O
Enem 2013 será realizado nos dias 26 e 27 de outubro, com uma
expectativa de que seis milhões de candidatos se inscrevam para o
exame. As inscrições começaram às 9h30 do dia 13/05 e vão até o
dia 27/05, segunda-feira. Em função de alguns episódios
verificados no resultado das avaliações do Enem 2012, algumas
mudanças se fizeram necessárias para dar maior rigor às correções.
A principal delas diz respeito à prova de redação que tem um valor
de mil pontos dos cinco mil de todo o exame.
Em relação às competências
avaliadas, nada mudou. Assim, muita atenção será dada à
habilidade no domínio da norma padrão da língua portuguesa, à
compreensão da proposta de redação, à seleção e organização
de informações, à capacidade de argumentação e de elaboração
de proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os
direitos humanos e a diversidade sociocultural brasileira.
Como
em 2012, os textos serão corrigidos por dois avaliadores, de forma
independente, que atribuirão uma nota de 0 a 200 pontos para cada
uma das cinco competências, sendo a nota final a média das duas
avaliações. Se a diferença da nota em cada competência for
superior a 80 pontos, ela passa por um terceiro avaliador. Em 2012, o
terceiro avaliador era solicitado também, se a nota final dos dois
anteriores apresentasse uma discrepância superior a 200 pontos. Em
2013, essa diferença caiu de 200 para 100 pontos, o que significa
maior rigor na observância dos critérios por parte dos avaliadores.
Após a terceira correção, persistindo a discrepância superior a
100 pontos, ou 80 em uma das competências, a redação será
examinada por uma banca certificadora composta por três avaliadores
para a definição da nota final.
Um
item muito questionado nas redações do Enem 2012 foi o uso de
trechos de gêneros textuais como receitas culinárias, hinos de
times de futebol, num tom de deboche que nada tinha que ver com a
proposta da redação. De acordo com o Edital do Enem 2013, o
candidato que tiver esse comportamento no ato da produção textual,
terá nota zero na redação. Outro destaque deve ser dado à
ortografia, à acentuação, à pontuação, à coerência e coesão
textual, além da sintaxe de concordância e de regência verbal e
nominal. Nenhum texto deverá receber nota máxima, se apresentar
falhas em alguns desses aspectos, salvo os casos em que os
avaliadores julgarem como exceção erros específicos de um
estudante que tenha produzido uma excelente redação.
Essa
atitude do Ministério da Educação (ME) e do Instituto de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é oportuna para que o
Enem se consolide como um exame nacional com a credibilidade do
tamanho de sua grandeza e importância. Pegou mal o fato de redações
com erros, até certo ponto grosseiros, tirarem notas excelentes, ao
passo que textos, supostamente de melhor qualidade, obtiveram apenas
uma nota mediana.
Fatos
assim são comprometedores, depõem contra a seriedade do exame e,
especialmente, contra a língua portuguesa, que deve ser a base para
o sucesso em toda a trajetória formativa do aluno. O candidato que
lê bem, que interpreta com desenvoltura, articula o pensamento com
habilidade e escreve corretamente atesta sua aptidão e competência
para o progresso e o sucesso na vida pessoal e profissional.
Por
essas razões tais mudanças são oportunas, já que produzem efeitos
positivos, resgatando a credibilidade do exame, procurando atribuir
um resultado justo aos concorrentes, fazendo com que a sociedade
brasileira abrace de fato o Enem como a grande oportunidade para a
certificação das pessoas que precisam e que apresentam condições
para concluírem o Ensino Médio, e, em especial, para o acesso
democrático às instituições de ensino superior do país.
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