quinta-feira, 16 de maio de 2013

Enem 2013



O Enem 2013 será realizado nos dias 26 e 27 de outubro, com uma expectativa de que seis milhões de candidatos se inscrevam para o exame. As inscrições começaram às 9h30 do dia 13/05 e vão até o dia 27/05, segunda-feira. Em função de alguns episódios verificados no resultado das avaliações do Enem 2012, algumas mudanças se fizeram necessárias para dar maior rigor às correções. A principal delas diz respeito à prova de redação que tem um valor de mil pontos dos cinco mil de todo o exame.
Em relação às competências avaliadas, nada mudou. Assim, muita atenção será dada à habilidade no domínio da norma padrão da língua portuguesa, à compreensão da proposta de redação, à seleção e organização de informações, à capacidade de argumentação e de elaboração de proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos e a diversidade sociocultural brasileira.
Como em 2012, os textos serão corrigidos por dois avaliadores, de forma independente, que atribuirão uma nota de 0 a 200 pontos para cada uma das cinco competências, sendo a nota final a média das duas avaliações. Se a diferença da nota em cada competência for superior a 80 pontos, ela passa por um terceiro avaliador. Em 2012, o terceiro avaliador era solicitado também, se a nota final dos dois anteriores apresentasse uma discrepância superior a 200 pontos. Em 2013, essa diferença caiu de 200 para 100 pontos, o que significa maior rigor na observância dos critérios por parte dos avaliadores. Após a terceira correção, persistindo a discrepância superior a 100 pontos, ou 80 em uma das competências, a redação será examinada por uma banca certificadora composta por três avaliadores para a definição da nota final.
Um item muito questionado nas redações do Enem 2012 foi o uso de trechos de gêneros textuais como receitas culinárias, hinos de times de futebol, num tom de deboche que nada tinha que ver com a proposta da redação. De acordo com o Edital do Enem 2013, o candidato que tiver esse comportamento no ato da produção textual, terá nota zero na redação. Outro destaque deve ser dado à ortografia, à acentuação, à pontuação, à coerência e coesão textual, além da sintaxe de concordância e de regência verbal e nominal. Nenhum texto deverá receber nota máxima, se apresentar falhas em alguns desses aspectos, salvo os casos em que os avaliadores julgarem como exceção erros específicos de um estudante que tenha produzido uma excelente redação.
Essa atitude do Ministério da Educação (ME) e do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é oportuna para que o Enem se consolide como um exame nacional com a credibilidade do tamanho de sua grandeza e importância. Pegou mal o fato de redações com erros, até certo ponto grosseiros, tirarem notas excelentes, ao passo que textos, supostamente de melhor qualidade, obtiveram apenas uma nota mediana.
Fatos assim são comprometedores, depõem contra a seriedade do exame e, especialmente, contra a língua portuguesa, que deve ser a base para o sucesso em toda a trajetória formativa do aluno. O candidato que lê bem, que interpreta com desenvoltura, articula o pensamento com habilidade e escreve corretamente atesta sua aptidão e competência para o progresso e o sucesso na vida pessoal e profissional.
Por essas razões tais mudanças são oportunas, já que produzem efeitos positivos, resgatando a credibilidade do exame, procurando atribuir um resultado justo aos concorrentes, fazendo com que a sociedade brasileira abrace de fato o Enem como a grande oportunidade para a certificação das pessoas que precisam e que apresentam condições para concluírem o Ensino Médio, e, em especial, para o acesso democrático às instituições de ensino superior do país.

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