O dia 28 de fevereiro de
2013 deixou uma marca significativa na história da igreja católica
no mundo. Nessa data, o Papa Bento XVI se afastou de seu ministério,
em meio a especulações e incertezas. De acordo com algumas
pesquisas, 10 papas não ficaram até o final da vida, no comando da
Igreja, uns renunciando por vontade própria, outros forçadamente.
No caso de Bento XVI, essa questão está no ar, pois pouco, ou quase
nada, se sabe a respeito de tal decisão.
A renúncia de Bento XVI,
gerou muitas indagações sobre as causas que o levaram a abandonar o
seu ministério. Alguns apostaram em divergências e pressões
internas, necessidades de mudanças, intrigas, denúncias de
pedofilia não apuradas devidamente. A verdade é que, em meio às
dúvidas, restou-nos o estranhamento da renúncia.
Assim, os dias se passaram
e as explicações dadas não foram convincentes. Motivos, sabemos
que houve, certamente, muitos e sérios. Mas como é normal ao
comportamento da maioria dos homens, cidadãos comuns, ou líderes de
instituições das diversas esferas da sociedade, ficou o dito pelo
não dito. O dito está na própria carta que o papa leu comunicando
sua renúncia. Ou seja, idade avançada, cansaço e falta de vigor
físico necessário ao desempenho do ministério. O não dito está
nas entrelinhas, já que, os mistérios acerca do fato continuam.
Agora isso é passado. O
interesse em saber as causas da renúncia de Bento XVI deu lugar às
indagações sobre quem seria seu sucessor. Vários nomes foram
especulados, muitas apostas foram feitas e não confirmadas. Do mesmo
modo que os motivos da renúncia de um não foram esclarecidos, os
critérios que levaram à escolha do outro também estão no ar. Para
os fiéis, foi uma surpresa, já que o nome do eleito não se
encontrava entre os favoritos.
Seja lá o que for, para os
católicos, interessa agora a biografia do novo papa, seu perfil de
liderança e suas propostas para levar avante seu ministério. De
imediato, percebemos que a escolha do nome foi muito bem aceita pelos
católicos, já que Francisco de Assis simboliza humildade,
dedicação, solidariedade e carinho com os mais necessitados. E em
suas manifestações, o Papa Francisco enfatiza muito esse lado. Esse
é o marco principal de sua pessoa, nesse início de caminhada, que
está sendo muito bem visto pelos católicos, especialmente, os
habitantes das Américas.
Nesse momento, para o
Vaticano, que enfrentou muitos problemas nos últimos anos, com
denúncias envolvendo religiosos, principalmente com práticas de
pedofilia, é oportuno apostar no carisma de Francisco para retomar o
interesse e a confiança dos católicos na conduta da igreja.
Enquanto isso, parodiando Shakespeare, podemos dizer que há mais
coisas entre a religiosidade e a realidade do que sonha nossa vã
filosofia. Nesse contexto, portanto, procurar entender as razões da
renúncia de Bento XVI e os critérios que resultaram na eleição de
Francisco é o que menos interessa.
Enfim, juntando-se os dois
fatos, a renúncia e a escolha do papa, a impressão que temos é que
isso faz parte de uma estratégia da igreja para corrigir falhas e
minimizar os efeitos de algumas denúncias que pesavam sobre o
catolicismo no mundo. Seja o que for, só nos resta alertar os
cristãos para que vivam segundo os ensinamentos de Jesus Cristo,
pois somente nEle encontramos a Verdade. As demais coisas ficam no
campo da especulação e das conjecturas.
muito bom
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