quinta-feira, 23 de outubro de 2014

2º turno da eleições 2014

Esse ano de 2014 certamente trouxe grandes lições para os brasileiros. Nossa capacidade de agirmos de modo consciente foi posta em xeque a todo instante. Em março, os festejos carnavalescos, em junho, a Copa do Mundo e, em outubro, as eleições para presidente da república, governadores dos estados, senadores e deputados.
De todos esses acontecimentos, cada grupo político, cada instituição social, religiosa, cada ativista, enfim, cada brasileiro e brasileira tentou tirar proveito do melhor modo possível. Alguns se divertindo, outros criticando, denunciando, se manifestando, ou aproveitando as oportunidades para um merecido descanso. Fato é que a avalanche de acontecimentos desse ano contribuiu para empurrar o 2014 de forma ainda mais acelerada para o seu final.
Agora estamos chegando ao momento da grande decisão. O carnaval ficou para trás, a Copa do Mundo deixou o seu legado, muitas lições, grandes obras, inúmeras críticas e desafios. Apesar da magnitude que foi o mundial, da boa impressão que os estrangeiros levaram da receptividade brasileira, menos do futebol, que novamente fracassou, o acontecimento do próximo domingo é muito importante. É a oportunidade de colocarmos a mão na taça, ou melhor, na urna eleitoral, para a escolha de quem nos governará por 4 anos. É o momento de cada um pensar nos projetos que consideram importantes para o Brasil e qual candidatura se coloca em condições de realizá-los.
Durante a campanha eleitoral, muitas bobagens foram ditas, muitas denúncias e acusações desnecessárias foram feitas. Por parte dos candidatos, prevaleceram as tentativas de desqualificar os trabalhos do outro, deixando a campanha e, especialmente, os debates, em um nível aquém do esperado. Apesar disso, avaliando o comportamento do (a) eleitor (a), por meio das pesquisas de intenção de voto dos principais institutos de pesquisa, pudemos observar que ele (a) não se deixou levar pelas tentativas de manipulação. Isso demonstra que todos estão preparados para votar.
 Certamente, aqueles que comparecerem às urnas votarão consciente de suas responsabilidades. Solitariamente, cada eleitor (a) fará sua escolha, com base  em propostas que julga merecerem seu apoio e não em acusações que serviram apenas para denegrir a imagem da (o) candidata (o).  Nesse momento, o eleitor  não procura santos para confiar o seu voto; ele sabe que, com o atual sistema político brasileiro, todos têm seus esquemas e, dependendo da intenção e do olhar de quem os julga, podem parecer lícitos, corretos ou criminosos, ou fraudulentos. Essa decisão cabe aos órgãos responsáveis pela apuração e investigação dos fatos e a condenação dos culpados cabe ao judiciário. Nesse sentido, o (a) eleitor (a) está consciente, uma vez que não compra mais a imagem do bom mocinho, nem da boa dama.
Aqueles que ainda pensam que o povo não sabe votar estão completamente enganados. O modelo político que temos é que não lhe permite votar melhor. Basta vermos os resultados divergentes das pesquisas, que foram motivos de tanta polêmica, nos últimos dias. Para mim, elas refletem a consciência do eleitor atento, que está de olho e que reserva para o momento certo a sua tomada de decisão. Por isso é bom que todos fiquem espertos, pois o eleitor não se deixa mais enganar por falácias ou promessas vazias. Na hora exata, ele dá o troco.
A todos, os votos de um bom domingo de eleições! E viva a democracia!
(Jornal Contagem, 24/10/2014)


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