Durante os próximos meses, os eleitores
brasileiros vão participar direta ou indiretamente da campanha eleitoral para a
escolha dos ocupantes do executivo e do legislativo de cada município. É uma
difícil tarefa, quando se fala em voto consciente, pois ninguém tem uma bolinha
de cristal para saber qual aquele que, no exercício do mandato, vai agir em
defesa dos interesses da sociedade, ou apenas de si próprio e de seus
apadrinhados.
Em ocasiões assim, muitos daqueles que se
apresentam como candidatos, usam falácias e mentiras, ludibriando o eleitor
que, inocente, muitas vezes, acredita na aparente seriedade e honestidade deles.
É preciso cuidado, pois muitos se preparam para impressionar o cidadão de bem, em busca apenas do êxito eleitoral e dos privilégios dele decorrentes.
São muitos aqueles que aparecem para resolver
todos os problemas do município: super-heróis, salvadores da pátria e outros
tantos que se apresentam, com estranhos poderes, para garantir emprego para os
desempregados, melhoria de salários, solução para os problemas de
infraestrutura urbana e rural, de educação, saúde, moradia, segurança, viários
e até financeiros. Tem-se a impressão de que tudo se resolverá com a eleição
daquele que promete mundos e fundos no decorrer da campanha.
A retórica de alguns candidatos é tão forte
que mesmo o eleitor que se sente bem preparado acaba se enganando, apoiando a
pessoa errada. Não são poucos os casos de pessoas que, passadas as eleições, se
dizem decepcionadas com as atitudes daquele candidato que ajudou a eleger com muito
esforço, trabalho e voto.
Na eleição para prefeito e vice-prefeito, é
possível pensar na possibilidade de voto, se não consciente, pelo menos, com um
pouco mais de clareza a respeito do que cada candidato pensa e defende. O
eleitor atento consegue acompanhar melhor o desenvolvimento dos debates, já que
estes ficam restritos a umas cinco ou seis propostas, no máximo. Para vereador,
é bem mais complicado; há um número imenso de candidatos e muitos nem sabem o
que defendem na campanha e apoiam tudo o que o eleitor expressa, pensa e
deseja.
Normalmente, esse tipo oportunista não
defende nenhum candidato a prefeito, pois o que ele quer é somente conquistar o
mandato. Esse negócio de ideologia, fidelidade e coerência não é com ele, isso
é coisa para idealistas. O oportunista, quando aborda um eleitor, e este questiona o projeto
de seu partido, de seu candidato a prefeito e a vice-prefeito, simplesmente
concorda. Para ele, o eleitor pode ficar livre, escolhendo qualquer um; votando
nele para vereador é o que interessa.
Portanto, nesse momento em que se inicia o
processo eleitoral em nosso município, é importante lembrar que o princípio do
voto consciente passa então pela fidelidade e pela coerência. Apoiar um infiel,
um oportunista, é jogar fora o poder que o nosso voto tem para promover mudanças
na realidade em que vivemos. Que essas eleições não sejam apenas mais uma nas
páginas de nossa história. Que elas nos sirvam para revermos os nossos
conceitos políticos e de política, para a construção de uma sociedade justa,
fraterna e solidária, que dê condições a todos os patrícios de conquistarem
seus direitos e a sua cidadania.
Mt bom ! A-D-O-R-E-I !
ResponderExcluiré vdd ! eu achei exataamento oq estava procurando..Obrigado.
ExcluirCaro Professor Doniseti,
ResponderExcluirGostaria de parabeniza-lo pelo trabalho desenvolvido nesta redação,pois abordaste nela o perfil dos canditados e como essa é uma decisão muito importante a ser tomada sobre que gostariamos que nos representasse.Estamos em um tempo de eleição,e mesmo nos "bastidores" esse texto pode orientar cada um dos eleitores,assim como me orientou.Indiquei seu texto como base para os meus alunos e gostaria que o senhor publicasse outro texto sobre eleições.Mais uma vez,parabens caro professor!
Cordialmente
Professor Lucas.
O professor sabe usar bem as palavras. Adorei o texto.
ResponderExcluirGreat text!Congratulations!
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