A Copa do Mundo de 2014 tem demonstrado que o
Brasil é realmente o país do futebol. Não que a nossa seleção esteja num
patamar infinitamente superior aos demais concorrentes, mas porque os nossos
visitantes estão levando uma imagem de brasilidade muito positiva.
No início da competição, havia muita expectativa em
torno do evento. Muita gente torcia para que tudo desse errado, achando que com
isso levaria vantagem, especialmente por ser esse um ano de eleições. Uma
tremenda bobagem, pois nenhum candidato será julgado, nas urnas, em função dos
resultados do país na Copa. Futebol é futebol; política é outra coisa.
Felizmente, a onda de protestos, amplamente
anunciada, não se concretizou. A vida continua com os problemas de sempre, não
por causa da Copa, e sim pela omissão de nossas autoridades, que se acomodaram
em seus cargos e nada fizeram. A maioria dos problemas que apontamos hoje tem
suas raízes plantadas na falta de compromisso de quem governou o país ao longo
de várias décadas. Portanto, muitos são os culpados que, no mínimo, deveriam
pedir desculpas pelos transtornos do momento.
Apesar de tudo, a Copa do Mundo vai bem. Com seu
carisma e hospitalidade, os brasileiros compensam as deficiências de
infraestrutura e material. Várias são as declarações de estrangeiros que se
impressionam com o jeitinho de ser do brasileiro. Muitos, inclusive, estão
dispensando hotéis confortáveis e se hospedando em ambientes familiares, para
desfrutar um pouco do afago, do calor humano e da agradável companhia de nossa
gente.
Aqueles, pois, que torciam pelo pior, certamente
estão decepcionados. A Copa do Mundo não está servindo de palanque eleitoral.
Pelo contrário, está fazendo os brasileiros esquecerem um pouco o oportunismo
político. Os brasileiros de verdade nunca foram contra a realização desse
grande evento e nunca também deram crédito àqueles que quiseram tirar proveito
da situação, alardeando pessimismo.
É bom ficarmos de olho. Em outubro, todos saberão
de fato o que querem os brasileiros. Não adianta alguém vir com artimanhas para
nos enganar. Sabemos muito bem separar Copa de Mundo de política. Cada uma tem
o seu tempo. Esse é o momento da alegria, da vibração, da amizade e da
confraternização. O da política vem depois. Ninguém precisa ter pressa, em
outubro, ele chegará, dando ao eleitor a oportunidade de avaliar, inclusive, o
comportamento e a conduta de cada candidato, durante esse evento.
Somos um povo ordeiro, manso e inteligente. Aqueles
que se levantam bramindo contra tudo e contra todos, com agressões e violência,
não nos representam. Fazem parte de uma minoria que age na direção oposta do
que pensamos. E é isso que a Copa do Mundo está revelando aos povos em geral e
às nações que nos visitam. Nesse sentido, independente da seleção brasileira
continuar avançando para as etapas seguintes, o espetáculo continuará, porque,
conforme a opinião da maioria que nos visita, essa é a melhor Copa do Mundo de
todos os tempos.
Por isso, alegres, vamos curtir esse momento. Vamos
continuar revelando ao mundo nossas belezas, o carinho e o respeito que temos
por todos que nos visitam. Doravante, ninguém mais terá dúvida de que somos um
povo ordeiro, amável e acolhedor. Somos brasileiros e, em matéria de esporte, o
Brasil é show de bola.
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