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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Redação Enem

Para quem ainda tem dúvidas sobre a prova de redação do Enem, é importante conhecer algumas propostas de edições anteriores, ler os textos motivadores, para perceber de que forma eles auxiliam o (a) candidato (a) no desenvolvimento do tema.
Na hora da prova, não se deve dedicar muito tempo à leitura e releitura dos textos, pois eles são apenas motivadores, valendo mesmo o texto elaborado pelo (a) candidato (a).
O essencial, portanto, é compreender a proposta de redação. Muitas vezes o (a) candidato (a) fica preocupado (a) com a leitura e releitura dos textos motivadores e acaba escrevendo, sem entender bem a proposta, o que pode levá-lo (a) a se desviar do tema.
Depois de compreender a proposta, o (a) candidato (a), deve escrever um parágrafo com a ideia geral sobre o tema, deixando evidente seu ponto de vista e a linha de sua argumentação.
Em seguida, ele (a) deve identificar as ideias, que serão apreciadas, selecionar e organizar as informações, desenvolvendo os argumentos, um em cada parágrafo. Os fatos, as informações, os exemplos e detalhes a serem apresentados, explicitados e justificados devem aparecer nessa etapa da argumentação.
Por último, o candidato deve retomar o eixo principal da discussão, fechando o texto com uma proposta de solução para o problema abordado. É importante que a capacidade de intervenção do autor em se posicionar diante do assunto, respeitando os direitos humanos e a diversidade sociocultural brasileira fique clara nesse momento.
Elaborado esse pré-texto, num tempo estimado de 30 a 35 minutos, o candidato pode revisá-lo e passá-lo a limpo. Recomendamos que isso seja feito no início da realização da prova, pois se o aluno deixar para o final, o cansaço pode influir negativamente na qualidade da redação.
Tendo esses cuidados e tranquilidade para redigir o texto, as chances de sucesso são evidentes. A calma, a concentração e a confiança, a exemplo do estudo, da dedicação e da força de vontade, são determinantes no resultado da escrita.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Enem, a bola da vez

O Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, desde sua implantação em 1988, vem-se aperfeiçoando como uma alternativa importante na formação dos jovens e adultos brasileiros. Inicialmente, sua função era avaliar a qualidade do Ensino Médio no Brasil, mas ele, devido a sua grandeza, abriu outras possibilidades, diretamente proporcionais à sua importância. Ele, indiretamente, ainda avalia o Ensino Médio, mas seu alcance vai muito além dessa finalidade.
As mudanças foram acontecendo e o Enem ampliou seus objetivos. Ele é utilizado para certificação dos candidatos acima de 18 anos, com Ensino Fundamental completo, que não tiveram a oportunidade de concluir regularmente a Educação Básica. Basta, para isso, o candidato assinalar essa opção no momento de sua inscrição e alcançar o mínimo de 450 pontos em cada uma das provas e 500 pontos na redação.
As novidades continuaram e o Exame se transformou na principal porta de acesso ao ensino superior do país. Começou timidamente, com a adesão de algumas universidades, mas com o tempo foi melhorando, ganhando credibilidade e hoje já substitui os concursos vestibulares das principais universidades brasileiras. E muitas que o adotavam parcialmente já o utilizam como única forma de seleção dos candidatos.
Com a nota do Enem, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificado – SISU, disputando uma vaga nas escolas públicas de ensino superior do país que o utilizam como fase única de seu processo seletivo. Através do Programa Universidade para Todos – ProUni, os estudantes de baixa renda podem conseguir bolsa total ou parcial em faculdades ou universidades particulares. Para isso, o candidato deve tirar o mínimo de 450 pontos em cada uma das provas e pontuar também na redação, pois se tirar zero nesta, automaticamente será eliminado.
Além desses dois programas, há ainda o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), para os estudantes regulamente matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos e com avaliação positiva nos processos do MEC. Esse financiamento pode também complementar a bolsa de 50% do ProUni para ajudar os alunos de baixa renda que não conseguirem bolsa integral. Durante o período de estudo, acrescido de um ano e meio de carência, após a formatura, o estudante, de três em três meses, paga R$50,00 de juros do financiamento. A taxa de juro do FIES é de 3,4 % ao ano e o estudante somente começa a pagar as parcelas, depois dos 18 meses de carência, podendo amortizar a dívida em um período com duração três vezes superior ao do financiamento.
Além desses programas nacionais, tem ainda o Ciência sem Fronteiras – CsF, que oferece até 2015 cerca de 101 mil bolsas de estudos para alunos de graduação, pós-graduação e pós-doutorado das  universidades brasileiras. Esse programa se destina à formação de estudantes brasileiros com experiência internacional, no desenvolvimento de pesquisas, estudos e treinamentos em instituições de excelência no exterior.
O Enem começou com uma abrangência nacional e alcançou uma dimensão universal. E todas essas mudanças estão provocando nas escolas de Ensino Fundamental e Médio uma reflexão sobre os currículos, a metodologia, a didática, a postura pedagógica e educacional. Dessa forma, a avaliação da qualidade do Ensino Médio se dá naturalmente, pois o êxito do candidato em qualquer uma das possibilidades oferecidas pelo Enem se relaciona diretamente com a qualidade do ensino ministrado na Educação Básica. O Enem, portanto, é a bola da vez.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Temas de redação cobrados no Enem

Relação de temas já cobrados no Enem

2012 - Movimento imigratórios para o Brasil no século XXI.
2011 - Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado.
2010 - O trabalho na construção da dignidade humana.
2009 - O indivíduo frente à ética nacional.
2008 - Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivos financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a    fiscalização e aplicar multas a quem desmatar.
2007 - O desafio de se conviver com as diferenças.
2006 - O poder de transformação da leitura.
2005 - O trabalho infantil na sociedade brasileira.
2004 - Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação.
2003 - A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo.
2002 - O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?
2001 - Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
2000 - Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional.
1999 - Cidadania e participação social.
1998 - Viver e aprender.


Para quem ainda tem dúvidas sobre a prova de redação do Enem, é importante conhecer algumas propostas de edições anteriores, ler os textos motivadores, para perceber de que forma eles auxiliam o (a) candidato (a) no desenvolvimento do tema.
Na hora da prova, não se deve dedicar muito tempo à leitura e releitura dos textos, pois eles são apenas motivadores, valendo mesmo o texto elaborado pelo (a) candidato (a).
O essencial, portanto, é compreender a proposta de redação. Muitas vezes o (a) candidato (a) fica preocupado (a) com a leitura e releitura dos textos motivadores e acaba escrevendo, sem entender bem a proposta, o que pode levá-lo a se desviar do tema.

sábado, 12 de outubro de 2013

Correção das redações do Enem

             As redações do Enem receberão uma nota de 0 a 200 pontos em cada uma das cinco competências seguintes:
1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa;
2) Compreensão da proposta de redação;
3) Seleção e organização das informações;
4) Capacidade de argumentação, demonstrando conhecimento da língua;
5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades socioculturais.

               Veja a escala de pontuação considerada na avaliação do Enem. O código CP mais os números de 1 a 5 da coluna à direita correspondem a cada uma das competências acima.


200 Pontos



COMPE-

TÊNCIAS
CP1)    Excelente domínio da modalidade escrita formal e de escolha de registro, sem desvios ou com desvios considerados excepcionais.
CP2)    Argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, revelando excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
CP3)    Informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, apresentados de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.
CP4)    Boa articulação das partes do texto, apresentando repertório diversificado de recursos coesivos.
CP5)    Proposta de intervenção muito bem elaborada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

160 Pontos


COMPE-

TÊNCIAS
CP1)    Bom domínio da modalidade escrita formal e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais.
CP2)    Argumentação consistente, revelando bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
CP3)    Informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
CP4)    Poucas inadequações na articulação das partes do texto, apresentando repertório diversificado de recursos coesivos.
CP5)    Proposta de intervenção bem elaborada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

120 Pontos



COMPE-

TÊNCIAS
CP1)    Domínio mediano da modalidade de escrita formal e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais.
CP2)    Argumentação previsível, domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
CP3)    Informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.
CP4)    Articulação das partes do texto de forma mediana, com inadequações, apresentando repertório pouco diversificado de recursos coesivos.
CP5)    Elaboração de proposta de intervenção, de forma mediana, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

80 Pontos



COMPE-

TÊNCIAS
CP1)    Domínio insuficiente da modalidade escrita formal e de escolha de registro com muitos desvios gramaticais.
CP2)    Domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, sem obediência à estruturação correta, além de recorrer à cópia de partes dos textos motivadores.
CP3)    Informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.
CP4)    Articulação das partes do texto  de forma insuficiente, com muitas inadequações, apresentando repertório limitado de recursos coesivos.
CP5)    Elaboração de proposta de intervenção de forma insuficiente, ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto.

40 Pontos


COMPE-

TÊNCIAS
CP1)    Domínio precário da modalidade escrita formal, de forma sistemática, com diversificados e frequentes desvios gramaticais.
CP2)    Domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de outros tipos textuais.
CP3)    Informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista.
CP4)    Articulação precária das partes do texto.
CP5)    Proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada apenas ao assunto.

Zero

COMPE-

TÊNCIAS
CP1)    Desconhecimento da modalidade formal da língua portuguesa.
CP2)    Fuga ao tema, não atendendo à estrutura dissertativo-argumentativa.
CP3)    Informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema e sem defesa de um ponto de vista.
CP4)    Ausência de marcas de articulação, resultando em fragmentação das ideias.
CP5)    Sem proposta de intervenção, ou com proposta não relacionada ao tema ou assunto.

O Edital do Enem prevê seis situações em que a redação do participante será zerada ou anulada. São elas:

1) Fuga total ao tema;
2) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa;
3) Texto com até 7 linhas;
4) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto deliberadamente desconectadas do tema proposto;
5) Desrespeito aos direitos humanos;
6) Redação em branco, mesmo com texto em rascunho.


Observações:
  1. Cópia de textos motivadores: não será contada como linha. Somente vale o que for produzido pelo aluno.
  2. Letra legível: letra ilegível não será pontuada.
  3. Título: não é obrigatório e será contada como linha escrita.
  4. Ortografia: até 31/12/2015 valerão as duas regras ortográficas. 
Recomendações para uma boa redação

a)    Ler com atenção o tema proposto e observar a tipologia textual exigida (texto dissertativo-argumentativo);
b)    Ler os textos motivadores, procurando apreender a essência das informações ou discussões neles apresentadas;
c)    Identificar e anotar resumidamente as ideias principais dos textos motivadores, para retomá-las, se necessário, sem perda de tempo com a releitura;
d) Ler atentamente as instruções apresentadas na proposta de redação;
e)    Refletir sobre o tema e escrever:
  •   o primeiro parágrafo, apresentando a tese;
  •   o segundo, desenvolvendo um argumento;
  •   o terceiro, desenvolvendo outro argumento; e
  •   o quarto parágrafo, fechando a discussão, com a proposta de solução, sem ferir os direitos de cidadania.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Critérios de correção das redações do Enem

Os critérios de correção da redação do Enem passam pela avaliação da competência do candidato em relação ao domínio da norma padrão da língua portuguesa, compreensão da proposta de redação, seleção e organização de informações, capacidade de argumentação demonstrando conhecimento da língua, capacidade de elaborar proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos e a diversidade sociocultural do país.
Em princípio, os textos serão corrigidos por dois avaliadores, de forma independente, que atribuirão uma nota de 0 a 200 pontos para cada uma das cinco competências. Assim, a nota final será a média das duas avaliações. Se a diferença das duas notas for superior a 80 pontos, em qualquer uma das competências, outro avaliador será solicitado, e a média será feita pelas duas notas mais próximas. A terceira avaliação será feita ainda, quando a diferença da nota final for superior a 100 pontos. Se, com a terceira avaliação, houver ainda tal discrepância, em qualquer das duas situações, uma banca, com três corretores, coordenada por um professor, doutor em língua portuguesa, será constituída para a correção. Essa banca será acionada também para avaliar as redações que obtiverem nota máxima.
Uma forma de evitar tamanho distanciamento entre as notas dos avaliadores pode estar ligada à boa estruturação e organização do texto. Nesse sentido, o planejamento é essencial, para que ele revele clareza, coesão e coerência, o que evitará notas tão discrepantes. Com esses cuidados e com as mudanças acima, será possível evitar as distorções verificadas nas notas dos exames anteriores, o que dará cada vez mais maior credibilidade ao Enem.

sábado, 5 de outubro de 2013

Enem, Enem 2013

Temas para redação

Os debates sobre temas da atualidade ocorridos nos últimos anos e as intensas manifestações de junho e julho de 2013, por ocasião da Copa das Confederações e da Jornada Mundial da Juventude, no Brasil, podem motivar propostas de redação relacionadas às possibilidades do protagonismo juvenil na construção de um futuro melhor para todos.
A mobilização da sociedade se deu por meio das redes sociais, reivindicando a redução nas tarifas de transporte, uma vez que o governo federal havia desonerado o setor com a isenção dos impostos do Confins e do PIS,  o que poderia representar uma economia de 7%. Estranhamente, mesmo com tais medidas, os preços das passagens continuaram subindo.
Esse fato nos permite pensar em propostas de redação que deem oportunidades aos estudantes de discutir a mobilidade urbana, a qualidade dos serviços de transporte, a importância da participação da sociedade civil organizada e a busca de uma mentalidade empresarial que priorize a prestação de bons serviços por um preço justo.
O sentimento de revolta dos que pagam altas taxas de impostos, que cumprem todos os seus deveres e ficam desamparados, vivendo um clima de total insegurança é outro fator importante dessa conjuntura. Isso nos traz à luz assuntos como a impunidade, a violência, a insegurança, a falta de compromisso das autoridades e a necessidade de reformulação de nossas leis, já que, como estão, o cidadão de bem é penalizado por agir corretamente, permanecendo preso em suas casas, enquanto aqueles, com desvios de conduta voluntária, se beneficiam da fragilidade de nossa legislação.
Durante as manifestações do início de 2013, houve ações de grupos criminosos que aproveitaram a ocasião para a prática de vandalismo, agressões e de outros atos de violência. Essa conduta colocou em risco a vida de muitos, comprometendo o direito de livre manifestação. Logo, os fatores que levam os indivíduos a tal comportamento podem aparecer relacionados às políticas de governo e ao trabalho das organizações não governamentais e instituições religiosas que atuam neste sentido.
O alto investimento na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014 foi muito questionado pela população, já que setores como saúde, educação e segurança pública não recebem o mesmo tratamento. Logo uma reflexão sobre a força da participação social na definição das políticas públicas pode aparecer. E como as redes sociais, nos últimos anos, foram importantes ferramentas de mobilização, é possível que a proposta ressalte também este aspecto.
Os estudantes devem, pois, ficar atentos aos debates sobre mobilidade urbana, infraestrutura, educação, saúde, pedofilia, menores infratores, redução da maioridade penal, segurança pública, mensalões, foro privilegiado, comissão da verdade, meio ambiente, sustentabilidade, importância do Enem, regulamentação do trabalho doméstico, homofobia, mundial de 2014 e a necessidade das reformas política, tributária, eleitoral e previdenciária, que nunca saem do papel. Logo, é fundamental que todos se preparem para discorrer sobre os temas recorrentes na mídia, pois se vier uma surpresa, como ocorreu no Enem 2012, o conhecimento sobre atualidades possibilitará um desempenho satisfatório na abordagem de qualquer assunto. Sabendo disso, basta ter calma na hora de transformar o conhecimento em um texto dissertativo-argumentativo. Por isso, muito estudo e boa sorte a todos!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Temas da atualidade para o Enem e vestibulares

Primavera Árabe

Primavera Árabe é o nome dado às manifestações de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte da África contra os ditadores que se mantiveram no poder durante décadas. Trata-se de um movimento que se iniciou na Tunísia, em dezembro de 2010, culminando com a queda, naquele país, do ditador Zine El Abidini Ben Ali, em janeiro de 2011, após 23 anos no poder.
A causa dos protestos, na Tunísia, também chamados de Revolução de Jasmin foi a morte do jovem Mohamed Bouazizi, um vendedor de frutas, que teve seus produtos confiscados pela polícia, por se recusar a pagar propina aos policiais. Revoltado, ele ateou fogo em seu próprio corpo, fomentando, com esse ato, a revolta popular pelo fim da ditadura na Tunísia, movimento que teve consequências importantes em outros países.
Sob a influência das revoltas na Tunísia, vieram a Guerra Civil Líbia, a Revolução do Egito, os protestos na Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã, com o objetivo de por fim aos regimes ditatoriais e de buscar melhores condições de vida para todos.
Na Líbia, após intensos combates, numa das revoluções mais sangrentas da Primavera Árabe, o general Muammar Kadhafi, acabou morto pelos rebeldes em 20 de outubro de 2011, pondo fim aos 42 anos de ditadura libanesa.
No Egito, a Revolução também conhecida por Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo, foi de 25 de janeiro a 11 de fevereiro de 2011. O ditador Hosni Mubarak, depois de 30 anos no poder, anunciou que não se candidataria ao cargo, sendo eleito Mohammed Morsi, em junho de 2011, presidente do Egito.
Buscando derrubar o presidente da Argélia, Abdlaziz Bouteflika, no poder há 12 anos, os protestos se espalharam pelo país. Diante das intensas manifestações, o ditador Bouteflika organizou novas eleições no país, mas acabou vencendo o pleito, que teve um elevado número de abstenções. Lá ainda há protestos, atentados terroristas, o que revela a insatisfação da população com o governo.
Outro país marcado por protestos, guerra e mortes é a Síria. Foi grande a luta do povo pela deposição do ditador Bashar al-Assad, há 13 anos no comando do país, sendo 46 anos de governo em poder de sua família. O resultado desses combates já contabiliza cerca de 100 mil mortes, desde que o governo decidiu reprimir os manifestantes, de forma vil e truculenta.
A comunidade internacional, pressionada pela ONU, tem interesse na deposição do ditador sírio, mas a Rússia, que tem o poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e interesses na manutenção do poder de Assad, tem dificultado essa ação. Enquanto isso, os indícios de que o governo sírio utiliza armas químicas e biológicas para combater a revolução no país continuam.
Em Bahrein, a queda do rei Hamad bin Isa al-Khalifa, no poder há 8 anos, é o objetivo dos protestos, iniciados em 2011, influenciados pelos efeitos da Revolução de Jasmin, na Tunísia. Devido à truculência do governo e à violência de suas milícias contra os manifestantes, centenas de mortos são registrados na história do movimento.
A Primavera Árabe em Marrocos foi um pouco diferente. Neste país, os manifestantes reivindicavam melhores condições de vida para a população marroquina e menos poderes para o Rei Mohammed VI, no poder há 14 anos, sucessor numa dinastia que manda no país desde de 1966. Como o objetivo principal não era tirá-lo do poder, o rei marroquino, mediante os protestos, atendeu partes das reivindicações, inclusive permitindo a eleição para o cargo de Primeiro-Ministro. Apesar disso, o grande poder do Rei ainda existe, o que gera uma onda de insatisfação no país.
Os protestos foram importantes também para a população do Iêmen, pois através deles, findou-se a ditadura de Ali Abdullah Saleh, que durou 33 anos. O anúncio do fim do regime se deu em novembro de 2011, por meio de de eleições diretas. Mesmo com a proposta de transição pacífica, o governo reprimiu os manifestantes, acirrando os conflitos. A organização terrorista Al-Qaeda, aproveitando a situação, fez alguns acordos com os rebeldes iemenitas em alguns momentos da revolução.
Um dos últimos países a ser influenciado pela Primavera Árabe foi a Jordânia. Os protestos começaram em meados de 2012, contra o governo do Rei Abdullah II, que anunciou no início de 2013 a realização de novas eleições. Mas a Irmandade Muçulmana, partido mais popular do país, boicotou o processo eleitoral devido às denúncias de fraudes e compra de votos pelos partidários do Rei.
Omã, a exemplo de Marrocos, não exigia o fim da ditadura do sultão Qaboosbin Said e sim melhores condições de vida, reforma política e aumento de salários. Temendo os efeitos da Primavera Árabe, o monarca optou pela realização das primeiras eleições municipais em 2012. Mesmo com a tentativa do sultão de controlar a revolta da população, por meio de benesses e favores, vários protestos e greves gerais aconteceram em 2011.
Como se vê, o movimento iniciado na Tunísia, em 2010, influenciou os manifestantes de outras nações, que combatiam as ditaduras, o desemprego, a corrupção, a falta de moradia, a violência policial e as péssimas condições de vida da população. Com a onda de protestos, houve a queda de alguns tiranos, outros se enfraqueceram, abrindo perspectivas de democratização nos países atingidos pela Primavera Árabe. Esperamos que o cunho religioso dos protestos não prevaleça sobre os direitos sociais, políticos, sobre a liberdade de expressão e de culto, a fim de que os avanços continuem trazendo esperanças de dias melhores para todos.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Temas de redação - Enem

Os debates sobre temas da atualidade ocorridos nos últimos anos e as intensas manifestações de junho e julho de 2013, por ocasião da Copa das Confederações e da Jornada Mundial da Juventude, no Brasil, podem motivar propostas de redação relacionadas às possibilidades do protagonismo juvenil na construção de um futuro melhor para todos.
A mobilização da sociedade se deu por meio das redes sociais, reivindicando a redução nas tarifas de transporte, uma vez que o governo federal havia desonerado o setor com a isenção dos impostos do Confins e do PIS,  o que poderia representar uma economia de 7%. Estranhamente, mesmo com tais medidas, os preços das passagens continuaram subindo.
Esse fato nos permite pensar em propostas de redação que deem oportunidades aos estudantes de discutir a mobilidade urbana, a qualidade dos serviços de transporte, a importância da participação da sociedade civil organizada e a busca de uma mentalidade empresarial que priorize a prestação de bons serviços por um preço justo.
O sentimento de revolta dos que pagam altas taxas de impostos, que cumprem todos os seus deveres e ficam desamparados, vivendo um clima de total insegurança é outro fator importante dessa conjuntura. Isso nos traz à luz assuntos como a impunidade, a violência, a insegurança, a falta de compromisso das autoridades e a necessidade de reformulação de nossas leis, já que, como estão, o cidadão de bem é penalizado por agir corretamente, permanecendo preso em suas casas, enquanto aqueles, com desvios de conduta voluntária, se beneficiam da fragilidade de nossa legislação.
Durante as manifestações do início de 2013, houve ações de grupos criminosos que aproveitaram a ocasião para a prática de vandalismo, agressões e de outros atos de violência. Essa conduta colocou em risco a vida de muitos, comprometendo o direito de livre manifestação. Logo, os fatores que levam os indivíduos a tal comportamento podem aparecer relacionados às políticas de governo e ao trabalho das organizações não governamentais e instituições religiosas que atuam neste sentido.
O alto investimento na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014 foi muito questionado pela população, já que setores como saúde, educação e segurança pública não recebem o mesmo tratamento. Logo uma reflexão sobre a força da participação social na definição das políticas públicas pode aparecer. E como as redes sociais, nos últimos anos, foram importantes ferramentas de mobilização, é possível que a proposta ressalte também este aspecto.
Os estudantes devem, pois, ficar atentos aos debates sobre mobilidade urbana, infraestrutura, educação, saúde, pedofilia, menores infratores, redução da maioridade penal, segurança pública, mensalões, foro privilegiado, comissão da verdade, meio ambiente, sustentabilidade, importância do Enem, regulamentação do trabalho doméstico  e a necessidade das reformas política, tributária, eleitoral e previdenciária, que nunca saem do papel. Logo, é fundamental que todos se preparem para discorrer sobre os temas recorrentes na mídia, pois se vier uma surpresa, como ocorreu no Enem 2012, o conhecimento sobre atualidades possibilitará um desempenho satisfatório na abordagem de qualquer assunto. Sabendo disso, basta ter calma na hora de transformar o conhecimento em um texto dissertativo-argumentativo. Por isso, muito estudo e boa sorte a todos!


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Redação Enem 2013

O Enem 2013 será realizado nos dias 26 e 27 de outubro, com uma expectativa de que seis milhões de candidatos se inscrevam para o exame. As inscrições começaram às 9h30 do dia 13/05 e vão até o dia 27/05, segunda-feira. Em função de alguns episódios verificados no resultado das avaliações do Enem 2012, algumas mudanças se fizeram necessárias para dar maior rigor às correções. A principal delas diz respeito à prova de redação que tem um valor de mil pontos dos cinco mil de todo o exame.
Em relação às competências avaliadas, nada mudou. Assim, muita atenção será dada à habilidade no domínio da norma padrão da língua portuguesa, à compreensão da proposta de redação, à seleção e organização de informações, à capacidade de argumentação e de elaboração de proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos e a diversidade sociocultural brasileira.
Como em 2012, os textos serão corrigidos por dois avaliadores, de forma independente, que atribuirão uma nota de 0 a 200 pontos para cada uma das cinco competências, sendo a nota final a média das duas avaliações. Se a diferença da nota em cada competência for superior a 80 pontos, ela passa por um terceiro avaliador. Em 2012, o terceiro avaliador era solicitado também, se a nota final dos dois anteriores apresentasse uma discrepância superior a 200 pontos. Em 2013, essa diferença caiu de 200 para 100 pontos, o que significa maior rigor na observância dos critérios por parte dos avaliadores. Após a terceira correção, persistindo a discrepância superior a 100 pontos, ou 80 em uma das competências, a redação será examinada por uma banca certificadora composta por três avaliadores para a definição da nota final.
Um item muito questionado nas redações do Enem 2012 foi o uso de trechos de gêneros textuais como receitas culinárias, hinos de times de futebol, num tom de deboche que nada tinha que ver com a proposta da redação. De acordo com o Edital do Enem 2013, o candidato que tiver esse comportamento no ato da produção textual, terá nota zero na redação. Outro destaque deve ser dado à ortografia, à acentuação, à pontuação, à coerência e coesão textual, além da sintaxe de concordância e de regência verbal e nominal. Nenhum texto deverá receber nota máxima, se apresentar falhas em alguns desses aspectos, salvo os casos em que os avaliadores julgarem como exceção erros específicos de um estudante que tenha produzido uma excelente redação.
Essa atitude do Ministério da Educação (ME) e do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é oportuna para que o Enem se consolide como um exame nacional com a credibilidade do tamanho de sua grandeza e importância. Pegou mal o fato de redações com erros, até certo ponto grosseiros, tirarem notas excelentes, ao passo que textos, supostamente de melhor qualidade, obtiveram apenas uma nota mediana.
Fatos assim são comprometedores, depõem contra a seriedade do exame e, especialmente, contra a língua portuguesa, que deve ser a base para o sucesso em toda a trajetória formativa do aluno. O candidato que lê bem, que interpreta com desenvoltura, articula o pensamento com habilidade e escreve corretamente atesta sua aptidão e competência para o progresso e o sucesso na vida pessoal e profissional.
Por essas razões tais mudanças são oportunas, já que produzem efeitos positivos, resgatando a credibilidade do exame, procurando atribuir um resultado justo aos concorrentes, fazendo com que a sociedade brasileira abrace de fato o Enem como a grande oportunidade para a certificação das pessoas que precisam e que apresentam condições para concluírem o Ensino Médio, e, em especial, para o acesso democrático às instituições de ensino superior do país.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Enem 2013



O Enem 2013 será realizado nos dias 26 e 27 de outubro, com uma expectativa de que seis milhões de candidatos se inscrevam para o exame. As inscrições começaram às 9h30 do dia 13/05 e vão até o dia 27/05, segunda-feira. Em função de alguns episódios verificados no resultado das avaliações do Enem 2012, algumas mudanças se fizeram necessárias para dar maior rigor às correções. A principal delas diz respeito à prova de redação que tem um valor de mil pontos dos cinco mil de todo o exame.
Em relação às competências avaliadas, nada mudou. Assim, muita atenção será dada à habilidade no domínio da norma padrão da língua portuguesa, à compreensão da proposta de redação, à seleção e organização de informações, à capacidade de argumentação e de elaboração de proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos e a diversidade sociocultural brasileira.
Como em 2012, os textos serão corrigidos por dois avaliadores, de forma independente, que atribuirão uma nota de 0 a 200 pontos para cada uma das cinco competências, sendo a nota final a média das duas avaliações. Se a diferença da nota em cada competência for superior a 80 pontos, ela passa por um terceiro avaliador. Em 2012, o terceiro avaliador era solicitado também, se a nota final dos dois anteriores apresentasse uma discrepância superior a 200 pontos. Em 2013, essa diferença caiu de 200 para 100 pontos, o que significa maior rigor na observância dos critérios por parte dos avaliadores. Após a terceira correção, persistindo a discrepância superior a 100 pontos, ou 80 em uma das competências, a redação será examinada por uma banca certificadora composta por três avaliadores para a definição da nota final.
Um item muito questionado nas redações do Enem 2012 foi o uso de trechos de gêneros textuais como receitas culinárias, hinos de times de futebol, num tom de deboche que nada tinha que ver com a proposta da redação. De acordo com o Edital do Enem 2013, o candidato que tiver esse comportamento no ato da produção textual, terá nota zero na redação. Outro destaque deve ser dado à ortografia, à acentuação, à pontuação, à coerência e coesão textual, além da sintaxe de concordância e de regência verbal e nominal. Nenhum texto deverá receber nota máxima, se apresentar falhas em alguns desses aspectos, salvo os casos em que os avaliadores julgarem como exceção erros específicos de um estudante que tenha produzido uma excelente redação.
Essa atitude do Ministério da Educação (ME) e do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é oportuna para que o Enem se consolide como um exame nacional com a credibilidade do tamanho de sua grandeza e importância. Pegou mal o fato de redações com erros, até certo ponto grosseiros, tirarem notas excelentes, ao passo que textos, supostamente de melhor qualidade, obtiveram apenas uma nota mediana.
Fatos assim são comprometedores, depõem contra a seriedade do exame e, especialmente, contra a língua portuguesa, que deve ser a base para o sucesso em toda a trajetória formativa do aluno. O candidato que lê bem, que interpreta com desenvoltura, articula o pensamento com habilidade e escreve corretamente atesta sua aptidão e competência para o progresso e o sucesso na vida pessoal e profissional.
Por essas razões tais mudanças são oportunas, já que produzem efeitos positivos, resgatando a credibilidade do exame, procurando atribuir um resultado justo aos concorrentes, fazendo com que a sociedade brasileira abrace de fato o Enem como a grande oportunidade para a certificação das pessoas que precisam e que apresentam condições para concluírem o Ensino Médio, e, em especial, para o acesso democrático às instituições de ensino superior do país.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Enem e a escola pública

No dia 22/11/2012, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira (INEP) divulgaram o desempenho dos alunos e das escolas, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em 2011. Somente dez escolas públicas apareceram entre as cem melhores do país; destas, oito são federais e duas estaduais. Entre as vinte melhores, apenas o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Essa constatação nos mostra que a sociedade precisa reagir de forma organizada em defesa da escola pública para que os filhos dos trabalhadores e das famílias de baixa renda tenham condições de competir com os alunos das escolas privadas. Nesse sentido, o princípio da mudança seria repensar o modelo de escola dos estados e municípios brasileiros, que revela padrões de qualidade distantes daqueles tão reclamados pelos educadores, pela sociedade, pelos alunos e seus familiares.

Nenhuma das dez escolas públicas que figuram entre as cem melhores do Enem 2011 se enquadra no modelo comum das escolas estaduais e municipais, cuja forma de organização, sistema de ensino e regime de tempo pedagógico não propiciam ao educador oportunidades de realizar um trabalho como deveria. Das dez escolas, oito são federais, incluindo dois colégios militares, e as duas estaduais são a Escola Técnica  Estadual (ETE - SP)  e o Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerg). 

Não quero aqui, como se diz popularmente, "chover no molhado", mas diante de tal constatação, preciso fazer algumas considerações. Na escola pública comum, o professor é desvalorizado, desrespeitado e escravizado, na medida em que se vê obrigado a assumir pelo menos 45 horas por semana, em sala de aula, para conseguir sobreviver da sua força de trabalho. Além dessa jornada excessiva, ele ainda precisa substituir seu tempo de descanso e de lazer pelas atividades de preparação de aulas, elaboração e correção de trabalhos e provas, estudos e outro afazeres do ofício, sem nenhuma recompensa financeira por essas atividades extraclasse.

Nas escolas ligadas às universidades públicas, como é o caso do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), na oitava posição entre as melhores de 2010 e agora de 2011, os educadores trabalham em regime de dedicação exclusiva, tendo um tempo considerável dentro da carga horária para estudos, planejamento, correção de trabalhos e provas, o que faz uma grande diferença em termos de qualidade. De igual modo, os institutos federais e estaduais de educação, os colégios militares e as escolas técnicas, também diferem da escola pública comum, pelo seu regime de trabalho, plano de carreira, infraestrutura, laboratórios e remuneração salarial.
Ao colocamos na balança esses elementos, entendemos as razões do  fracasso das escolas públicas estaduais e municipais, quando comparadas com outras redes de ensino.  Fica difícil, mudar esse quadro diante de tanta precariedade dos estabelecimentos, onde faltam laboratórios adequados, bibliotecas atualizadas, salas de aula equipadas, segurança, recursos materiais e humanos, políticas de incentivo às práticas desportivas, artísticas, culturais e acadêmicas. Essas deficiências, somadas a outras relacionadas ao sistema, organização e funcionamento do ensino, à desvalorização do processo educativo e dos educadores, sem dúvida, refletem na qualidade da educação, pois trazem, como consequência, a desmotivação e o desinteresse, tornando o ofício de instruir e de aprender um desafio quase insuperável. 
Todavia o que mais me incomoda é perceber que o baixo desempenho dos alunos das escolas públicas estaduais e municipais em 2010 e 2011 será igual em 2012 e quiçá em 2013, já que não há uma movimentação significativa de nossas autoridades, buscando melhorias nas condições de trabalho dos educadores da rede pública de ensino. Aliás, estes sempre foram tratados, ao longo da história, com indiferença pelas autoridades, como se uma boa educação não fosse importante ao bom funcionamento da sociedade e ao desenvolvimento do país.
Portanto, se as escolas estaduais e municipais quiserem atingir um padrão de qualidade à altura do que merecemos, precisam repensar essas questões e agir rapidamente em busca de soluções. Nesse particular, o apoio de nossas autoridades é fundamental, garantindo investimentos para uma remuneração justa dos educadores, melhoria de infraestrutura das escolas,  reestruturação do ensino, redimensionamento dos tempos pedagógicos e execução dos projetos inovadores da comunidade escolar. Sem isso, vamos continuar "batendo no molhado", tentando o tempo todo "tirar leite das pedras".