sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Feliz Ano Novo


Durante os festejos dos finais de ano, as pessoas se reúnem, para as comemorações de praxe. Independente da classe social, todos participam, distribuindo abraços, tapinhas nas costas e sorrisos, sempre acompanhados das mais variadas mensagens de carinho e amizade. Tudo para externar os desejos de um Feliz Natal e de um Ano Novo repleto de venturas e felicidade.
Essas manifestações me fazem refletir sobre o que seria uma vida feliz para todos. Equivocadamente, alguns poderão associar a felicidade com fama, riqueza ou poder, o que não é de todo verdade, já que há pessoas afortunadas e poderosas que não conhecem o sabor de uma vida feliz. Por outro lado, vivemos cercados de pessoas simples que esbanjam sorriso e alegria. Logo, quando penso numa vida feliz, nem sempre a associo a poder ou a dinheiro.
Hoje, quando alimentamos as expectativas de um mundo melhor, pensamos em outras coisas, antes da realidade material. Há outros fatores que fazem o ano novo tranquilo e feliz. O poder e o dinheiro não são acessíveis a todos, mas a justiça, a segurança, a honestidade e o respeito são coisas que dão às pessoas uma existência digna e feliz.
Vivemos num tempo em que a insegurança toma conta de todos. Seja nos grandes centros urbanos, ou nos mais simples lugarejos, as pessoas estão sempre ameaçadas. Onde quer que elas estejam, podem ser vítimas de um furto, de um assalto, de um viciado em droga, de um acidente de trânsito, de uma bala perdida, de um desentendimento pessoal, ou de uma violência verbal. Se estes problemas pudessem ser eliminados, certamente encontraríamos o caminho da paz tão desejado por todos.
Portanto, quando reflito sobre as expectativas para o ano novo, penso que antes de dinheiro, fama e poder, devemos buscar alternativas para a construção de um mundo tranquilo, seguro e feliz. Nesse sentido, seria indispensável uma conduta séria das nossas autoridades, nas diversas instâncias de poder. Se elas agissem com empenho na formulação e aplicação de leis, combatendo a impunidade, a corrupção e os demais crimes inerentes aos ímpetos ou ambições pessoais, já teríamos, sem dúvida, motivos para acreditarmos em um tempo melhor.
Seria bom se a partir de agora todos agissem honestamente, praticando a justiça para o bem de todos.  Mas padecemos com a falta de seriedade, de empenho e de compromisso de grande parte de nossas autoridades. Vivemos ainda a sensação de que o crime compensa, uma vez que poucos se empenham para mudar essa realidade que nos ameaça e nos violenta.
A construção de um mundo melhor depende de leis eficientes que garantam o bom funcionamento de uma sociedade segura, tranquila e amena. Logo a busca de um ano novo feliz deve começar com a conscientização e empenho daqueles que têm a competência para elaborar leis capazes de resgatar a credibilidade das instituições responsáveis por garantirem a ordem e a paz social em nosso país. Desse modo, as expectativas que alimento é a de podermos buscar uma sociedade sem os vícios da corrupção e sem as marcas da impunidade. Uma sociedade, sem privilegiados, que julgue a todos com igualdade. Se colocarmos isso em prática, certamente teremos um ano novo de paz e feliz, consequentemente, um mundo melhor para todos.

Jornal Contagem, 27 de dezembro de 2013.


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