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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Dicas de leitura e interpretação de texto
Processo de leitura e
interpretação
§
Etapas
do processo de leitura e interpretação do texto, segundo a hermenêutica*: Pré-compreensão,
Compreensão, Interpretação.
a) Pré-compreensão: entrada do leitor no texto, sem
conhecimento prévio sobre o assunto, ou área específica.
b) Compreensão: entrada do leitor no texto, já com
conhecimento prévio sobre o assunto, para que ele relacione
as informações novas com as que possui, entendendo assim a intencionalidade do
texto. Compreensão significa entender o significado dos elementos linguísticos,
a explicação, as justificativas e o alcance social do texto.
c) Interpretação: a “fusão dos horizontes” do texto e o
do leitor, para abertura, crescimento e ampliação para novos sentidos. Ou seja,
a resposta que o leitor dará, depois de “conversar” com o texto, de
compreendê-lo. A interpretação resulta na produção de um novo texto.
Algumas dicas
1) Uso de dicionário
§ Potencializar
a leitura com consulta ao dicionário, especialmente, na primeira etapa, a da
“pré-compreensão”.
§ Anotar
as palavras novas em um caderninho à parte para melhor assimilação.
§ Pesquisar
no dicionário o significado delas para ampliação do vocabulário.
2) Reescrita
§ Fazer
paráfrases, seguindo as ideias do autor, sem copiar trechos do texto.
§ Fazer
resumo, selecionando as expressões-chave, indicando, com as próprias palavras,
as ideias básicas do texto.
§ Fazer
resenha, segundo os passos do resumo, incluindo a intervenção pessoal com um
comentário sobre o texto.
§ Fazer
esquema, das ideias, apresentando o esqueleto do texto em tópicos, ou pequenas
frases, usando recursos como cores, imagens, para facilitar a visualização.
3) Leitura no papel
§
Priorizar
a leitura no papel, pois nele pode-se sublinhar, marcar, escrever nas margens,
facilitando a compreensão e a fixação.
§
A
leitura no papel possibilita avançar ou retroceder as páginas para registro de
informações ou releitura.
§
Esse
tipo de leitura permite rever as partes em destaque, as anotações feitas, o que
facilita lembrar ou recordar melhor o que foi lido ou estudado.
Passos para a leitura
Passos para a leitura
§
Concentrar-se
antes de iniciar a leitura, para não ficar lendo e relendo, sem saber o que
está fazendo, ou sem estar entendendo.
§
Procurar
o ritmo de leitura mais confortável, pois isso reduz o estresse, melhora a
concentração e facilita o entendimento, principalmente, de textos mais longos.
§
Reservar
pelo menos 30 ou 45 minutos diários, longe das distrações tecnológicas, para
ler, a fim de que o cérebro recupere a capacidade de fazer a leitura linear.
§
Predispor
o cérebro para realizar leituras lineares, aproveitando as vantagens de detalhes
sensoriais (formato, desenhos) para se lembrar de informações-chave da leitura.
§
Ler
somente em telas, para quem não tem hábitos de estudos, cria uma certa ilusão
de estar aprendendo, mas o que o leitor retém são fleches de leitura, sem
desenvolvimento das habilidades de, compreensão, interpretação e elaboração de
conhecimentos.
Procedimentos para interpretação
§
Analisar
o texto, a partir do título, indagando sobre as possibilidades de abordagem que
um texto com tal título pode revelar.
§
Ler
todo o texto, para ter uma visão geral do assunto e para se certificar de que
há uma pré-compreensão sobre a temática abordada.
§
Ler,
destacando as expressões-chave dos parágrafos, ou das partes do texto.
§
Assimilar
as ideias novas, procurando associá-las ao conhecimento prévio, para a
compreensão do assunto.
§
Não
interromper a leitura mediante a presença de palavras ou termos desconhecidos.
§
Ler
bem, ler profundamente, com bastante concentração,
procurando, com perspicácia, perceber as sutilezas que se apresentam nas entrelinhas do texto.
procurando, com perspicácia, perceber as sutilezas que se apresentam nas entrelinhas do texto.
§
Tomar
cuidado para evitar que prevaleçam as ideias pessoais sobre as do autor.
Outros cuidados
§
Verificar
a coesão e a coerência nos processos de coordenação e de subordinação das
ideias no texto:
1) As orações
coordenadas possuem independência de sentido, mas a ordem em que elas aparecem
garantem o coerência textual. Ou seja:
Ø
“O pássara embeleza o espaço natural, canta e voa”.
Ø
“O pássaro canta, voa e embeleza o espaço natural”.
2) As orações
subordinadas completam a significação das orações principais, logo é preciso
atenção às relações e aos efeitos de sentido de todo o período. Ou seja:
Ø
“João Pedro precisa estudar muito, embora queira se dar bem na
prova”.
Ø
“João Pedro precisa estudar muito para se dar bem na prova”.
§
Verificar
a harmonia entre um termo subordinado e um subordinante, sabendo-se que os
adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão,
aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado.
§
Ter
consciência de que a interpretação não depende de cada leitor, pois, enfim, “O
que está escrito, escrito está.”
Estratégias para resolução de provas
§
Considerar
que toda prova seja semelhante a um jogo de varetas, composta de questões
fáceis, médias e difíceis.
§
Ler
os enunciados, procurando identificar as expressões-chave que orientam para a
resposta.
§ Observar se a etimologia ou a semelhança das palavras apontam para a resposta.
§ Procurar identificar as ideias, ou opiniões expostas pelo autor, na elaboração do enunciado das questões.
§
Não
ficar muito tempo nas questões que gerem dúvidas, pois isso pode provocar
inquietação, nervosismo e desconcentração.
§
Pular
para a próxima questão, no caso de não se lembrar de algum detalhe da questão
analisada, mesmo dominando o assunto.
§
Deixar
sinalizadas as alternativas das questões que lhe parecerem possíveis, para
ganhar tempo no processo de releitura da questão.
§
Voltar
às questões não resolvidas, depois de ter lido as restantes e resolvido as mais
simples.
Outras dicas
§
Ficar
atento aos vocábulos: “destoa” (= diferente de ...), “não”, “correta”,
“incorreta”, “certa”, “errada”, “falsa”, “verdadeira”, “exceto”, e outras
palavras dos enunciados.
§
Procurar
perceber tais palavras e até destacá-las, se preciso, para não perdê-las de
vista no processo de leitura.
§ Quando duas alternativas parecerem corretas, procurar a mais coerente com o enunciado.
§ Quando o autor apenas sugerir a ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva.
§ Não se deve procurar a verdade exata dentro da resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do enunciado.
§ Descartar, de imediato, as alternativas que se afastam do que está proposto no enunciado.
§ Identificar entre as possíveis alternativas corretas a que seja mais coerente com o sentido do enunciado.
§ Procurar perceber as ideias que o autor defende;
§ Considerar a importância dos adjuntos adverbiais e dos predicativos do sujeito na interpretação do texto.
Ex.: Ele morreu de fome.
§ de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele").
Ex.: Ele morreu faminto.
§ faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.
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Leitura e redação,
Português para concurso
sábado, 10 de setembro de 2016
Tipos textuais - esquema
Esquema da narração
1° parágrafo: esclarecimento sobre o
acontecimento que será narrado; indicação do tempo e do
lugar em que ocorreu.
2° parágrafo: relato das causas do fato,
relacionando as ações dos personagens.
3° parágrafo: relato, com detalhes, do
modo como tudo aconteceu.
4° parágrafo: apresentação do resultado,
das consequências do fato.
A produção de um texto narrativo tem como base os seguintes elementos:
A produção de um texto narrativo tem como base os seguintes elementos:
Ø O que aconteceu? O que se
vai narrar? (acontecimento).
Ø Onde e quando aconteceu? (lugar
– tempo).
Ø Quem participou do
acontecimento? (personagens).
Ø Qual o ponto de vista de
quem conta a história? (narrador em 1ª ou 3ª pessoa).
Ø Qual (ou quais) os motivos
do acontecimento? (causa).
Ø Como os fatos ocorreram?
(modo).
Ø Qual (ou quais) as
consequências do acontecimento?
Esquema da descrição
I – de pessoas
1° parágrafo: ideia geral da pessoa que
vai ser descrita.
2° parágrafo: características físicas
(altura, peso, cor, idade, cabelos, traços do rosto, voz, vestimenta)
3° parágrafo: características
psicológicas (personalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações,
postura, objetivos)
4° parágrafo: retomada de qualquer outro
aspecto de caráter geral.
II – de
objetos
1° parágrafo: observação de caráter
geral referente à procedência ou localização do objeto descrito.
2° parágrafo: menção e rápidos
comentários das partes que compõem o objeto, seguidos da descrição de como as
partes se agrupam para formar o todo.
3° parágrafo: detalhes do objeto visto
como um todo, externamente (formato, dimensões, material,
peso, textura, brilho)
4° parágrafo: observação de caráter
geral referente à sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o
objeto na sua totalidade.
III – de
anbientes
1° parágrafo: observação de caráter geral (referência do local como um todo -casa,
museu, bairro, cidade).
2° parágrafo: detalhes referentes à
estrutura global do ambiente (paredes, janelas, portas, chão,
teto, luminosidade, aroma).
3° parágrafo: detalhes específicos em
relação a objetos lá existentes (móveis, eletrodomésticos,
quadros, esculturas ou quaisquer outros objetos)
4° parágrafo: observação sobre a
“atmosfera” que paira no ambiente.
Ao produzir um texto descritivo, deve-se fazer, respondendo as seguintes indagações:
Ø O que é? Como é? Como funciona?
Ø Principais características?
Ø Detalhes específicos que o
individualizam?
Ø Para que serve? Como
funciona?
Ø Outros detalhes
característicos importantes?
Esquema da dissertação
1° parágrafo: apresentação geral do tema
e indicativo dos argumentos a serem desenvolvidos.
2° parágrafo: desenvolvimento do
primeiro argumento.
3° parágrafo: desenvolvimento do segundo
argumento.
4° parágrafo: desenvolvimento do
terceiro argumento, se houver;
5° parágrafo: retomada da expressão (ou
ideia) inicial para reafirmação do tema, com o acréscimo de
um comentário final.
Redação de um parágrafo
1ª parte: tópico frasal - apresentação de uma frase, (ou de parte de uma frase) de aspecto geral, com a ideia a ser desenvolvida.
2ª parte: desenvolvimento do tópico frasal (especificação do
conteúdo do tópico frasal, através da exposição de detalhes, fatos, razões, comparações e de exemplos
que justificam a declaração inicial.
3ª parte: conclusão (reafirmação do
tema nos moldes do texto dissertativo)
Estrutura do parágrafo
Estrutura do parágrafo
a) Primeiro período: apresentação do assunto para preparar o leitor
para os argumentos.
b) Segundo período: desenvolvimento de um argumento justificando
parcialmente as ideias apresentadas no primeiro período.
c) Terceiro período: desenvolvimento de um argumento mais forte,
justificando as ideias do segundo período, se houver.
d) Quarto período: posicionamento final diante do assunto, baseado
nas ideias defendidas e nos argumentos apresentados.
Redação a partir de texto (s) de referência
a) Marcar as expressões-chave
do texto.
b) Identificar as ideias mais
importantes.
c) Identificar, entre as mais
importantes, a ideia principal.
d) Redigir, com as próprias
palavras, um parágrafo a partir da ideia principal, associando o conteúdo do
texto a um aspecto da realidade.
e) Analisar com atenção o
parágrafo escrito, procurando adequá-lo à proposta da redação.
Observação:
a) Sendo solicitada a redação de um parágrafo, deve-se seguir os passos acima.
b) Não sendo dado nenhum texto
de referência, apenas um tema, deve-se escrever, procurando responder as seguintes
indagações:
Ø O que sei sobre o assunto?
Ø Qual a melhor maneira de eu
apresentá-lo ao leitor?
Ø Qual a ordem dos argumentos
que esclarece melhor o que penso sobre o assunto?
Ø De que forma devo-me
posicionar, finalmente, sobre o assunto?
Importante
a) Os textos dissertativos se
alicerçam: na reflexão, análise, estabelecimento
de
relações, nas inferências, na demonstração de pontos de vista.
b) Nos textos dissertativos, o
escritor objetiva expor um assunto, ou convencer, persuadir alguém através de
seus argumentos.
c) O tema de uma redação
consiste na afirmação sobre determinado assunto, em que se percebe uma tomada de
posição. Pode ser formado por um período simples ou composto.
d) O título de uma redação é
uma referência ao assunto abordado. Em geral não contém verbos, nem deve ser um
provérbio; o título é uma expressão menor que o tema.
Síntese
a) Dissertação: que penso
sobre?
b)
Narração:
que acontece, ou aconteceu?
c)
Descrição:
que é, como é e como funciona tal coisa?
Nota: Textos injuntivos
a) Modalidade de texto com função de
orientar, ensinar, indicar ordem, recomendação, conselhos e disciplinar ações e
comportamentos.
b) Linguagem simples para transmitir a
mensagem do modo mais claro possível.
c) A instrução ao destinatário pode ser de
modo coercitivo, levando-o ao cumprimento de algumas condições preestabelecidas
(Editais de concursos, contratos, leis)
d) Predominância de verbos no modo
imperativo, ocasionalmente, no infinitivo e no futuro do presente do indicativo.
e) Exemplos de textos injuntivos: receitas culinárias, bulas de remédios, normas disciplinares, proposições didáticas, regimentos, convenções, regras de jogos, regulamentos diversos, editais, contratos e leis.
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segunda-feira, 11 de julho de 2016
Elementos da comunicação e Funções da linguagem
Relação entre Elementos da
comunicação e funções da linguagem
Contexto
Função referencial
Mensagem
Remetente / função poética / Destinatário
Emissor Receptor
Função emotiva <---> Função
conativa --->
Contato
Função fática
Código
Função metalinguística
....................................... ....................................
Legenda:
Elementos da comunicação
Funções da linguagem
Elementos da comunicação
Funções da linguagem
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sexta-feira, 8 de julho de 2016
Dicas de redação
Cuidados
importantes
- O candidato deve compreender a proposta, produzindo um texto, demonstrando fidelidade ao tema;
- O candidato deve utilizar os fundamentos gramaticais, demonstrando domínio da norma culta, empregando corretamente a concordância e a regência (verbal e nominal), a pontuação, a ortografia, acentuação gráfica, a flexão e emprego de palavras, a colocação pronominal e outros processos relacionados ao paralelismo sintático e semântico;
- O candidato deve saber selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa do ponto de vista anunciado no início da redação;
- O candidato deve construir a argumentação, demonstrando conhecimento dos mecanismos linguísticos para a elaboração de um texto consistente, segundo os princípios da coerência e da coesão textual;
- O candidato deve demonstrar capacidade de elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos, considerando a diversidade sociocultural, enfatizando, com clareza, o ponto de vista assumido diante do tema abordado.Estrutura do texto
1ª parte
Deve apresentar o tema através de uma ideia central. É a chamada sentença-tese. Esse é o momento de o autor apresentar o assunto, deixando claro o rumo de sua argumentação e o ponto de vista que sustentará em sua reflexão escrita. Nessa etapa, o autor pode levantar um (ou mais) problema (s) a ser (em) discutido (s), desenvolvido (s), (s) e finalizado.
2ª parte
É a exposição ou desenvolvimento de argumentos para explicitar, justificar, afirmar ou negar a ideia geral apresentada no início do texto. Cada argumento deve ser desenvolvido em um parágrafo, podendo o autor utilizar conhecimentos do cotidiano e leitura diversas (jornais, revistas, livros e sites da internet) para dar maior consistência a sua argumentação.
3ª parte
Geralmente é a conclusão, ou intervenção do autor na abordagem do (s) problema (s) levantado. Esse é o ponto em que a discussão se encaminha para o desfecho, com especial destaque para o ponto de vista assumido pelo autor, e para a coerência das idéias organizadas, desenvolvidas e conectadas. Às vezes, podem-se apontar responsabilidades ou resumir as principais ideias apresentadas. Nessa modalidade de texto, é importante que se busquem saídas, apontando alternativas para que a discussão do (s) tema (s) proposto para a redação seja concluída.
Redação
com texto (s) motivador (es)
- Ler atentamente o enunciado, antes de ler o (s) texto (s) motivador (es), identificando o sentido da expressão-chave, para compreender bem a proposta de redação;
- Ler o texto (ou textos) motivador (es), relacionando as ideias principais à proposta de redação;
- Relacionar as informações que possui sobre o tema e aproveitá-las no desenvolvimento da argumentação;
- Selecionar as informações que vão ser usadas na redação, ordenando-as da forma que lhe parecer mais conveniente e coerente;
- Redigir a introdução, formulando a tese em torno da qual serão desenvolvidos os argumentos para deixar clara a posição do autor em relação ao assunto proposto;
- Redigir o desenvolvimento por meio de argumentos que convençam o leitor sobre o ponto de vista do autor em relação ao assunto apresentado;
- Redigir a conclusão, apresentando soluções (ou perspectivas de soluções), retomando algum aspecto importante da discussão, ou acrescentando elementos que reforcem o ponto de vista do autor.Sintetizando
Ao produzir um texto dissertativo-argumentativo, o autor deve ficar atento às seguintes orientações:
- Escrever, inicialmente, expondo uma ideia geral sobre o assunto. Essa ideia geral (tese) é a base para o desenvolvimento dos argumentos, nos parágrafos seguintes.
- Observar quantos e quais argumentos podem ser desenvolvidos, a partir da ideia geral apresentada, na primeira parte do texto. Em seguida, desenvolver cada argumento em um parágrafo distinto.
- Fechar o texto, depois de desenvolver todos os argumentos apontados na primeira parte dele, retomando algum aspecto importante que deve ser enfatizado, no momento de concluí-lo, para exprimir com clareza a opinião do autor sobre o assunto.
- Escolher um título criativo para o texto, caso seja necessário. O título não deve ser muito longo, nem deve conter verbos, provérbios, sinais de pontuação ou aspas, nem deve ser sublinhado.
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terça-feira, 21 de junho de 2016
Nova ortografia
O
senado brasileiro aprovou em novembro de 2009, o acordo ortográfico, resultado
de uma articulação política entre os países de língua portuguesa. Esse acordo
alterou a escrita de 0,43% das palavras, no Brasil, e 1,42% das palavras, em
Portugal. Para os brasileiros, as mudanças se referem ao acréscimo das
consoantes “k, w e y” ao alfabeto português, à extinção do trema, à acentuação
gráfica e ao emprego do hífen.
Vejamos
o que prevalece:
Nº
|
Situação
|
Exemplos
|
1
|
Incorporação de k,
w e y ao alfabeto, passando a ter 26 letras.
|
Km, watt, Byron,
kg.
|
2
|
Extinção do trema,
ficando em nomes estrangeiros e derivados.
|
frequentemente,
aguentar, tranquilidade, quinquênio, pinguim.
Müller, mülleriano; Hübner, hübneriano. |
3
|
Sem acento, os
ditongos abertos “ei” e “oi” em palavras paroxítonas. Nas oxítonas, ele
continua.
|
ideia, assembleia, heroico, onomatopeia,
paranoia, jiboia.
herói, constrói, anéis, papéis réu e dói. |
4
|
Sem acento, agudo, o “i” e “u” tônicos,
precedidos de ditongo decrescente, nas paroxítonas. Nos ditongos
crescentes, continua.
|
feiume, feiura,
baiuca (lugar popular de festejos ou de encontro com amigos), bocaiuva
(espécie de palmeiras). Guaíba,
Guaíra.
|
5
|
Sem acento, o “u” tônico depois de “g” ou
“q” e seguido de “e” ou “i” das formas verbais rizotônicas.
|
averigue, apazigue, arguem, em vez de:
“averigúe”, apazigúe e argúem. |
6
|
Sem acento, a
primeira vogal dos hiatos “oo” e “ee”.
|
voo, enjoo,
abençoo, creem, leem, veem, deem.
|
7
|
Acento diferencial
em
|
“pôr” (verbo), por (prep.); “pôde”
(verbo), “pode” (tempo
presente).
É opcional em “fôrma” / “forma”. |
8
|
Sem hífen, as
palavras formadas por prefixos terminados em vogal mais palavra iniciada por
“r” ou “s”. Nesse caso, dobra-se a consoante.
|
autoescola,
antiaéreo, supersônico, aeroespacial, antessemita, antissocial,
antessala, antirrábica, ultrarromântico, autorregulamentação,
extrarregimento, autossuficiente.
|
9
|
Sem hífen, os compostos de base oracional e os
demais, que apresentam elementos de ligação. Exceções: água-de-colônia,
arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia.
|
Maria vai com as outras, leva e
traz, diz que diz, deus me livre, faz de conta; pé de
moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, ponto e
vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
|
10
|
Sem hífen, os prefixos “pre” e
“re”, mesmo elidindo com e.
|
preexistente, reescrever, reedição, reestabelecer.
|
11
|
Sem hífen, as palavras formadas
com não e quase.
|
(acordo de) não agressão;
(isto é um) quase delito. |
12
|
Com hífen, as palavras
em que o primeiro elemento termina com “r” e o segundo inicia também com “r”.
|
“hiper-realista”,
“hiper-requintado”, “hiper- requisitado”, “inter-racial”,
“inter-regional”, “inter-relação”, “super-racional’, ‘super- realista”.
|
13
|
Com hífen, as palavras que se iniciam com a
vogal final do prefixo, ou o primeiro elemento termina com vogal e o
segundo começa com “h”.
|
“micro-ônibus”, “micro-organismo”, “anti-inflamatório”,
“anti-imperialista”, “arqui-inimigo”, “micro-ondas”, “anti-herói”,
“anti-higiênico”, “extra-humano”, “semi-herbáceo”, pré-elaborar.
|
14
|
Com hífen, os prefixos “sub” e “sob” e com os prefixos
“pan” e “circum”, seguido de “m”, “n”, “h”, ou vogal
|
pan-americano,
pan-helenismo, circum-navegação, pan-hispânico, sub-região, sub-reitor, sob-roda.
|
15
|
Com hífen, os prefixos “pós”, “pré”, “pró”,
“recém”, “sem”, “além”, “aquém” e vice.
|
pós-graduado,
pró-reitor, vice-rei, pré-datado,
pré-escolar, além-mar, pós-doutor, pós-cirúrgico, ex-presidente, recém-casado,
sem-terra.
|
16
|
Com
hífen, as palavras compostas que nomeiam espécies animais, ou botânicas.
Fora do
sentido original, sem hífen.
|
bem-te-vi, peixe-espada, mico-leão-dourado,
lebre-da-patagônia, erva-doce, pimenta-do-reino, peroba-do-campo,
cravo-da-índia.
“bico
de papagaio” (doença), “olho de boi” (selo postal)
|
17
|
Com hífen, as palavras compostas que não apresentam
elementos de ligação.
|
guarda-chuva, arco-íris,
boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas,
porta-bandeira, pão-duro.
|
18
|
Com hífen, os nomes compostos que têm palavras
iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.
|
reco-reco, blá-blá-blá,
zum-zum, tico-tico, tique-taque, pingue-pongue, zigue-zague,
esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
|
19
|
Com hífen, as palavras com ab,
ob e ad, mais palavra começada por b, d ou r.
|
ad-digital, ad-renal,
ob-rogar, ab-rogar. |
20
|
Com hífen, as palavras com mal, mais
palavra iniciado por vogal, h ou l, usa-se hífen.
Mal, doença, sem hífen. |
mal-entendido, mal-estar,
mal-humorado, mal-limpo, mal-lavado. Mal de Lázaro, mal de sete dias. |
21
|
Com hífen, as palavras que ocasionalmente
se combinam, indicando itinerário.
|
ponte Rio-Niterói.
eixo Rio-São Paulo. estrada Belém-Brasília. |
22
|
Com hífen, os sufixos de origem
tupi-guarani, formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim.
|
capim-açu; amoré-guaçu
anajá-mirim; Guajará-mirim |
Como se vê, as mudanças na grafia de 0,43% das palavras no Brasil não simplificaram nem reduziram as regras ortográficas da língua portuguesa. Elas serviram para unificar a escrita do único idioma do ocidente que apresentava duas grafias oficiais, a do Brasil e a de Portugal. Desse modo, cerca de 250 milhões de falantes da língua portuguesa, espalhados pelas terras de Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste passaram a empregar as mesmas regras, o que facilita a circulação de documentos oficiais e de livros entre esses países, sem a necessidade de um trabalho de tradução.
Ademais, com essas alterações, a língua portuguesa se fortalece, pois, como está escrito no texto oficial do acordo, "ele constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional". Portanto mesmo não trazendo uma simplificação ortográfica, como nação e comunidade linguística, o Brasil tem muito a ganhar com essas mudanças.
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