, ignorado e, em alguns casos, odiado. Parece que a culpa pelo insucesso é única e exclusivamente dele e por isso o cidadão de bem é quem deve pagar a conta.
São muitos os casos de prefeitos que se aborrecem com o insucesso eleitoral e deixam de cumprir suas obrigações, no apagar das luzes do mandato. Assim, desconsideram acordos, contratos, convênios e compromissos, deixando os municípios à própria sorte. Desse modo, os serviços prestados ao cidadão perdem em qualidade, ou deixam de ser ofertados.
Não deveria ser assim, pois se espera que um gestor responsável e sério cumpra, com honradez, o seu mandato até o final. Um boa iniciativa seria o prefeito, imediatamente após a divulgação do resultado das eleições, se reunir com os servidores do município, dizendo-lhes que seus patrícios merecem o melhor, logo a expectativa é que todos continuem trabalhando seriamente até o último dia de seu governo.
Em sua fala, o gestor deveria lembrar que o êxito de usas realizações é mérito de cada um, por isso, tudo que se realizou de importante foi graças à participação de todos. E, falando diretamente para os servidores, o gestor demonstraria apreço, carinho e gratidão pelo esforço de todos.
Em vez de murmuração, devido ao insucesso nas urnas, ele deveria levantar a cabeça e realizar seu trabalho, para encerrar sua gestão do melhor modo possível. A perda de uma eleição não pode acarretar nenhum prejuízo ao cidadão. E o gestor municipal tem que ter consciência disso, pois é um momento em que os eleitores o avaliam, a fim de ver se ele merecerá apoio, numa próxima empreitada eleitoral. Se ele, apesar da derrota, continuar prestando, cada vez mais, um melhor serviço, certamente terá credibilidade.
Porém não é isso que se observa. Em muitas cidades em que os números foram desfavoráveis à atual administração, a população enfrenta problemas, com a redução da oferta, ou corte de serviços essenciais, um crime contra a população que, em tese não poderia sofrer nenhum prejuízo por conta do resultado das eleições.
Em muitos municípios, o insucesso eleitoral do atual gestor deixa os servidores apreensivos, sem saber se vão receber os salários de novembro e dezembro em dia. O risco de atraso do 13° também é grande. Essa possibilidade gera insegurança, preocupação e instabilidade emocional. Mas um gestor sério e honesto deve honrar seus compromissos, evitando ferir os direitos dos trabalhadores e sem deixar pendência para o futuro gestor, independente de ser ele aliado ou não.
Essa atitude rara, que se observa em alguns gestores, deve ser louvada, pois diante de tantos escândalos e irresponsabilidade, no meio político, ela nos eleva a esperança, já que nos permite crer que os interesses da sociedade se colocam acima dos caprichos pessoais. Pena que não é sempre assim. Ainda somos carentes de bons exemplos, de bons políticos. 

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