Durante
os festejos de dezembro, as pessoas se reúnem, para as comemorações de praxe. Independente
da classe social, todos participam, distribuindo abraços, tapinhas nas costas e
sorrisos, sempre acompanhados das mais variadas mensagens de carinho e amizade.
Tudo para externar os desejos de um Feliz Natal e de um Ano Novo repleto de
venturas e felicidade.
Essas
manifestações me fazem refletir sobre o que seria uma vida feliz para todos.
Equivocadamente, alguns poderiam associar a felicidade com fama, riqueza ou
poder, o que não é de todo verdade, já que há pessoas afortunadas e poderosas
que não conhecem o gostinho de uma vida feliz. Por outro lado, vivemos cercados
de pessoas simples que esbanjam sorriso e alegria, que nos impressiona e nos contagia.
Logo, quando penso numa vida feliz, nem sempre a associo a poder ou a dinheiro.
Hoje,
quando alimentamos as expectativas de um mundo melhor, pensamos em outras
coisas, antes da realidade material. Há outros fatores que fazem o ano novo
tranquilo e feliz. O poder e o dinheiro não são acessíveis a todos, mas a
justiça, a segurança, a honestidade e o respeito são coisas que dão às pessoas
uma existência digna e feliz.
Vivemos
num tempo em que a insegurança toma conta de todos. Seja nos grandes centros
urbanos, ou nos mais simples lugarejos, as pessoas estão sempre ameaçadas. Onde
quer que elas estejam, podem ser vítimas de um furto, de um assalto, de um
viciado em droga, de um acidente de trânsito, de uma bala perdida, de um
desentendimento pessoal, ou de uma violência verbal. Se estes problemas
pudessem ser eliminados, certamente encontraríamos o caminho da paz tão
desejado por todos.
Portanto,
quando reflito sobre as expectativas para o ano novo, penso que antes de
dinheiro, fama e poder, devemos buscar alternativas para a construção de um
mundo tranquilo, seguro e feliz. Nesse sentido, seria indispensável uma conduta
séria das nossas autoridades, nas diversas instâncias de poder. Se elas agissem
com empenho na formulação e aplicação de leis justas, combatendo a impunidade,
a corrupção e os demais crimes inerentes aos ímpetos ou ambições pessoais, já
teríamos, sem dúvida, motivos para acreditarmos em um tempo melhor.
Seria
bom se nesse início de ano todos cressem na possibilidade de mudança para o bem
de todos. Mas ainda padecemos com a
falta de seriedade indispensável à construção do tão sonhado mundo de justiça e
de paz. Na esfera política, faltam leis eficientes que garantam o bom
funcionamento de uma sociedade segura, tranquila e amena. Vivemos ainda a
sensação de que o crime compensa, uma vez que poucos se empenham para mudarem
essa realidade que nos ameaça e nos violenta.
A
construção de um ano novo feliz somente será possível com a conscientização de
toda a população e em especial daqueles que têm a competência para elaborar
leis capazes de resgatar a credibilidade em nossas instituições responsáveis
por garantirem a ordem e a paz social em nosso país. Por isso, as expectativas
que alimento, nesse momento, é a de podermos buscar uma sociedade sem os vícios
da corrupção e sem as marcas da impunidade. Uma sociedade, sem privilegiados,
que julgue a todos com igualdade. Se colocarmos isso em prática, certamente
teremos um ano novo de paz e feliz, consequentemente, um mundo melhor para
todos.
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