Durante a nossa vida,
deparamos com inúmeros obstáculos que nos deixam desanimados, impotentes e sem
estímulos para enfrentá-los.
Quando nos vem esse
sentimento, é importante a participação de uma pessoa amiga, para nos consolar
e encher de ânimo a nossa vida. Sozinhos, dificilmente encontramos razões para
darmos a volta por cima e sairmos no final como fortes e vencedores.
Ocorre que, nos momentos
de angústia, de imensa tristeza, formamos uma barreira intransponível que
dificulta o abraço e o carinho amigo que nos vêm acalentar.
Mas essa resistência deve
ser rompida. Devemos com toda sinceridade, aceitar ajuda, nos momentos de
dificuldades, e, se for o caso, prestar o nosso apoio às pessoas com algum tipo
de sofrimento. Todos precisamos de carinho, amor e compreensão, razão por que
ninguém deve resistir à aproximação de um ombro amigo. Somos seres dependentes
uns dos outros e incapazes de vivermos isoladamente. Sempre nos faz bem, o
calor de uma amizade sincera.
Nesse sentido, o respeito
aos sentimentos alheios deve nortear as nossas ações humanas, pois somos seres
capazes, porém imperfeitos, logo sujeitos a vitórias, fracassos e derrotas. Por
isso, não podemos ser orgulhosos, padecendo dificuldades e nos comportando como
se nada estivesse acontecendo. É mister desarmar nosso espírito para a
construção de momentos afetivos e solidários.
Como seres limitados,
devemos ser humildes e não soberbos, flexíveis e não arbitrários; devemo-nos
interessar pelos outros e não acharmos, numa atitude invejosa e arrogante, que
são injustas as dificuldades que enfrentamos por nos considerarmos melhores e
mais inteligentes que os nossos semelhantes. Esse complexo de superioridade nos
afasta dos outros, evidenciando preconceito, discriminação, desrespeito e,
consequentemente, exclusão social.
Vivendo sob os princípios
da humildade, buscando sempre a sabedoria infinita, sem perder de vista a
mensagem redentora da cruz, é possível compreender a natureza dos sofrimentos
que enfrentamos ao longo de nossa existência. Por isso, quando deparamos com
alguém em dificuldades, não podemos negar a nossa ajuda. Do mesmo modo que
Jesus nos tratou, morrendo na cruz para nos dar direito à salvação, sendo justo
e amoroso, devemos tratar o nosso semelhante com justiça, compreensão, respeito
e amor. Se alguém nos ofende, depois nos procura, devemos recebê-lo e
perdoá-lo. Desse modo, seremos amáveis e obedientes. Obedientes porque, segundo
o mandamento divino, precisamos perdoar o próximo sempre. Amáveis porque,
humanamente falando, poderíamos virar as costas ao agressor, devolvendo-lhe a
ofensa, na mesma medida com que fomos atingidos.
Pensando assim, torna-se
possível, superar as dificuldades, vencer a tristeza, erguer a cabeça e dar a
volta por cima. Por isso, quando estivermos angustiados, devemos sempre lembrar
o amor de Deus-Pai, que enviou o seu Filho, seu único Filho que, com
resignação, padeceu humilhações, horrores e dores de toda ordem, para nos
livrar de um sofrimento muito maior. Confiemos em Jesus, Ele, pelo seu amor,
nos dará um novo sentido para as coisas que vivenciamos. A fé nEle é o melhor
remédio.
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