Durante os festejos dos
finais de ano, as pessoas se reúnem, para as comemorações de praxe.
Independente da classe social, todos participam, distribuindo abraços, tapinhas
nas costas e sorrisos, sempre acompanhados das mais variadas mensagens de
carinho e amizade. Tudo para externar os desejos de um Feliz Natal e de um Ano
Novo repleto de venturas e felicidade.
Essas manifestações me
fazem refletir sobre o que seria uma vida feliz para todos. Equivocadamente,
alguns poderão associar a felicidade com fama, riqueza ou poder, o que não é de
todo verdade, já que há pessoas afortunadas e poderosas que não conhecem o sabor
de uma vida feliz. Por outro lado, vivemos cercados de pessoas simples que
esbanjam sorriso e alegria. Logo, quando penso numa vida feliz, nem sempre a
associo a poder ou a dinheiro.
Hoje, quando alimentamos
as expectativas de um mundo melhor, pensamos em outras coisas, antes da
realidade material. Há outros fatores que fazem o ano novo tranquilo e feliz. O
poder e o dinheiro não são acessíveis a todos, mas a justiça, a segurança, a
honestidade e o respeito são coisas que dão às pessoas uma existência digna e
feliz.
Vivemos num tempo em que a
insegurança toma conta de todos. Seja nos grandes centros urbanos, ou nos mais
simples lugarejos, as pessoas estão sempre ameaçadas. Onde quer que elas
estejam, podem ser vítimas de um furto, de um assalto, de um viciado em droga,
de um acidente de trânsito, de uma bala perdida, de um desentendimento pessoal,
ou de uma violência verbal. Se estes problemas pudessem ser eliminados,
certamente encontraríamos o caminho da paz tão desejado por todos.
Portanto, quando reflito
sobre as expectativas para o ano novo, penso que antes de dinheiro, fama e
poder, devemos buscar alternativas para a construção de um mundo tranquilo,
seguro e feliz. Nesse sentido, seria indispensável uma conduta séria das nossas
autoridades, nas diversas instâncias de poder. Se elas agissem com empenho na
formulação e aplicação de leis, combatendo a impunidade, a corrupção e os
demais crimes inerentes aos ímpetos ou ambições pessoais, já teríamos, sem
dúvida, motivos para acreditarmos em um tempo melhor.
Seria bom se a partir de
agora todos agissem honestamente, praticando a justiça para o bem de
todos. Mas padecemos com a falta de seriedade, de empenho e de
compromisso de grande parte de nossas autoridades. Vivemos ainda a sensação de
que o crime compensa, uma vez que poucos se empenham para mudar essa realidade
que nos ameaça e nos violenta.
A construção de um mundo
melhor depende de leis eficientes que garantam o bom funcionamento de uma
sociedade segura, tranquila e amena. Logo a busca de um ano novo feliz deve
começar com a conscientização e empenho daqueles que têm a competência para
elaborar leis capazes de resgatar a credibilidade das instituições responsáveis
por garantirem a ordem e a paz social em nosso país. Desse modo, as
expectativas que alimento é a de podermos buscar uma sociedade sem os vícios da
corrupção e sem as marcas da impunidade. Uma sociedade, sem privilegiados, que
julgue a todos com igualdade. Se colocarmos isso em prática, certamente teremos
um ano novo de paz e feliz, consequentemente, um mundo melhor para todos.
Jornal Contagem, 27 de
dezembro de 2013.
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