quinta-feira, 21 de março de 2013

Renúncia e escolha do Papa


O dia 28 de fevereiro de 2013 deixou uma marca significativa na história da igreja católica no mundo. Nessa data, o Papa Bento XVI se afastou de seu ministério, em meio a especulações e incertezas. De acordo com algumas pesquisas, 10 papas não ficaram até o final da vida, no comando da Igreja, uns renunciando por vontade própria, outros forçadamente. No caso de Bento XVI, essa questão está no ar, pois pouco, ou quase nada, se sabe a respeito de tal decisão.
A renúncia de Bento XVI, gerou muitas indagações sobre as causas que o levaram a abandonar o seu ministério. Alguns apostaram em divergências e pressões internas, necessidades de mudanças, intrigas, denúncias de pedofilia não apuradas devidamente. A verdade é que, em meio às dúvidas, restou-nos o estranhamento da renúncia.
Assim, os dias se passaram e as explicações dadas não foram convincentes. Motivos, sabemos que houve, certamente, muitos e sérios. Mas como é normal ao comportamento da maioria dos homens, cidadãos comuns, ou líderes de instituições das diversas esferas da sociedade, ficou o dito pelo não dito. O dito está na própria carta que o papa leu comunicando sua renúncia. Ou seja, idade avançada, cansaço e falta de vigor físico necessário ao desempenho do ministério. O não dito está nas entrelinhas, já que, os mistérios acerca do fato continuam.
Agora isso é passado. O interesse em saber as causas da renúncia de Bento XVI deu lugar às indagações sobre quem seria seu sucessor. Vários nomes foram especulados, muitas apostas foram feitas e não confirmadas. Do mesmo modo que os motivos da renúncia de um não foram esclarecidos, os critérios que levaram à escolha do outro também estão no ar. Para os fiéis, foi uma surpresa, já que o nome do eleito não se encontrava entre os favoritos.
Seja lá o que for, para os católicos, interessa agora a biografia do novo papa, seu perfil de liderança e suas propostas para levar avante seu ministério. De imediato, percebemos que a escolha do nome foi muito bem aceita pelos católicos, já que Francisco de Assis simboliza humildade, dedicação, solidariedade e carinho com os mais necessitados. E em suas manifestações, o Papa Francisco enfatiza muito esse lado. Esse é o marco principal de sua pessoa, nesse início de caminhada, que está sendo muito bem visto pelos católicos, especialmente, os habitantes das Américas.
Nesse momento, para o Vaticano, que enfrentou muitos problemas nos últimos anos, com denúncias envolvendo religiosos, principalmente com práticas de pedofilia, é oportuno apostar no carisma de Francisco para retomar o interesse e a confiança dos católicos na conduta da igreja. Enquanto isso, parodiando Shakespeare, podemos dizer que há mais coisas entre a religiosidade e a realidade do que sonha nossa vã filosofia. Nesse contexto, portanto, procurar entender as razões da renúncia de Bento XVI e os critérios que resultaram na eleição de Francisco é o que menos interessa.
Enfim, juntando-se os dois fatos, a renúncia e a escolha do papa, a impressão que temos é que isso faz parte de uma estratégia da igreja para corrigir falhas e minimizar os efeitos de algumas denúncias que pesavam sobre o catolicismo no mundo. Seja o que for, só nos resta alertar os cristãos para que vivam segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, pois somente nEle encontramos a Verdade. As demais coisas ficam no campo da especulação e das conjecturas.

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