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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Modalidades ou tipos textuais

Texto narrativo

Essa modalidade consiste em relatar fatos reais ou fictícios, ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. É um texto dinâmico em que sobressaem os verbos de ação, considerando a relação de anterioridade e posterioridade. Ou seja, primeiro vem o acontecimento, depois a narrativa. Como exemplo podemos citar: conto, fábula, crônica, romance, novela, piadas, depoimento e relato.

Texto descritivo

Essa modalidade consiste em retratar por meio de palavras um lugar, uma pessoa, um animal, um objeto, um processo, sensações e sentimentos. É um texto estático no qual ganha destaque a utilização de substantivos, adjetivos e verbos de ligação, já que sua função é evidenciar as características do ser ou do objeto descrito.  Diferente da narração, nessa espécie de texto, as coisas acontecem ao mesmo tempo, não havendo relação de anterioridade e posterioridade.

Texto dissertativo expositivo

Essa modalidade consiste em explanar um assunto sob uma visão constituída e legitimada no universo a que pertence. É um texto que pressupõe reflexão sobre determinado tema, explicação, interpretação, avaliação e análise de dados da realidade, revelando uma postura crítica do autor em relação ao que é discutido. É um texto temático, que utiliza verbos no tempo presente e se constitui de três partes: introdução, a parte em que o assunto a ser discutido é apresentado; o desenvolvimento, etapa dos argumentos, análises e demonstrações; e a conclusão, momento em que o autor fecha o texto com um posicionamento coerente com a discussão realizada.
Nesse tipo de texto, redigido prioritariamente na terceira pessoa ou na primeira do plural, discutem-se  ideias, valores, crenças e conceitos de modo claro e objetivo. Tal objetividade confere ao texto um valor universal, pois o mais importante é a abordagem do assunto e não a evidência do autor, ou enunciador. São os casos dos resumos, resenhas, textos científicos, palestras, manuais didáticos, textos expositivos de revistas e jornais.

Texto dissertativo-argumentativo

Esse tipo de texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o a concordar com a opinião do autor. A qualidade desse tipo de texto está ligada à habilidade do autor em selecionar, organizar e conectar as ideias de modo coeso e coerente. Nessa modalidade, estão os manifestos, cartas abertas e as redações do Enem. Especificamente, neste último caso, o texto apresenta a tese (introdução), os argumentos (desenvolvimento) e a conclusão (intervenção propositiva, respeitosa e equilibrada), confirmando o ponto de vista do autor, evidenciado no desenrolar do texto.
A tese formulada no primeiro parágrafo deve expor de modo geral o assunto, mas de tal forma que o leitor tenha clareza do que será discutido e do ponto de vista assumido pelo autor. A partir da tese, o autor deve selecionar e organizar informações, transformando-as em argumentos que devem ser desenvolvidos um em cada parágrafo. No desenvolvimento da argumentação, o autor deve demonstrar conhecimento do tema e habilidade para relacionar informações de outras áreas no processo de construção do texto. Por último, o autor deve fechar a redação de forma propositiva e coerente, respeitando os direitos humanos e a diversidade cultural brasileira.

Texto injuntivo/instrucional

Essa modalidade de texto tem a função de orientar, ensinar e disciplinar ações e comportamentos. Sua linguagem deve ser simples, já que o objetivo é exprimir a mensagem do modo mais claro possível. Alguns textos injuntivos podem instruir o destinatário, de forma coercitiva, levando-o a uma tomada de atitude diante de uma situação, de um fato, ou de um problema. São os casos dos editais dos concursos, contratos e leis, cujas prescrições o receptor terá que atender.                                                          Nos textos injuntivos, os verbos, em sua maioria, aparecem no modo imperativo e ocasionalmente no infinitivo e no futuro do presente do indicativo. Por isso a principal característica desse tipo textual é exprimir ordem, como numa receita de bolo, bula de remédio, ou manual de instruções. Outros exemplos de textos injuntivos bastante utilizados são normas disciplinares, convenções, regras de jogos e regulamentos diversos.


Observações

Não se deve confundir gêneros e tipos textuais. Tipos ou modalidades textuais se referem ao conteúdo e à forma e gêneros textuais à função que desempenha socialmente. Os gêneros textuais podem ser organizados em categorias, conforme especificados abaixo.

a)    Textos científicos: relatórios de pesquisa, resenhas, resumos, ensaios, monogra­fias, dissertações de mestrado, teses de doutorado;
b)    Textos jornalísticos: editoriais, notícias, reportagens, artigos de opinião, crôni­cas, en­trevistas;
c) Textos instrucionais (injuntivos): receitas, manuais de instrução, regras de jogo, nor­mas dis­ciplinares, formulários, bula de remédios;
d)    Textos jurídicos: contratos, petições, atestados, requerimentos;

e)    Textos publicitários: editais, anúncios, propagandas, avisos;
f)     Textos lúdicos: histórias em quadrinhos, charges, cartoons, adivinhas, palavras cruza­das, piadas;
g)    Textos interpessoais: cartas familiares, cartas oficiais e comerciais, cartas-aber­tas, cartas do leitor, cartas-convite e recados;
h)    Textos ficcionais: fábulas, contos, crônicas, romances, novelas, comédias, tra­gé­dias e drama;
i)     Textos poéticos: epopeias, poemetos, poemas, poesias, prosa poética.


Narração, descrição e dissertação

Redação   -   Orientações
                  
             Esquema da narração

1° parágrafo: esclarecimento sobre o acontecimento que será narrado; indicação do tempo e do lugar em que ocorreu.
2° parágrafo: relato das causas do fato, relacionando as ações dos personagens.
3° parágrafo: relato, com detalhes, do modo como tudo aconteceu.
4° parágrafo: apresentação do resultado, das conseqüências do fato.

A produção de um texto narrativo tem como base os seguintes elementos:

Ø O que aconteceu? O que se vai narrar? (acontecimento).
Ø Onde e quando aconteceu? (lugar – tempo).
Ø Quem participou do acontecimento? (personagens).
Ø Qual o ponto de vista de quem conta a história? (narrador em 1ª ou 3ª Pessoa.
Ø Qual (ou quais) o (s) motivo (s) do acontecimento? (causa).
Ø Como os fatos ocorreram? (modo).
Ø Qual (ou quais) a (s) conseqüência (s) do acontecimento?

             Esquema da descrição

I – de pessoas

1° parágrafo: ideia geral da pessoa que vai ser descrita.
2° parágrafo: características físicas (altura, peso, cor, idade, cabelos, traços do rosto, voz, vestimenta)
3° parágrafo: características psicológicas (personalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações, postura, objetivos)
4° parágrafo: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral.

No caso de pessoas, ao produzir um texto descritivo, procure fazê-lo, respondendo as seguintes indagações:

Ø Quem é? Como é?
Ø Características físicas e psicológicas.
Ø Detalhes específicos que o individualizam?
Ø Outros detalhes característicos importantes?

II – de objetos

1° parágrafo: observação de caráter geral referente à procedência ou localização do objeto descrito.
2° parágrafo: menção e rápidos comentários das partes que compõem o objeto, seguidos da descrição de como as partes se agrupam para formar o todo.
3° parágrafo: detalhes do objeto visto como um todo, externamente (formato, dimensões, material, peso, textura, brilho)
4° parágrafo: observação de caráter geral referente à sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto na sua totalidade.

No caso de objetos, ao produzir um texto descritivo, procure fazê-lo, respondendo as seguintes indagações:

Ø Que é? Como é?
Ø Principais características?
Ø Detalhes específicos que o individualizam?
Ø Para que serve? Como funciona?
Ø Outros detalhes característicos importantes?

III – de ambientes

1° parágrafo: observação de caráter geral (referência do local como um todo -casa, museu, bairro, cidade).
2° parágrafo: detalhes referentes à estrutura global do ambiente (paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade, aroma).
3° parágrafo: detalhes específicos em relação a objetos lá existentes (móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou quaisquer outros objetos)
4° parágrafo: observação sobre a “atmosfera” que paira no ambiente.

No caso de ambientes, ao produzir um texto descritivo, procure fazê-lo, respondendo as seguintes indagações:No caso de ambientes.

Ø Que lugar? Como é?
Ø Principais características?
Ø Detalhes específicos que o individualizam?
Ø Outros detalhes característicos importantes?
               
 Esquema da dissertação

1° parágrafo: apresentação geral do tema e indicativo dos argumentos a serem desenvolvidos.
2° parágrafo: desenvolvimento do primeiro argumento.
3° parágrafo: desenvolvimento do segundo argumento.
4° parágrafo: desenvolvimento do terceiro argumento, se houver;
5° parágrafo: retomada da expressão (ou ideia) inicial para reafirmação do tema, com o acréscimo de um comentário final.

Redação de um parágrafo

1ª parte: tópico frasal (apresentação de uma frase, ou de parte de uma frase, de aspecto geral)
2ª parte: desenvolvimento do tópico frasal (especificação do conteúdo do tópico frasal, através da exposição de detalhes, fatos, razões, comparações e de exemplos que justificam a declaração inicial.
3ª parte: conclusão (reafirmação do tema nos moldes do texto dissertativo)

Estrutura do parágrafo

a)    Primeiro período: apresentação do assunto para preparar o leitor para os argumentos.
b)   Segundo período: desenvolvimento de um argumento justificando parcialmente as idéias apresentadas no primeiro período.
c)    Terceiro período: desenvolvimento de um argumento mais forte, justificando as idéias do segundo período, se houver.
d)   Quarto período: posicionamento final diante do assunto, baseado nas idéias defendidas e nos argumentos apresentados.

 Redação a partir de um texto de referência

a)    Identificar as idéias mais importantes.
b)   Identificar, entre as mais importantes, a ideia principal.
c)    Redigir, com as próprias palavras, um parágrafo a partir da ideia principal, associando o conteúdo do texto a um aspecto da realidade.
d)   Analisar com atenção o parágrafo escrito, procurando adequá-lo à proposta da redação.

Com dois ou mais textos de referência

a)    Identificar as idéias mais importantes dos textos.
b)   Identificar, entre as mais importantes, a ideia principal.
c)    Redigir, com as próprias palavras, um parágrafo a partir das idéias principais dos textos de referência.
d)   Analisar com atenção o parágrafo escrito, procurando adequá-lo à proposta de redação.

Observação:

a) Sendo solicitada a redação de um parágrafo, siga os passos acima.
b)   Não sendo dado nenhum texto de referência, apenas um tema, procure escrever, respondendo as seguintes indagações:

Ø O que sei sobre o assunto?
Ø Qual a melhor maneira de eu apresentá-lo ao leitor?
Ø Qual a ordem dos argumentos que esclarece melhor o que penso sobre o assunto?
Ø De que forma devo posicionar-me, finalmente, sobre o assunto?
                   
6. Importante

a)    Os textos dissertativos se alicerçam: na reflexão, análise, estabelecimento de relações, nas inferências, na demonstração de pontos de vista.
b)   Nos textos dissertativos, o escritor tenta convencer, persuadir alguém através de seus argumentos.
c)    O tema de uma redação consiste na afirmação sobre determinado assunto, em que se percebe uma tomada de posição. Pode ser formado por um período simples ou composto.
d)   O título de uma redação é uma referência ao assunto abordado. Em geral não contém verbos, nem deve ser um provérbio; o título é uma expressão menor que o tema.

7. Síntese

a)    Dissertação: que penso sobre?
b)    Narração: que acontece, ou aconteceu?
c)     Descrição: que é e como é tal coisa?

terça-feira, 26 de maio de 2015

Planejamento de estudos

O início de todo processo de trabalho é sempre cercado de diferentes sensações. Essas diferenças variam de pessoa para pessoa, o que leva cada uma a se organizar, de um modo peculiar, em busca dos melhores resultados. No caso específico de um curso, é fundamental compreendermos bem seus pressupostos, alcance e importância. Isso ajuda na administração do tempo, na definição de estratégias, preparação de expectativas e dedicação aos estudos, fatores determinantes do sucesso e da aprendizagem.

O processo de organização e sistematização das atividades humanas deve contemplar o desenvolvimento de habilidades de cunho social e emocio­nal, já que estas possibilitam encurtar caminhos e desfazer entraves durante a execução. Por isso é fundamental que as pessoas, ao planejarem suas ações, se preocupem em aprimorar o autoconhecimento, autoconfiança, criatividade, iniciativa, perseverança, resiliência, autoestima e espírito de liderança. Quanto mais preparo nessas áreas, mais chances de sucesso, já que, independente do grau de dificuldade, é sempre possível agir com equilíbrio e motivação no en­frentamento de desafios.

As constantes mudanças por que passa o mundo exigem uma partici­pação efetiva de todos, desenvolvendo ações coletivas, solidárias, respeitosas e com sentimento de alteridade. A prática desses ensinamentos torna o ser humano melhor, levando-o a refletir sobre suas potencialidades e limitações, preparando-o para a construção de bons relacionamentos com as pessoas de sua convivência. À medida que ele evolui no autoconhecimento, ciente de suas qualidades e imperfeições, começa a trilhar seus caminhos com sensatez, se­gurança, equilíbrio e eficiência. Uma pessoa de bem consigo mesma tem me­lhores condições de fazer escolhas, assumindo posições coerentes, diante das adversidades inerentes à própria vida.

Não é preciso esperar que os outros determinem o que se deve fazer e como realizar. Pelo contrário, a pessoa motivada, autoconfiante é capaz de inovar, propondo alternativas e surpreendendo a todos com ações espontâneas e muito dinamismo. Assim, com paciência, firmeza e pensamento crítico, ela consegue-se adaptar às intempéries, às alterações e infortúnios do momento. Tudo isso acaba somando para a construção de uma postura positiva, porém sem arrogância, elevando o nível de satisfação e a autoestima.

O êxito, portanto, depende do modo como as pessoas se relacionam com as adversidades que enfrentam. Por isso é imprescindível que elas desen­volvam as competências socioemocionais e aprendam a planejar e a executar bem suas ações. E é nesse sentido que vem essa reflexão, a fim de que todos se conscientizem de que um planejamento exequível, com tempo determinado para as atividades, método de estudo, metas e objetivos a serem alcançados, é condição indispensável à realização pessoal, à aprendizagem e ao sucesso. Feito isso, é só seguir com muito esforço, entusiasmo, equilíbrio, confiança, motivação e autoestima elevada, para que o desempenho seja realmente pro­veitoso. Assim, ao se preparar para os estudos, é indispensável a realização de um bom planejamento, a fim de que a aprendizagem se desenvolva com seriedade, disciplina, qualidade, eficiência e sempre de forma bem humorada, alegre e prazerosa. Esse é o segredo dos triunfos, na caminhada dos grandes vencedores. 

domingo, 27 de outubro de 2013

Redução da maioridade penal

Os debates sobre a redução da maioridade penal têm acontecido com frequência, deixando a sociedade brasileira na expectativa de que ela seja aprovada pelo Congresso Nacional. Os defensores dessa tese acreditam que essa medida seria uma forma de reduzir a violência no Brasil. Todavia, essa polêmica nos leva a pensar que o simples fato de ser favorável ou contrário a tal medida não significa solução para acabar com a criminalidade praticada por menores.
Hoje temos problemas com a falta de vagas no sistema prisional do país, com a nossa legislação, que abre muitas brechas para os criminosos ficarem soltos nas ruas. Muitas vezes as forças de segurança investigam crimes, prendem os criminosos e a justiça, por falta de uma legislação consistente, se vê obrigada a soltá-los, mesmo sabendo que vão aproveitar esse sentimento de impunidade para praticar outros crimes.
Devemos entender que se o nosso objetivo for a recuperação dos menores infratores, a sociedade precisa ampará-los, oferecendo uma boa educação, tendo à frente profissionais especializados, preparados, valorizados e motivados para esse tipo de formação. Nesse sentido, a redução da maioridade penal por si só não vai acabar com a criminalidade, já que outras propostas importantes precisam ser implementadas, para chegarmos de fato à solução desse grave problema.
Independente de serem adultos ou menores, muitos infratores vão continuar nas ruas, trazendo insegurança aos cidadãos de bem. Assim, o foco dessa discussão deve ser a busca de oportunidades socioeducativas, com escolas em tempo integral, juntamente com a discussão e aprovação de uma legislação moderna que dê à nossa justiça condições de manterem fora do convívio social os criminosos que atraem os menores para o mundo do crime e da violência. Certamente, essas medidas, a médio e longo prazo, vão garantir a todos mais liberdade e segurança. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Dia dos pais

Apesar de algumas brincadeiras que tentam colocar a figura do pai num patamar de importância inferior ao da mãe, devemos reconhecer o seu grande valor para a família e para a sociedade. Basta ver a motivação que deu origem à data que é bem parecida com a que motivou o surgimento do dia das mães.
Segundo alguns registros históricos, a primeira manifestação homenageando a figura paterna se deu há mais de 4000 anos, na Babilônia, quando um jovem de nome Elmesu esculpiu, em argila, um cartão para presentear seu pai. Todavia, a luta pela instituição de uma data específica com tal significado, ocorreu em Washington, no ano de 1909, época em que Sonora LousiSmart Dodd, teve a ideia de celebrar o dia dos pais. Esse desejo de Sonora se justificou, porque seu pai, um veterano da guerra civil americana, viu sua esposa morrer, em 1898, durante o parto do sexto filho. Com a morte da esposa, o senhor Willian Jackson Smart criou o recém-nascido e os outros cinco filhos, com afeto e carinho, assumindo o duplo papel de pai e mãe.
A ideia de celebrar o dia dos pais surgiu no momento em que Sonora Lousi assistia a um sermão religioso dedicado às mães. Naquele instante, ela percebeu o quanto seu pai tinha sido compreensivo, dedicado e amoroso, na luta pela criação e pela boa educação dos filhos. Em momento algum, ele se eximiu da sua responsabilidade de pai. Isso deixava Sonora orgulhosa do seu genitor, cada vez mais se encantava ao sentir o carinho, o afeto e o cuidado que ele dispensava a ela e a seus irmãos. Ele não murmurava da sorte, nem reclamava a ajuda de outras pessoas.
Em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, USA, e pediu ajuda a uma entidade de jovens cristãos da cidade. Assim, ela pôde ver, em 19 de junho daquele ano, dia do aniversário de seu admirável Willian Smart, a comemoração do primeiro dia dos pais norte-americanos. O símbolo oficial das homenagens foram as rosas, sendo que a cor vermelha representava os pais vivos e a cor branca, os falecidos.
Nos anos seguintes, as comemorações de Spokane se espalharam por todo o Estado de Washington e, em 1924, o presidente Calvin Coolidge reconheceu a importância da data. Em 1966, o presidente Lyndon Johnson apoiou a proposta e, em 1972, o presidente Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como dia dos pais.
No Brasil, essa data foi comemorada pela primeira vez, em 14 de agosto de 1953, por iniciativa do Sr. Sylvio Bhering. Este publicitário, com o apoio de grande parte da imprensa, foi o responsável direto pela homenagem aos pais em terras brasileiras. A mudança da data para o segundo domingo de agosto se deu por razões comerciais, a exemplo do que ocorreu também com o dia das mães, segundo domingo de maio.
Não há como negar a importância do pai na vida dos filhos. O pai representa segurança e proteção no seio da família. É símbolo de força, de luta e de superação de obstáculos que aparecem no caminho da prole. É um exemplo a ser seguido, principalmente pelo filho em idade infantil.
Os pais verdadeiros são companheiros, solidários e participativos, na busca de soluções para os problemas do lar. Eles dividem, com as mães, a responsabilidade pela criação dos filhos, sendo atenciosos e cuidadosos com todos. Alguns pais até assumem certas tarefas da casa com o mesmo zelo, com a mesma dedicação e eficiência das mães.
O bom pai está pronto a labutar em favor de sua família, razão por que hoje a sociedade lhe faz justiça, rendendo-lhe homenagens, em reconhecimento ao bem que ele representa na companhia de seus familiares. Para a prole, o pai deve ser sempre uma referência positiva, um espelho, onde se refletem bons testemunhos. Sendo assim, sua imagem de homem determinado, de herói corajoso, valente, certamente, não se apagará do meio deles. Por isso, ele deve semear, dia a dia, a serenidade, o equilíbrio, a paz e o amor que emana de Cristo Jesus e de seu poder salvador. Desse modo, sua missão se completa.


Parabéns, papai!

Acidente aéreo em Minas


Luto na Vilma Alimentos

O mês de julho se encerra com muita tristeza para os contagenses. De repente, um voo ganha o espaço, corta os ares, mas não chega ao seu destino. O tempo nebuloso dificulta o pouso. Uma árvore aparece no caminho da nave, que se desgoverna, bate numa casa e cai num abismo, abrindo fogo no meio da mata.
Manhã de sábado, Zona da Mata Mineira. Medo, dor e incertezas, nos arredores do pânico. Dentro da nave, oito vidas em meio a estrondos, chamas, calor e brasas. Um cenário cruel, com cenas horrendas e personagens sem vida, sem cor, dispersos na forma de pó e cinzas.
Uma tragédia a tocar o espírito, a sensibilidade e as emoções de todos, na pátria das abóboras e do registro. Lágrimas descem dos olhares, amigos daqueles que foram alcançados por tamanha fatalidade. Em momentos assim, nem a certeza e a plena consciência da morte evitam o susto e a dor que absorvem os corações contritos, pela perda de pessoas amadas e queridas. Por isso foi difícil aceitar a ideia da partida repentina de vidas tão preciosas.
A morte terrena, fim da matéria vivente, é algo temerário, estarrecedor. E, dependendo de como vem, torna-se ainda mais medonho. Foi assim, para nós contagenses. Fomos surpreendidos naquela manhã de sábado, 28 de julho de 2012. Domingos Costa, da Vilma Alimentos, seu filho Gabriel, de 14 anos, e seus colaboradores partiram, prematuramente. Um golpe violento no cerne da família, na rotina dos amigos e admiradores.
Uma dor imensa pulsa nos corações amigos de cada vida que, por meio daquele voo, ganhou os ares, quedou um pouco, bateu na árvore, esbarrou numa construção, beijou a terra, se perdeu nas cinzas, rumo à eternidade.
Fato lamentável, de causas inimagináveis, de horríveis consequências, envolvendo personagens tão distintos que, num tempo adverso, não conseguiram aterrissar em seu destino. Isso mostra a nossa condição humilde, de viajantes terrestres, de turistas humanos, que marcham na direção do infinito.
Suportar esse momento não é fácil. O trágico passamento de pessoas especiais nos reveste a alma de uma dor incomensurável. As lágrimas ardentes, as cicatrizes profundas trespassam nosso ser, com uma explosão de setas que nos dilacera, no ritmo aflito de um coração doído.
Domingos Costa fez história, acreditou em Contagem, cresceu com a cidade, por isso jamais será esquecido. Sua força, seu trabalho, sua inteligência e seu amor por esta terra ficarão nos arquivos da memória de seus patrícios.
Infelizmente, Domingos se foi, acompanhado de seu filho mais jovem, de amigos e colaboradores, deixando enlutadas as famílias e a empresa Vilma Alimentos, para a tristeza dos habitantes da terra da Chami, da Faluca, do Arturinho, do Zé Gonçalo e do Contagito. Uma perda irreparável, de um líder talentoso, de um empresário dedicado, íntegro e amoroso, que, com seus projetos sociais, procurou “Ser Parte”, lutando pelo resgate da cidadania de muitos contagenses. Portanto, sua missão foi cumprida, ficando o exemplo de homem íntegro, sério e empreendedor para ser seguido pelos cidadãos de bem. Contagem agora segue de luto, sem Domingos, pois ele e sua equipe ficaram no vôo de sábado.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Novo acordo ortográfico

O acordo ortográfico aprovado pelo senado brasileiro em novembro de 2009, resultado de uma articulação política entre os países de língua portuguesa, impõe uma alteração na escrita de 0,43% das palavras, no Brasil, e de 1,42% das palavras em Portugal. Para os brasileiros, as mudanças se referem ao acréscimo das consoantes “k, w e y” ao alfabeto português, à extinção do trema, à acentuação gráfica e ao emprego do hífen.
Em vez de 23 letras, o alfabeto português passa a ter 26, com a incorporação do “k, w e y” que serão usados em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados, o que já ocorre em nosso idioma, como em km, watt, Byron, byroniano, dentre outros. A novidade é que estas consoantes agora fazem parte do alfabeto da língua portuguesa, o que não se verificava antes.
O trema fica extinto oficialmente da nossa ortografia, já que na prática poucos usuários da nossa língua se davam ao trabalho de empregá-lo. Ele somente será utilizado em nomes próprios estrangeiros como Müller, Hübner e seus derivados hübneriano e mülleriano. A partir de agora, todo purista vai “aguentar” escrever frequentemente, tranquilidade, quinquênio, pinguim e linguiça, sem os famosos dois pontinhos sobre a letra “u”, um alívio para os alunos de redação que dificilmente se lembravam de registrá-los na escrita.
Uma mudança que requer muita atenção por parte do usuário se refere à acentuação dos ditongos abertos “ei” e “oi”. A nova regra estabelece que em palavras paroxítonas não se usa o acento, mas nas oxítonas e nas monossílabas o acento permanece. Desse modo, não se acentua ideia, assembleia, heroico, mas herói, constrói, anéis, papéis e dói são acentuadas.
O acento agudo deixa de ser usado também nas palavras paroxítonas que apresentam o “i” ou “u” tônicos precedidos de ditongo. Assim, palavras como feiume, feiura, baiuca, Guaiba, tauismo deixam de ser acentuadas. Fica extinto oficialmente o acento agudo no “u” tônico antecedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” das formas verbais rizotônicas “averigúe”, apazigúe e argúem, que passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem, sem o acento.
Outra mudança significativa ocorre nas palavras com a duplicidade das vogais “o” e “e”. Estes hiatos “oo” e “ee” que antes tinham o acento circunflexo na primeira vogal, com o novo acordo ortográfico, passam a ser grafados sem essa marca fonética. Voo, enjoo, creem, leem, veem, deem é a forma correta da grafia destas palavras.
Uma alteração importante se verifica em relação ao acento diferencial em palavras que apresentam a mesma grafia (palavras homógrafas). Agora não há mais o acento em “para”, presente do indicativo do verbo parar, para diferenciar da preposição “para”. Não se acentua também “pela”, “pelo”, presente do indicativo do verbo pelar e substantivo para diferenciar de pelo ou pela, preposição mais artigo definido “o” ou “a”. Sem acento fica ainda “pera” (substantivo – fruta/pedra) antes usado para diferenciar da preposição arcaica per + a. A identificação destas palavras dar-se-á pelo contexto linguístico em que ocorrem e não pela marca diferencial do acento. Este permanece apenas em “pôr” (verbo) para diferenciar da preposição “por”, sendo de uso facultativo em “pôde” (pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar de “pode” (presente do indicativo) e em “fôrma” para diferenciar do substantivo “forma”.
Em relação ao hífen, ele deixa de ser usado em palavras formadas por prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal mais palavra iniciadas por “r” ou “s”. Em antissemita, antissocial, antessala, antirrábica, ultrarromântico, autorregulamentação, extrarregimento, o hífen desaparece, surgindo em seu lugar a duplicidade da consoante “r” ou “s”. Todavia, curiosamente, ele permanece na grafia de palavras como “hiper-realista”, “hiper-requintado”, “hiper-requisitado”, “inter-racial”, “inter-regional”, “inter-relação”, “super-racional’, ‘super-realista”, “super-resistente”, já que os prefixos terminam com “r” e a palavra seguinte começa também com “r”. Por fim, o hífen se faz presente em palavras que têm os prefixos (ou falsos prefixos) e o elemento seguinte terminados e iniciados com a mesma vogal, ou com “h”, respectivamente. São os casos de “micro-ônibus”, “micro-organismo”, “anti-inflamatório”, “anti-imperialista”, “arqui-inimigo”, “micro-ondas”, “anti-herói”, “anti-higiênico”, “extra-humano”, “semi-herbácio”.
O novo acordo ortográfico não simplifica ou reduz as regras para a grafia das palavras da língua portuguesa; todavia unifica a escrita do único idioma do ocidente que apresentava duas grafias oficiais, a do Brasil e a de Portugal. Desse modo cerca de 230 milhões de falantes da língua portuguesa espalhados pelas terras de Brasil, Portugal, Angola, cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tome e Príncipe e Timor Leste passam a empregar as mesmas regras ortográficas, o que facilitará a circulação de documentos oficiais e de livros entre esses países, sem ser preciso realizar um trabalho de tradução.
Ademais, com essas alterações, a língua portuguesa se fortalece, pois como está escrito no texto oficial do acordo, “ele constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional”. Portanto, mesmo o acordo não trazendo uma simplificação ortográfica, temos muito a ganhar como nação e comunidade linguística.

Elaboração de esquema

O desenvolvimento das habilidades de síntese e de registro das idéias em um instrumento que nos permita apreender a essência de um assunto é fundamental ao processo de construção do conhecimento. Daí a importância de avançarmos na prática de elaboração de esquemas, já que eles representam de forma simplificada e atraente a interpretação que fazemos de um texto, de uma obra, de um acontecimento, ou de uma situação.

Muitas são as vantagens da utilização dos esquemas. Eles nos ajudam a compreender acontecimentos, a recordar e fixar conteúdos e a estabelecer relações entre diferentes áreas do conhecimento. É um instrumento poderoso para o desenvolvimento da habilidade de falar em público, pois na brevidade de seus enunciados, de suas palavras-chave e na sua apresentação visual refletem uma grande quantidade de informações e conhecimentos.

As informações de um esquema podem ser organizadas na horizontal, na vertical, em círculo, em forma de pirâmide, ou de quadro, ilustrando as relações de interdependência de um fenômeno que se exprime por meios verbais. O importante não é o tipo de esquema, mas a capacidade de organização e de síntese que o autor desenvolve para se referir, com o máximo de economia de palavras, aos diferentes aspectos de um tema, de uma obra, enumerando as características de cada um, fazendo as relações apropriadas entre eles.

A elaboração de um esquema deve começar com a identificação do eixo temático do texto, da obra, ou da situação analisada. Em seguida, deve-se identificar e registrar as idéias principais, depois as secundárias, procurando exprimi-las por meio de frases curtas, ou de palavras-chave. Por último, as idéias devem ser ordenadas de modo coerente e dispostas, conforme o tipo de esquema escolhido.

O esquema abaixo se refere ao artigo estudado mais acima sobre o novo acordo ortográfico. Analisando esse esquema com atenção, é possível recuperar rapidamente as informações essenciais contidas no texto.


ESQUEMA MODELO – Novo acordo ortográfico

Assunto: Mudança de 0,43% do vocabulário brasileiro.

1) ALFABETO

Passa a ter 26 letras, ao incorporar "k", "w" e "y"

2) TREMA

Não existe mais, sendo usado apenas em nomes próprios e seus derivados.

3) ACENTUAÇÃO GRÁFICA

3.1) Diferencial – não se usa mais para diferenciar:

  • "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição);

  • “péla” (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição “por” com o artigo “a”);

  • "pólo" (subst.) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" mais "o");

  • "pélo" (flexão do verbo pelar), de "pêlo" (substantivo) e de "pelo" (combinação da preposição “por” com o artigo “o”);

  • "pêra" (substantivo - fruta), de "péra" (substantivo arcaico - pedra) e de "pera" (preposição arcaica “per + a”)

3.2) Circunflexo – não se usa mais:

a) nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem";

b) em palavras terminadas em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" que se tornam "enjoo" e "voo".

3.3) Agudo – não se usa mais:

a) nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas: "assembleia", "ideia", "heroica" e "jiboia";

b) nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca";

c) nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i": averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (argüir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.

4) HÍFEN: Não se usa mais, quando:

a) o primeiro elemento o (prefixo) termina em vogal e o segundo começa com s ou r: "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom";

b) o primeiro elemento (prefixo) termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada".

Exceção: quando os prefixos terminam em r e o segundo elemento começa com a mesma letra: "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista".