segunda-feira, 29 de maio de 2017

Dicas para o Enem 2018

O Enem representa uma etapa importante na vida escolar de quem pretende ingressar no ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada – SISU, ou do Programa Universidade Para Todos – Prouni. O primeiro possibilita acesso a uma vaga nas escolas públicas, o segundo, em instituições privadas.
Com a nota do Enem, é possível ainda conseguir uma bolsa para um curso de formação técnica, em uma conceituada instituição de ensino, pública ou privada. Para isso, um bom desempenho nas provas das quatro áreas de conhecimento do Enem e na redação é fundamental. Quanto maior a média no exame, mais perto os (as) candidatos (as) estarão de seus objetivos.
Em termos de conteúdos cobrados no Enem, não há nenhuma surpresa, são os mesmos estudados na educação básica, que compreende o ensino fundamental e o médio. A grande diferença está no tempo destinado à resolução de cada questão, três minutos apenas. Assim, o (a) candidato (a) precisa administrar bem o tempo, ter muita concentração e se preparar física e emocionalmente para suportar com êxito a maratona das provas.
As questões objetivas das provas do Enem privilegiam a leitura, interpretação e análise. Por isso os (as) candidatos (as) devem compreender bem as propostas, os enunciados e os textos usados nas questões. Eles devem-se preparar, treinando muito a leitura, a interpretação e a análise de textos de di-versos formatos, já que a variedade de temas, de tipos e de gêneros textuais compõe a estrutura do exame.
O treinamento constante facilita o desenvolvimento das habilidades de leitura, interpretação, reflexão, inferência, seleção de ideias e organização de informações de diferentes áreas do conhecimento. Com isso, os candidatos conseguirão relacionar informações multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares por meio de associações de conteúdos diversos. Essas habilidades bem trabalhadas terão reflexos positivos também no exercício da argumentação e da produção escrita. Os (as) candidatos (as) que evoluírem bem nesses quesitos terão grandes chances de sucesso no Enem.
Quem quer se dar bem no Enem deve praticar a leitura constantemente. Gêneros textuais como histórias em quadrinhos, poemas, contos, crônicas, ensaios, artigos de opinião, cartas argumentativas, correspondências familiares, editais, requerimentos, ofícios, diagramas, gráficos e tabelas devem ser estudados. Além disso, é preciso ficar atento aos temas atuais como aqueci-mento global, crise hídrica, crise energética, crise política, a política e os políticos, ética na política, ética e cidadania, reforma política, economia, educação, esporte, desenvolvimento tecnológico, desemprego, o emprego moderno, qualificação profissional, violência urbana, criminalidade infanto-juvenil, racismo, preconceito, discriminação, desigualdades sociais, dentre outros. Quem estiver ligado nas questões da atualidade e praticar a redação, escrevendo pelo menos dois textos por semana sobre temas diversos, terá condições de obter um bom resultado no Enem.
O desenvolvimento dessas habilidades requer organização, disciplina e determinação. É necessário que se faça um planejamento de estudos, com metas determinadas de modo que todas sejam cumpridas. Pelo menos quatro horas por dia, devem ser destinadas exclusivamente à preparação para o Enem. É importante resolver questões de Exames anteriores, considerando o tempo de três minutos para a solução de cada uma. Esse treinamento, além da familiaridade com o estilo das questões, ajuda na disciplina e na administração do tempo, desafio maior que será enfrentado no dia das provas.
Em relação à administração do tempo, os (as) candidatos (as) cometem muitos deslizes. Às vezes, eles (elas) demoram muito em uma questão, não querendo ir adiante sem solucioná-la. Isso não é recomendável. O Enem tem questões de baixa, média e alta complexidade. Em vez de perderem muito tempo numa questão complicada, os (as) candidatos (as) devem avançar até o final da prova, pois nela há várias questões que podem ser resolvidas sem grandes dificuldades.
Essa é uma forma de aproveitar melhor o tempo, deixando para o final as questões mais complexas. Do contrário, os (as) candidatos (as) que falharem nessa estratégia correrão o risco de errar as questões “fáceis” por terem perdido muito tempo nas “difíceis”. Além disso, pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), é preferível acertar as questões de nível inferior. Logo, passando por toda a prova, os (as) candidatos (as) deixarão para tentar a sorte, no final, “chutando” as questões difíceis, garantindo assim uma melhor pontuação pela coerência em acertar as de menor complexidade.
Essas dicas constituem um passo importante para o êxito dos candidatos ao Enem. Ninguém deve comparecer ao Exame para tentar a grande sorte, razão por que tais orientações devem ser observadas. Enem não é loteria, logo o aproveitamento será diretamente proporcional à qualidade da preparação dos (das) candidatos (as). Desse modo, quem se preparar melhor, terá mais chances de sucesso.
José Doniseti Silva.
Professor da Funec, com 20 anos de experiência
em cursos pré-vestibulares e pré-Enem.
Autor, dentre outros, do livro “A chave do Enem”.
Escritor e poeta.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário