quarta-feira, 9 de abril de 2014

Semana Santa e fé cristã


No período da quaresma, principalmente na semana santa, as pessoas costumam renovar os votos por uma vida de arrependimento e de santidade, mas passado esse tempo, tudo volta ao normal e, rapidamente, elas se distanciam dos votos que fizeram. Todavia não devemos agir assim, já que a busca da paz e do amor deve ser constante na vida de cada ser, não importando se é tempo de quaresma ou não.
Como cristãos, importa-nos o fato de buscarmos Jesus como “o caminho a verdade e a vida” (Jo 14:6), o único capaz de nos salvar. Se realmente cremos nEle como único e suficiente Salvador, confessando e testemunhando fielmente a nossa fé, somos alcaçados pelo seu infinito amor. Se o amor de Cristo é eterno, não tem fim, é nosso dever “andarmos na luz como Ele na luz está” (1 João 1:7). Agindo assim, seremos, em todos os períodos da nossa exístência, seres humanos cada vez melhores.
Essa caminhada, a partir do momento em que dizemos “sim” para Cristo, não pode mais parar. A santidade de uma vida, lavada pelo sangue de Jesus, não se restringe à época da quaresma, semana santa e outros. Na obra do Senhor, não há férias, recessos, feriados, nem períodos mais ou menos apropriados para mudança de postura ou de comportamento. A prática cristã deve ser constante em nossas ações, em todo tempo e lugar, seja ela com palavras ou testemunhos.
Essa é uma tarefa árdua, um grande desafio. Realmente não é fácil pelejar pela salvação de almas enfraquecidas, submersas em pecados, nesse mundo cheio de desvios de conduta, de corrupção, de atrativos materiais, que tentam de toda maneira alcançar a todos, principalmente os fracos de espírito, que se deixam levar pelas armadilhas contrárias à fé cristã. Essa labuta somente será vitoriosa, se seguirmos os passos e o ministério de Cristo, com amor, dedicação e simplicidade. A coisa mais certa, quando se trata do Evangelho do Reino, é que, se fomos chamados para semear a palavra, cuidando bem, para que ela produza frutos viçosos e permanentes, devemos fazê-lo do melhor modo possível, pois, com um trabalho sério, a boa semente germina e cresce, mesmo diante da ação contrária de adversários ou inimigos.
A palavra de Deus diz que “Aquele que semeia com lágrimas colhe com alegria” (Salmo 126:5). Esse versículo nos mostra que a tarefa do semeador é árdua, porém após o esforço da semeadura, vem a recompensa. Por isso não nos podemos acomodar, devemos sempre nos colocar em posição de sentido, dispostos a “combater o bom combate, guardando sempre a fé” (2 Timóteo 4:7). Desse modo, “As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja” (Mt 16:18), pois o Senhor Deus, nosso Pai, é o “agricultor” (Jo 15:1) que nos ensina a semear.
Como semeadores, precisamos ser valentes, corajosos e sempre vigilantes, não permitindo que o mal roube a semente, ou que o joio prevaleça sobre o trigo. Assim, nós guardamos a Palavra de Deus, não deixando que ela seja deturpada. A fé em Cristo, a confiança nEle e o entusiasmo com a obra do Senhor encherão nossas vidas de permanentes vitórias.
Nossa semeadura, portanto, não tem fim, devendo ocorrer continuamente em todos os períodos do ano. Quem depende apenas do tempo da quaresma, ou da semana santa, para buscar santidade engana a si mesmo, pois segue uma tradição, um rito religioso, que pode, inclusive, afastá-lo da fé cristã. O tempo de Deus é eterno, logo, para Ele, pouco importa se é quaresma ou não. Como semeadores, devemos sempre pisar o campo, plantando, tomar o barco, pescando, independente de época e lugar. Assim, a semente lançada por nós produzirá frutos, o trigo se destacará diante do joio, o grão de mostarda se transformará em hortaliça, o fermento fará a massa levedar e a rede se fartará de peixes. Enfim, fazendo a obra de Deus do modo como Jesus nos ensina, Ele se sentirá honrado e glorificado, coroando nosso trabalho de pleno êxito.

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