quinta-feira, 10 de abril de 2014

Páscoa

A palavra Páscoa evidencia, dentre outros, três aspectos importantes, demarcados por momentos bem significativos de nossa história. O primeiro se relaciona com a festa dos agricultores e dos nômades pastores, comemorando o sucesso da colheita, depois de um exaustivo ano de trabalho. O segundo diz respeito à retirada dos hebreus, que padeciam há cerca de 400 anos de escravidão nas terras do Egito. E, no Novo Testamento, Páscoa significa salvação do pecador, mediante a fé em Cristo Jesus.
 Saindo então do primeiro conceito, quando na passagem do inverno à primavera, os agricultores e os nômades pastores se reuniam para festejar o sucesso da colheita, entramos na Páscoa dos israelitas, que começa com o prenúncio de grandes sofrimentos. A história nos diz que Faraó baixou uma lei ordenando o extermínio de todas as crianças do sexo masculino de até um ano de idade, talvez temendo que o aumento do número de homens israelitas pudesse favorecer a mobilização e a organização deles que, fortalecidos, lutariam contra a escravidão em que viviam.
Mas Deus salvou um menino: Moisés. Sua mãe tomou todos os cuidados e conseguiu escondê-lo por três meses. Depois, cuidando para que ele não fosse encontrado pelos soldados de Faraó, colocou-o dentro de um cesto, e o deixou no rio para ser levado pela correnteza, na esperança de que alguém pudesse salvá-lo.
Assim se fez. O menino foi salvo das águas e criado como príncipe pela filha de Faraó. Na corte real, ele teve vida nobre, recebendo uma ótima educação, adquirindo grande cultura. Essa formação privilegiada possibilitou que Moisés ocupasse cargos importantes, chegando a ser, inclusive, comandante do exército de Faraó.
Dessa forma, Deus preparou Moisés para libertar os hebreus da escravidão do Egito. Como bom estrategista, Moisés tentou convencer Faraó sobre os terríveis sofrimentos que viriam contra aquela nação, caso ele não amolecesse seu coração. Como Faraó não cedeu, dez pragas terríveis se abateram sobre a terra, sendo a última, a morte dos primogênitos, a mais cruel.
Para livrar os israelitas da terrível praga, Deus pediu a Moisés que reunisse toda a congregação, e cada família deveria pegar um cordeiro perfeito, de um ano, sacrificá-lo e comê-lo assado para celebrar a Páscoa. E todos deveriam tingir, com o sangue do cordeiro sacrificado, os umbra ais das portas de suas residências. Isso deveria acontecer no décimo quarto dia do primeiro mês do ano. Assim, quando o anjo da morte passasse, na noite daquele dia, ele saltaria as casas que tivessem a marca de sangue na entrada. Desse modo, Deus poupou da morte os primogênitos dos israelitas.
Com a morte dos primogênitos, houve muita tristeza e desolação. Faraó, muito abatido pela perda de seu primeiro filho, sob  os impactos de grande dor e muito sofrimento, permitiu que Moisés saísse do Egito, conduzindo seu povo. Naturalmente, o rei temia que houvesse mais mortes, por causa da dureza de seu coração, conforme lhe advertira Moisés.
Faraó, todavia, vendo os hebreus em retirada, convocou seu exército e seu povo e os ordenou que impedissem a fuga dos israelitas. Cercado pelo Mar Vermelho, Moisés, sob a ordenança divina, levantou seu cajado na direção do mar, e este se abriu para a passagem daquele povo perseguido. Assim que os israelitas atravessaram, Moisés voltou seu cajado na direção do mar, que se encheu de água, matando os egípcios que se lançaram à travessia.
Até a vinda de Jesus, a Páscoa era celebrada, primeiro, para festejar o êxito da colheita no campo, depois, para comemorar a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. Com Jesus, a Páscoa adquiriu um novo significado, sendo celebrada em memória do sacrifício que Ele fez para nos libertar do pecado. Portanto, ao celebrarmos a Páscoa, devemos fazê-lo, lembrando sempre que todo o sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário, não foi em vão, foi o preço que Ele pagou pela nossa salvação.    

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