terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo

Nesse momento em que o mundo se prepara para prestar as ultimas homenagens ao ano que se encerra, é oportuno fazermos um balanço do que realizamos ao longo desse período de 12 meses de luta e trabalho.
É comum concebermos o sentido de realização apenas relacionado à conquista material e pessoal. Desse modo, o indivíduo se sente realizado, quando consegue ascensão profissional, aumento de salário, prestígio político, fama e ampliação de patrimônio. Ao pensarmos assim, devemos ficar atentos aos riscos de uma supervalorização material em detrimento dos direitos de cidadania. A busca incessante por resultados financeiros, por fama e sucesso pessoal pode-nos fazer atropelar direitos e sentimentos, principalmente das pessoas simples e menos favorecidas.
O sentido de realização deve ser visto também por outro prisma, já que o ser humano não se restringe apenas ao aspecto material. Há o lado humanitário, o fundamento mais importante que move a nossa existência. Logo ao fazermos um balanço das realizações ocorridas, nesse ano que expira, devemos levar em consideração tudo que foi feito fora da realidade material. Assim, podemos avaliar o que fizemos e como fizemos em prol do bem comum. E se não o fizemos, é hora de pensarmos o que é possível empreender para que doravante algo nesse sentido faça parte da nossa vida.
Esse modo de pensar, agir e viver é importante porque sempre há alguém próximo de nós à espera de carinho e atenção. Logo sempre que pudermos partilhar o que somos com quem realmente precisa, estaremos realizando um grande bem. Ou seja, o ato de socorrermos alguém, de ajudarmos um necessitado, de ouvirmos um desesperado são manifestações de amor que farão uma grande diferença na vida de quem se sente acolhido e amparado.
Essa reflexão oportuna nos leva a um exame de consciência, a fim de mensurarmos o valor das nossas realizações ou a gravidade das nossas omissões. Assim aqueles que perceberem que poderiam ter feito mais, poderão aproveitar o ano que se inicia, para fazê-lo. Para isso, não será preciso grandes coisas, pequenos gestos poderão provocar mudanças acentuadas na vida de quem os espera.
A paciência com o semelhante, a mansidão nas ações, o autocontrole diante das situações difíceis, o equilíbrio na tomada de decisões, a força de vontade, a coragem e o desejo de ajudar o próximo são sementes que carecem ser regadas para produzirem bons frutos. Por isso, no decorrer do ano que se inicia, vamos usar de nossa liberalidade para ajudar quem realmente precisa. O pouco que fizermos, nesse sentido, representará muito, no momento de avaliarmos as nossas realizações.
Enfim, os bens materiais, o sucesso, a fama e o prestígio político são importantes, desde que sejam colocados a serviço do bem comum. Do contrário, a conquista será vã, valerá pouco a pena, pois sufocará o que há de melhor em nós. Ou seja: o sentimento de solidariedade e amor. Um Ano Novo feliz implica a melhoria do nosso modo de ser. Que assim seja, para o nosso próprio bem, pois conforme dizem as sagradas escrituras, cada um colhe, segundo o que semeia. Semear o bem, portanto, é o que há de mais importante, a fim de colhermos uma sociedade justa, humana e solidária. Essa será sem dúvida a nossa principal realização.

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