sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Segredo da felicidade


Tenho pensado muito, ultimamente, acerca dos problemas que envolvem os seres humanos e que muitas vezes os deixa submersos no mundo das lamentações. Não é raro conversar com as pessoas e ficarmos grande parte do tempo apenas ouvindo reclamações disso ou daquilo, sem que nada de novo seja apresentado para a busca das soluções adequadas.
Criticar, todos criticamos. Mesmo que os motivos sejam os mais fúteis possíveis, achamos que temos razão e que somos mais capazes e conhecedores do que os outros. É assim quando tratamos de assuntos religiosos, políticos, educacionais, financeiros, esportivos e tantos outros. Às vezes, penso que dedicamos muito tempo às reclamações, sem fazermos proposições, logo avançamos pouco e progredimos menos ainda. Quando estou em um evento, participando de discussões e deliberações sobre algum assunto, tenho a sensação de perda de tempo, pois as pessoas estacionam no patamar das reclamações e não discutem propostas que poderiam evoluir para a solução dos graves problemas que são motivos de constantes queixas.
A sensação que tenho, nesses momentos, é que as pessoas esquecem a importância da força coletiva, do trabalho em equipe e da interação social, que resultam em conquistas, crescimento profissional e realização pessoal. Desse modo, cada um em seu canto, numa atitude egoísta, pensa somente em si, não somando esforços em busca do bem comum.
Essa falta de engajamento, de solidariedade, de comprometimento com o outro, consciente ou inconsciente, provoca um vazio e um sentimento de infelicidade nas pessoas que, sufocadas, tentam transferir a culpa para outrem. Elas se esquecem de que, a partir do momento em que somos proativos, propositivos e que lutamos em favor do que é justo, correto, damos um significado especial a nossa existência.
A impressão que fica, a partir dessas reflexões, é que nós conquistamos o bem, fazendo o melhor para todos, principalmente para os mais necessitados que nos rodeiam. Sem o exercício do bem-fazer, ficamos isolados, reclamando de tudo, esperando que outros façam aquilo que está no rol de nossas obrigações. Por isso, em vez de ficarmos lamentando, procurando culpados por algo que não acontece, é necessário agirmos, saindo da cômoda posição de apenas reclamar, uma vez que tendo clareza de nossos objetivos, fica menos difícil a luta para conquistá-los.
Vale dizer que o individualismo e o isolamento nos fazem esquecer que a diferença se dá, quando fazemos algo de bom em favor da sociedade da qual somos parte. Logo precisamos somar forças com outras pessoas para a construção de alternativas de interesse coletivo, pois isso nos traz um sentimento de realização e de felicidade. Viver bem significa sair do comodismo, trabalhando, com iniciativa e criatividade, sem ferir os direitos de cada pessoa. Esse é o segredo da felicidade.

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