sábado, 29 de dezembro de 2012

Ano novo, vida nova

Nesse momento em que mais um ano se prepara para os seus últimos suspiros, é hora de planejar a vida para que os próximos meses não se transformem num enorme pesadelo. Para isso, o autocontrole é fundamental, a fim de evitarmos o endividamento compulsivo e inconsequente. Assim, é importante que aquela graninha que chega, com o dezembro, engordando o bolso um pouquinho mais, seja utilizada de forma cautelosa e consciente.
Normalmente, durante os festejos de Natal e Ano Novo, as pessoas se envolvem com as festividades e acabam exagerando, não planejando suas finanças. Com isso gastam mal o seu 13º salário, as gratificações e outros trocados que fazem a diferença nessa época do ano.
Enquanto as comemorações ocorrem, vai tudo bem. Porém, quando chega janeiro, fevereiro e março, aquela graninha que contribuiu para a alegria das pessoas, no enceramento do ano, começa a ser lembrada. À medida que as contas chegam, cada um começa a se virar, pois de um modo ou de outro elas precisam ser pagas.
Esses compromissos não esperam. Além das despesas habituais com água, luz, telefone, aluguel, prestação da casa própria, empregada doméstica, planos de saúde, mensalidades escolares, outras surgem para agravar a situação. É IPVA, Seguro de veículo, DPVAT, taxa de licenciamento, multas de transito, IPTU, matrícula e material escolar. Ou seja: mesmo sendo poupados o 13º salário e as possíveis gratificações de final de ano, ainda faltará dinheiro.
Para quem tem contas pendentes, é melhor quitá-las, em vez de empregar todo o dinheiro em comemorações, festas, presentes, viagens e outros gastos não essenciais. A prioridade deve ser liquidar as dívidas, fugindo do cheque especial, do cartão de crédito e dos empréstimos, que sufocam seus dependentes, lançando-os num infindável mar de dívidas.
É quase impossível não se endividar nessa época do ano. As despesas regulares com água, luz, telefone, plano de saúde, mensalidade escolar, alimentação, empregada doméstica, ou diarista, normalmente comprometem todo o orçamento familiar. Quem optar por algumas oportunidades de lazer, por um passeio com a família, por comprar alguns presentes para as pessoas queridas, acaba caindo no endividamento, daí a importância de se aplicar bem o 13º salário e outras receitas que porventura surjam no apagar das luzes de mais um ano.
Há muito sonhamos com a redução das taxas de juros praticadas pelo comércio e pelos agentes financeiros, para aliviar um pouco o bolso do brasileiro. Poderíamos aproveitar o clamor da sociedade e avançarmos no sentido de uma reforma tributária justa para todos, principalmente para os assalariados, que tanto trabalham em prol do desenvolvimento do país e são por demais sacrificados com os exorbitantes tributos que lhes são impiedosamente cobrados.
Isso, porém, ainda é um sonho, já que nossas autoridades não se mobilizam, nem trabalham com essa finalidade. Logo cabe a nós brasileiros administrarmos melhor o que recebemos. Resta-nos, pois, sermos eficientes no controle daquilo que temos, enquanto lutamos para que os beneficiários dessa política econômica perversa se coloquem no lugar do pobre contribuinte brasileiro e adotem medidas justas, minimizando assim o grande sufoco financeiro daqueles que fazem o progresso do país.

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