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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Narração

A narração é um texto dinâmico que enumera uma seqüência de ações, envolvendo personagens que se movimentam num espaço em dado momento. As ações das personagens giram em torno de um fato real ou imaginário, cujo enredo, ou desenrolar dos acontecimentos, gera um conflito que, por sua vez, é o responsável pelo clímax da narrativa.
A obra narrativa compreende a apresentação do fato (acontecimento), a complicação (o desenvolvimento das ações), o clímax (momento de tensão máxima vivido pelo protagonista) e o desfecho final da história. Essa modalidade textual ganha forma por meio de um narrador, elemento fundamental que o autor concebe para relatar as ações que constituem o fato ocorrido.
O narrador pode ser personagem, desempenhando o papel de protagonista ou de coadjuvante, situações em que o foco narrativo ocorre em 1ª pessoa. Mas o narrador pode ser um observador que toma ciência do fato e o relata em 3ª pessoa. Há casos em que essa observação se dá com tamanha profundidade que o narrador revela ao leitor informações carregadas de sentimentos, ideias, pensamentos, intenções e desejos das personagens. É como se ele soubesse tudo e penetrasse no mundo do outro, revelando minuciosamente detalhes do universo exterior e interior de quem protagoniza as ações da narrativa. Nesse caso, o observador que relata o fato, pela sua perspicácia, conhecimento profundo, alteridade e poder de revelação do que se passa no íntimo do outro é chamado também de narrador onisciente.
Em relação às personagens, estas são criadas para viverem dramas e situações dentro da narrativa como se fossem pessoas normais, já que elas representam uma realidade. De acordo com o papel e sua importância, as personagens são classificadas como protagonistas (principais), antagonistas (aquelas que agem contra a protagonista, tentando impedi-la de alcançar seus objetivos), as coadjuvantes (também chamadas de secundárias) e as figurantes (que se apresentam, mas que não participam diretamente da história).
As personagens, sem profundidade psicológica, emocional ou dramática são chamadas de personagens planas (tipos, caricaturas, ou estáticas), já que suas atitudes são previsíveis, permanecendo inalteradas ao longo da narrativa. Por outro lado, as personagens que têm profundidade psicológica, emocional, ou dramática, que se revelam por um desenvolvimento irregular, causando surpresa ao leitor pela imprevisibilidade de suas ações são chamadas de personagens redondas.
Por ser a narração uma modalidade de texto que evidencia ações e conflitos vividos pelas personagens, ganham destaque nela os verbos de ação responsáveis pelo dinamismo da narrativa. É por meio dessa categoria gramatical que se conhecem a movimentação das personagens e o desenrolar dos acontecimentos que se verifica em dado momento e local determinado. Narrar é, pois, relatar um fato, ou uma história, que pode ser desde contar uma piada, anedota, uma crônica do cotidiano, um conto, uma novela até os de maior complexidade como os romances.
Vejamos um pouco mais sobre esse assunto a partir do texto abaixo, criado para esta finalidade:
Fato da hora
Em altas horas da noite,

Bacurau foi ao boteco,
Zé Reis o atendeu.
Sem dinheiro,
Bacurau queria cachaça,
Zé Reis não deu.
Bacurau, nervoso,
puxou da faca,
feriu Zé Reis
e Zé Reis morreu.

Esse texto, como o próprio título nos mostra, relata um fato ocorrido em local e momento determinados. Ele enumera uma sequência de ações envolvendo o acontecimento. A ideia de causa (motivo) e de consequência do fato são salientes no texto. Nós tomamos conhecimento desse fato porque há a presença de alguém que nos faz o relato dele.

Assim, temos:
1) Fato (ou acontecimento): assassinato, ou homicídio.
2) Tempo: em altas horas da noite.
3) Lugar (ou espaço): boteco.
4) Causa (motivo): vício de Bacurau; recusa de Zé Reis.
5) Conseqüência: morte de Zé Reis.
6) Narrador: 3ª pessoa, observador.
7) Personagens: Zé Reis e Bacurau.
Essa modalidade de texto deve responder as seguintes perguntas:
v Que acontecimento está sendo reconstituído no texto?
v Quando e onde se passa?
v Quais as causas e as consequências desse acontecimento?
v Quem o relata?
v Quem participa dele?
Conforme dissemos, em um texto narrativo, os verbos de significação ganham especial destaque, dando ao texto dinamismo, já que cada ação apontada representa um movimento que se junta a outro e mais outros, na reconstituição do acontecimento na voz do narrador. Este pode fazer um relato de modo objetivo (denotativo), ou subjetivo (conotativo). O primeiro ocorre, quando a intenção é reconstituir o acontecimento com clareza e precisão informativa. O segundo se verifica, quando o narrador procura revestir de efeitos especiais a mensagem, jogando com a possibilidade de diferentes formas de apropriação do sentido pelo receptor.

Descrição

A descrição é a modalidade de texto que coloca em evidência as características principais de pessoas, objetos, lugares, animais, vegetais, sentimentos, cenas, processos ou procedimentos. Uma boa descrição deve ressaltar os traços particulares e distintivos característicos do ser, do objeto ou da coisa descrita. É como se fosse um retrato feito por meio de palavras daquilo que se observa e se descreve. É indispensável, nesse tipo de texto, captar os pormenores que possibilitam diferenciar o elemento descrito dos demais de sua espécie.
Nesse tipo de texto, evoca-se o que se vê, o que se pode sentir e recria-se o que se percebe ou imagina, procurando transmitir sensações físicas como cores, formas, sons, gestos, odores e impressões psicológicas, subjetivas, relacionadas a sentimentos, emoções, hábitos, modo de ser, atitudes e comportamentos. A produção de um texto descritivo resulta, portanto, da interação e combinação de diferentes sentidos da percepção humana.
Sendo a caracterização a base da elaboração de um texto descritivo, os substantivos, os adjetivos, as locuções adjetivas e os verbos de ligação se destacam, já que se busca dizer o que é, como é, ou como funciona alguma coisa. A caracterização do elemento descrito pode ocorrer objetiva ou subjetivamente. No primeiro caso, sentido denotativo, a descrição procura representá-lo da forma mais próxima de sua existência real, já no segundo caso, sentido conotativo, o elemento descrito ganha contornos especiais, nas impressões subjetivas do autor, o que enriquece sobremaneira o texto, uma vez que ele se apresenta transfigurado pela sensibilidade e criatividade de quem o descreve.
Uma boa descrição deve começar com o autor observando e focalizando o ser (animado ou inanimado) a fim de distinguir seus aspectos gerais. Em seguida, as partes do elemento descrito devem ser dispostas numa ordem coerente, para sua caracterização física ou psicológica, quer de forma objetiva ou subjetiva. Por fim, o autor completa o processo de caracterização para o fechamento do texto.
Imaginemos que a polícia procura alguém suposto de ter cometido um assassinato. Ela chega ao local do crime para prender o criminoso, mas não o encontre mais ali. Para prendê-lo, seria necessário identificá-lo pela evidência de suas características principais. Como é então Zé Reis? Aí, alguém diz:

“É um sujeito avantajado, mais ou menos 1,80 de altura, deve pesar em torno de 90 kg. Idade aproximada, 50 anos, cor morena, feito jambo. Segundo disseram por aqui, parece ser pai de dez filhos. Ele tem uma cicatriz do lado direito do rosto, uma pinta escura do lado esquerdo. Seus cabelos são escuros e os olhos castanhos. No momento do crime, tinha uma cara de mau, parecendo alguém que vivia momentos de total descontrole. Por fim, usava paletó preto, calça cáqui e gravata com listas azuis e brancas. Estava descalço de um dos pés, como quem tivesse perdido um dos sapatos no duelo com o morto.”

Lendo esse texto, podemos chegar a um retrato do criminoso. O registro dessas características nos dá a ideia clara da pessoa de Zé Reis. A função da descrição é exatamente essa, representar algo perceptível (ser, coisa, paisagem, processo, ou objeto) para o receptor (leitor ou ouvinte). Enquanto a narração representa um fato, enumerando uma sequência de ações que se sucedem no tempo, a descrição evidencia as características principais e individualizadoras daquilo que se descreve, o que permite a construção de um retrato, o mais aproximado possível, da representação que se faz por meio de palavras.
De início, percebemos uma diferença deste texto para a narração.
v Este texto apresenta ideia de movimento? - Não.
v Ele apresenta uma sequência de ações? - Não.
v Ele está centrado num acontecimento? - Não.

A resposta negativa para tais questões já nos aponta que o texto não é narrativo. O texto descritivo não se presta à reconstituição de um fato, mas, conforme já dissemos, à representação de um ser, de um objeto, de um lugar, de uma paisagem, ou de um processo.
A descrição é a modalidade de texto que coloca em evidência as características principais de pessoas, objetos, lugares, animais, vegetais, sentimentos, cenas, processos ou procedimentos. Uma boa descrição deve ressaltar os traços particulares e distintivos característicos do ser, do objeto ou da coisa descrita. É como se fosse um retrato feito por meio de palavras daquilo que se observa e se descreve. É indispensável, nesse tipo de texto, captar os pormenores que possibilitam diferenciar o elemento descrito dos demais de sua espécie.
Sendo a caracterização a base da elaboração de um texto descritivo, os substantivos, os adjetivos, as locuções adjetivas e os verbos de ligação se destacam, já que se busca dizer o que é, como é, ou como funciona alguma coisa.
Uma boa descrição deve começar com o autor observando e focalizando o ser (animado ou inanimado) a fim de distinguir seus aspectos gerais. Em seguida, as partes do elemento descrito devem ser dispostas numa ordem coerente, para sua caracterização física ou psicológica, quer de forma objetiva ou subjetiva. Por fim, o autor completa o processo de caracterização para o fechamento do texto.

Dissertação

O texto dissertativo pode ser elaborado para desenvolver, expor, explicar um assunto, ou para persuadir o receptor a respeito do ponto de vista defendido pelo autor. No primeiro caso, dizemos que ele pertence ao grupo dos textos informativos como a apresentação científica, relatórios, textos didáticos, por exemplo; no segundo, enquadram-se no grupo dos textos opinativos, cuja finalidade é convencer o interlocutor sobre a maneira como o autor se posiciona em relação ao assunto.
A dissertação informativa prioriza a transmissão de conhecimentos, fazendo uma abordagem do assunto de forma impessoal. Nesse tipo de produção textual, o autor se limita ao papel de abordar determinado tema, sem a preocupação de convencer ou persuadir o receptor.
Por sua vez, a dissertação argumentativa visa a persuadir o receptor, leitor ou ouvinte, sobre a tese apresentada pelo autor. O texto argumentativo, além de expor, explicar, explicitar, procura influir o interlocutor, para que os argumentos desenvolvidos sejam aceitos como verdadeiros ou, no mínimo, procedentes. Ao final desse tipo de texto, espera-se que o receptor se convença de que o modo como o autor se posiciona diante do assunto tenha razão de ser. Essa mudança no comportamento do interlocutor é o principal fundamento de um texto dissertativo-argumentativo.
Essa modalidade dissertativo-argumentativa se caracteriza pela defesa da opinião do autor sobre o tema proposto. Inicialmente, ele apresenta ao receptor a idéia principal que vai ser fundamentada com argumentos que explicitam, justificam, comprovam, ou negam a idéia geral apresentada.
Após essa introdução, vem o desenvolvimento, etapa em que o autor elabora argumentos, reforçando sua discussão apontada na proposição inicial, tentando convencer o receptor a concordar com seu ponto de vista sobre o tema ou, na pior das hipóteses, aceitar como coerente sua linha de raciocínio.
Por último, vem a conclusão, confirmação do ponto de vista do autor, que retoma a idéia apresentada na introdução, agregando-lhe valores, com a intenção de mostrar ao receptor que há fundamento no seu modo de pensar sobre o assunto.
O discurso abaixo, apesar de a mensagem parecer absurda, é coerente com o seu propósito de livrar o homicida da condenação. Os argumentos apresentados conduzem para o desfecho, evidenciando que o criminoso, em vez de culpado, é uma vítima, já que o estado de embriaguês em que vive é uma conseqüência de ações de pessoas que o influenciaram, levando-o ao abismo do vício.
“Senhoras e Senhores!
 
"Como pode um cidadão brasileiro ser condenado pela prática de um crime, num momento de total descontrole e de fragilidade humana? Foi um ato criminoso, desagradável, contudo sua gravidade nem pôde ser percebida pelo criminoso, devido ao desequilíbrio emocional em que, no momento, se encontrava.
Zé Reis jamais teve problemas de convivência com as pessoas, embora sua visão da realidade se revelasse diferente da nossa, que auto-intitulamos pessoas normais. Justamente pelo se jeito diferente de ser, Zé Reis foi constantemente motivo de chacota por onde passou, foi o tempo todo desrespeitado.
A causa do crime desse pobre cidadão foi a cachaça. Mas é preciso lembrar que ele não bebia; as pessoas ofereciam-lhe bebida, só para se divertirem com suas reações esquisitas, inesperadas, e foi assim que ele enveredou pelos caminhos do álcool.
Antes, Zé Reis era uma pessoa sã, do ponto de vista mental, levava uma vida normal, trabalhando e convivendo com as pessoas. Tanto é verdade que ele namorou, com a intensidade de um amor puro, até se casar e ter filhos. Por sinal, muitos filhos, dez no total. Com o tempo, Zé Reis se tornou um bêbado por influência de pessoas más, que o levaram ao abismo em que se encontra hoje.
Por essa razão, Zé Reis não é criminoso, ele é sim uma vítima de todas as maldades que lhe fizeram ao longo dos anos. Sendo assim, antes de condená-lo, é preciso entender que a culpa maior cabe às pessoas que o seduziram aos caminhos do vício. Portanto, ouçam a voz da consciência e julguem senhores jurados.”

Observamos que no primeiro parágrafo desse texto, o autor apresenta uma opinião sobre o assunto sem, contudo, desenvolvê-la. No segundo, terceiro e quarto parágrafos, ele desenvolve argumentos que justificam sua opinião, que é a de convencer os receptores a absolverem o criminoso. Depois de desenvolver os argumentos, o autor finaliza seu raciocínio, afirmando que Bacurau não é culpado e sim uma vítima das maldades humanas; logo, antes de condená-lo, é preciso considerar as atitudes criminosas das pessoas que fizeram dele um alcoólatra.
Com esse arremate, o autor reforça seu ponto de vista a respeito do tema que é inocentar o assassino. Mesmo que a gente não concorde com a tese do autor, ela procede, uma vez que se sustenta por meio de uma argumentação consistente.
 
Atividade
Para as questões de 1 a 8, marque:
A, se as duas proposições forem verdadeiras;
B, se as duas forem falsas;
C, se a primeira for verdadeira e a segunda falsa;
D, se a primeira for falsa e a segunda verdadeira.
1
  1. A função da narração é representar para o leitor um fato e não um objeto.
  2. A função da descrição é representar para o leitor um ser, um lugar, uma paisagem, um processo (procedimento), ou um objeto.
2
1. A dissertação caracteriza-se pela defesa de uma idéia, de um ponto de vista acerca de um determinado assunto.
2. A descrição não pode ser técnica, apenas literária.
3
  1. Não é correto dizer que a descrição é o retrato verbal de pessoas, objetos, cenas, processos, paisagens, ou ambientes.
  2. As dissertações para exames e concursos devem ser redigidas em 3ª pessoa, ou na 1ª do plural.
4
  1. A linguagem de um texto descritivo não pode ser denotativa.
  2. A linguagem de um texto narrativo não pode ser conotativa.
5
  1. Na descrição técnica, a linguagem não é subjetiva.
  2. Na descrição literária, a linguagem não é objetiva.
6
  1. São elementos da dissertação: o fato, o tempo, o lugar, o narrador e os personagens do acontecimento.
  2. A narração destaca as características de um ser, de um objeto ou de outra coisa qualquer.
7
  1. Chamamos de enredo, trama, ou intriga, o desenrolar dos acontecimentos de uma narração.
  2. A linguagem de uma descrição técnica é conotativa.
8
  1. O narrador protagonista é aquele que narra um acontecimento do qual ele mesmo é o personagem principal.
  2. Narrador onisciente é uma espécie de testemunha invisível do que ocorre em todos os lugares e em todos os momentos, demonstrando saber inclusive o que os personagens falam, fazem, pensam ou sentem.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Elaboração de relatório

O relatório é um instrumento usado nas áreas da pesquisa científica, técnico-administrativa e do estágio curricular supervisionado. Ele tem como objetivo comunicar resultados de trabalhos, pesquisas, visitas e projetos realizados.

Na elaboração de um relatório, é importante o domínio ou o conhecimento da técnica de narrar, descrever e dissertar (expor, argumentar). Muitas vezes, precisamos fazer descrição de objetos, de processos, fazer narrativa de fatos e desenvolver argumentos, expondo, justificando e/ou comprovando os resultados obtidos.

A linguagem do relatório deve ser simples, precisa e objetiva para exprimir, com clareza de raciocínio, a essência do trabalho desenvolvido. As frases devem ser completas para que, através da leitura, o leitor possa acompanhar o raciocínio do autor, compreendendo, com fidelidade, o sentido das informações e discussões relatadas e/ou avaliadas. A precisão dos dados e a objetividade das informações é que vão possibilitar a tomada de decisões por parte de quem lê, analisa e avalia um relatório.

É oportuno dizer que, como o relatório trata de ações propostas e desenvolvidas, o tempo verbal empregado deve ser o pretérito, pois tal documento é uma espécie de prestação de contas de tudo que se realizou num determinado período, cumprindo um plano de trabalho preestabelecido.

A elaboração de um relatório conta com a utilização de papel branco, ou reciclado, tamanho A4, fonte Arial, ou Times New Roman, 12 ou 14, espaço entre linhas 1,5, escrita justificada, ocupando apenas um lado da folha. Sua configuração deve compreender 3 cm na margem esquerda e superior, 2 cm, na margem direita e inferior, sendo todas as folhas numeradas na parte superior à direita.

Partes de um relatório

1) Capa

É um elemento opcional e, sendo apresentada, nela deve constar o nome da instituição solicitante, o título do relatório, o nome do relator (autor), município em que foi desenvolvido o trabalho, o mês e ano de conclusão.

Capa (elemento opcional)


ESCOLA PROFISSIONALIZANTE SANTO AGOSTINHO

CURSO TÉCNCNICO EM ELETROMECÂNICA





CURSO TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA

Relatório de estágio supervisionado






PEDRO BATISTA DE OLIVEIRA

Belo Horizonte

Julho 2011

2) Folha de rosto

É uma parte indispensável a um bom relatório. Ela deve apresentar o nome da instituição solicitante, nome do relator (autor), o título do relatório, a natureza do estágio, o local de realização da pesquisa (empresa, setor e cidade) e a duração do período da pesquisa, com a especificação da carga horária total.

Folha de rosto (parte obrigatória)


ESCOLA PROFISSIONALIZANTE SANTO AGOSTINHO

PEDRO BATISTA DE OLIVEIRA



RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVIONADO

Curso técnico em Eletromecânica



EMPRESA CRISTO REI

Av. Cinco, 328, Bairro Capelinha, Major porto – MG

CEP: 36549-308 Fone: 31 – 3223 3025


Período: 01/03/2011 a 30/07/2011

Carga horária: 280 horas

Área: Manutenção de equipamentos


Belo Horizonte

Julho 2011

3) Agradecimentos /Dedicatória (parte opcional)

4) Sumário (índice)

Esse elemento é indispensável para indicar as páginas onde aparecem os temas e subtemas desenvolvidos em cada parte.

5) Apresentação ou Sinopse

Nessa seção, importante, mas não obrigatória, pode ser feita uma breve apresentação da instituição ou empresa, onde se desenvolveu o projeto, falando resumidamente sobre o plano de trabalho, mencionando como ocorreram as atividades e de que forma as pessoas envolvidas contribuíram para o cumprimento das tarefas propostas. Nessa apresentação, o autor mostra de forma concisa os aspectos mais relevantes do trabalho, a fim de que o leitor tenha uma prévia do que foi realizado.

6) Introdução

A Introdução de um trabalho é uma etapa importante na qual o autor explica os motivos da escolha do assunto, qual é a relevância dele para a comunidade acadêmica, para o mundo, ou em âmbito menor para a área pesquisada. Nela, o autor pode posicionar-se, com entusiasmo, procurando despertar o interesse do receptor pela leitura do trabalho desenvolvido. Nessa seção, normalmente se faz uma explanação sucinta do assunto, uma referência aos tópicos principais do trabalho, seguidas de uma justificativa, para que o leitor perceba a finalidade, ou os objetivos do que se fez.

7) Desenvolvimento

Nessa parte, o autor explicita a metodologia empregada na pesquisa, faz a narração criteriosa dos fatos observados, descrevendo os objetos e os processos investigados. Como é essa a parte mais extensa do trabalho, ela pode ser subdividida em capítulos, de forma que reflita o planejamento executado. A exposição e desenvolvimento dos argumentos que sustentam as investigações do relator (autor) fecham essa etapa do trabalho.

8) Conclusão ou considerações finais

No fechamento do relatório, o autor pode retomar o eixo central do projeto executado, ressaltando as idéias mais importantes e sintetizando a argumentação desenvolvida. Nessa seção, o autor deve fazer uma análise crítica do trabalho, evidenciando sua validade e a contribuição que ele trouxe à sua formação. Esse é o momento também de o autor dar ênfase aos resultados obtidos, com o intuito de convencer o receptor sobre a pertinência do trabalho desenvolvido. Por fim, uma reflexão sobre a experiência adquirida, demonstrando se os objetivos foram alcançados ou não, poderá ser feita nessa parte, na conclusão do relatório.

9) Referências bibliográficas, conforme a ABNT

10) Local, data e assinatura

Apresentação de seminário

O Seminário é um instrumento importante para o desenvolvimento do aluno na arte de expor conhecimentos, de discutir e debater assuntos sistematizados por meio de estudos ou pesquisas. Ele não se restringe à leitura de um texto, constituindo-se numa troca de idéias entre quem o apresenta e aqueles que dele participam.

O objetivo do seminário é dar oportunidade aos participantes de refletirem, aprofundando conhecimentos sobre um determinado problema, um assunto polêmico, ou sobre os resultados de uma experiência. Ele é uma prática comum especialmente na etapa final dos cursos de graduação e na conclusão dos cursos de formação tecnológica de nível médio, principalmente no caso de encerramento de estágio curricular supervisionado.

O seminário que marca a etapa final de uma formação é apresentado para uma banca composta de coordenadores, professores e alunos dos cursos, convidados pela unidade formadora. Para os alunos convidados, assistir às apresentações de um seminário é uma oportunidade rara, pois além dos conhecimentos advindos dessa prática, eles aprendem a pensar estratégias de exposição oral sobre temas direcionados a um público específico.

A apresentação de um bom seminário começa com um planejamento antecipado, seguido de sua elaboração e depois de treinamento. Assim, o autor deve organizá-la de forma que exponha todo conteúdo selecionado no tempo definido para tal. Normalmente, essa atividade pode durar de 20 a 40 minutos, tendo o seminarista em torno de 5 minutos para se apresentar e contextualizar sua exposição.

Depois desse primeiro momento, o autor desenvolve sua apresentação, explicitando os passos seguidos na realização do trabalho, relatando as ações desenvolvidas e descrevendo os processos vivenciados e as ferramentas utilizadas. Em seguida, o autor por meio de uma abordagem crítica, faz relações entre os conteúdos estudados no curso e sua experiência no projeto executado, evidenciando as contribuições para sua vida profissional.

Uma apresentação de seminário bem planejada ajudará o expositor a enfrentar a assistência com tranqüilidade, mantendo o domínio da situação, possibilitando-o transmitir com segurança o resultado de seu trabalho. Isso o deixará mais à vontade para receber as questões e questionamentos da banca examinadora e do público presente.

Para a apresentação, o expositor deve escolher os recursos que melhor evidenciam os resultados a serem transmitidos. A escolha certa, a fidelidade ao tema, a qualidade do material e a coerência com a proposta anunciada inicialmente, são fundamentais para o sucesso da apresentação. De posse do material, o apresentador deve organizá-lo e manuseá-lo de modo confortável, evitando ocupar as mãos com vários objetos ao mesmo tempo, uma vez que isso atrapalha e dificulta o andamento da apresentação.

Após a exposição, é comum a banca levantar questões, fazer perguntas com o intuito de buscar esclarecimentos ou de aprofundar em algum ponto específico do seminário. Nesse momento, a tranqüilidade e a sinceridade devem prevalecer. Caso haja alguma dúvida em relação às perguntas, seja da banca ou da platéia, o apresentador não deve arriscar uma resposta, deve enfrentar, com elegância, o problema, ressaltando a importância da questão, valorizando assim a pessoa que a suscitou.

Um bom seminário é aquele em que há uma explanação que conduza o raciocínio de quem dele participa de forma organizada. Assim, no início, o apresentador deve deixar claro sobre o que vai falar e porque o tema é importante. No desenvolvimento, ele deve apresentar o assunto de forma objetiva, possibilitando que a assistência o assimile com naturalidade. No final, a intervenção do seminarista deve suscitar no ouvinte a lembrança das partes essenciais da apresentação. Essa estratégia é indispensável para o êxito comunicativo desta técnica de exposição, transmissão e produção de conhecimentos que, comumente, chamamos de seminário.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Funções da linguagem

Na produção de mensagens, aparecem seis funções da linguagem, sendo que a predominância de uma ou de outra, em determinado texto, depende da finalidade e da intenção comunicativa do emissor. Vejamos isso, na prática, a partir dos textos que criamos para essa demonstração.

TRÊS FLORES
Andei ... andei ... andei ...
procurando três flores.
Vasculhei a face do mundo
e não pude encontrá-las.
A verdade, uma das flores, inexistia.
A justiça, a segunda delas, era utopia.
Com isso, a liberdade andava esfacelada.
Fui ver onde estava o erro
e vi o homem se disfarçando.
A função da linguagem que predomina nesse texto é a emotiva (expressiva), pois exprime a atitude do emissor em relação ao conteúdo da mensagem e da situação em que ocorre. Por isso dizemos que ela está centrada na 1ª pessoa do discurso, revelando seus sentimentos e emoções. Nos textos em que predomina essa função, os pronomes e os verbos em 1ª pessoa, as interjeições com valor emotivo, os julgamentos subjetivos e as entonações de voz são marcas que ajudam na sua identificação.
Não faça mal ao próximo, pois ele merece todo carinho e atenção. Semeie sempre a bondade para que possa colher sempre maravilhas no dia de amanhã. Não abra mão de ajudar toda e qualquer pessoa que estiver em dificuldades. A felicidade daqueles que recebem ajuda volta para quem os ajudou. Seja bom, aqui e agora, para colher no futuro a recompensa.
Esse texto se orienta para o destinatário, procurando sensibilizá-lo ou influir no seu comportamento. Nos textos em que isso ocorre, predomina a função conativa (apelativa), pois sua finalidade é despertar no receptor o desejo de realizar alguma coisa. Nesse caso, os verbos no modo imperativo, os pronomes de 2ª pessoa são marcas recorrentes na construção da mensagem.
Os amigos do clube chegaram pela manhã ao local combinado. Às 7h30min, todos estavam prontos para a partida. Depois de algumas horas de viagem, chegaram às barrancas do São Francisco. Armaram as barracas, pegaram seus apetrechos e começaram a pescaria. Ficaram por lá uma semana e voltaram felizes, embora não tivesse pescado nenhum grande peixe.
Nesse tipo de texto, prevalecem a objetividade e a impessoalidade. Os verbos na 3ª pessoa e o tom formal da linguagem são marcas salientes na sua estruturação. São textos que primam pela clareza da informação, logo a função da linguagem predominante é a referencial (denotativa), já que está centrada na realidade exterior, pertencente ao mundo extralingüístico, também chamado de contexto.
RECEITA
Pegue lápis e papel;
Palavras soltas ao vento;
respire um momento;
e, passo a passo, calmamente,
vai tecendo seu invento.
A metalinguagem é a linguagem que descreve outra linguagem, ou qualquer sistema de comunicação. Nesse caso, temos a linguagem do poema falando da criação poética. Ou seja, a mensagem está centrada no código, logo função metalinguística.
FESTANÇA
A dança, a trança;
A dança da trança.
A trança, a dança;
a trança da dança.
Dança a trança.
Trança a dança.
A dança trança,
retrança, balança
e destrança
.
A função poética é aquela que realça o sentido da mensagem por meio de um arranjo linguístico especial. Recursos estéticos ligados aos aspectos visuais, sonoros, rítmicos e às figuras de estilo são evidências da predominância desta função. É o caso, por exemplo, do texto “Festança”.
- Você não liga para mim há muito tempo?
- É aperto, mamãe!
- Mas o que você está fazendo, hoje?
- Estou de folga.
- Pois é, já são 18h30, você de folga do trabalho e nem pra me ligar!
- Mamãe, me desculpe! Eu te amo muito!
- É, meu filho, nem parece. Você está cada vez mais distante de mim.
A função fática é aquela que procura estabelecer, prolongar ou interromper o processo comunicativo. É a manifestação da necessidade ou do desejo de se comunicar. Ela está centrada sobre o contato físico ou psicológico, canal que conduz a mensagem ao entendimento do interlocutor. Logo, as interrogações, as exclamações, as reticências, travessões são marcas evidentes nos textos em que ela predomina.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Relacionamento profissional

No início de um negócio ou da carreira profissional, deparamos com muitas dificuldades que exigem de nós equilíbrio, serenidade e sobretudo sabedoria para superá-las. De todos os problemas, o relacionamento com os colegas no ambiente de trabalho parece ser o mais complicado.

Não existe nenhuma fórmula a ser seguida que garanta uma boa convivência. As pessoas são diferentes, e por isso vêem a realidade, divergindo em relação à maioria dos assuntos. O desafio de cada um é não deixar que essas diferenças causem problemas de convivência.

A primeira medida que devemos adotar é colocar em prática o princípio da boa educação. Ser cordial com os colegas de trabalho, tratando-os com respeito é o ponto de partida para a construção de uma convivência saudável. Afinal, ninguém gosta de lidar com pessoas rancorosas, arrogantes e mal-educadas.

Gentileza no trato com as pessoas nunca é demais. Por isso em vez de fechar o rosto para o colega, devemos abrir um sorriso, dando-lhe um bom dia, uma boa tarde, boa noite, ou até logo. A sinceridade de um cumprimento, na chegada ou na saída, a expressão de um "por favor", "com licença", "obrigado(a)" ou "desculpe-me", é uma forma de aproximação e de fortalecimento dos laços de amizade e companheirismo.

Há pessoas que vivem procurando os pontos fracos dos colegas, para expô-los publicamente. Ora, falhas todos temos. Como seres humanos, somos imperfeitos e sujeitos a muitos deslizes. Por isso, não devemos procurar defeitos e sim realçar sempre as coisas positivas que observamos naqueles com os quais convivemos. Nesse sentido, difamar um colega é semear uma erva maligna para gerar conflitos e tumultuar os relacionamentos.

Uma coisa que mais cativa as pessoas no ambiente de trabalho é a prática solidária. Aquele que se dispõe a ajudar o colega, sem exigir nada em troca, constrói o alicerce para um bom convívio no ambiente de trabalho. Aquele que diz “não!” para as necessidades dos colegas é como um atleta jogando fora do seu time. Afinal, todos precisam de ajuda e, de algum modo, todos têm algo a oferecer em favor do bem-estar e profissional daqueles com quem compartilhamos grande parte do tempo de nossas vidas no ambiente de trabalho.

O conceito de time aqui me parece o mais adequado para caracterizar um trabalho coletivo em que as partes se harmonizam em prol de uma boa convivência profissional. Nenhum time vai bem, se uma de suas partes destoa do restante da equipe. Todos devem se empenhar da mesma forma, atuando ao mesmo tempo, com o mesmo nível de dedicação e respeito. Não importa as diferenças em relação às habilidades e ao talento. O mais importante é a pontualidade, a assiduidade e o comprometimento. Se cada um se empenhar, certamente usará da melhor forma toda a potencialidade que lhe é peculiar em favor do sucesso de todos. Se o coletivo não age como time, cada um fazendo o que bem entende, do jeito que quer, quando quer, o trabalho se torna difícil para todos.

O sucesso de um trabalho em equipe pressupõe humildade para o exercício do dom de saber ouvir. Há momentos em que o silêncio é mais importante que as palavras para o estabelecimento da serenidade e da paz. Essa é uma habilidade que precisa ser desenvolvida para a construção de um bom relacionamento.

Por fim, é importante dizer que em um ajuntamento de pessoas, cada um age por si, sem pensar no outro. Em um time, não. Este possui regras claras, normas e procedimentos a serem cumpridos para que o todo funcione. Por isso, as dificuldades no ambiente de trabalho somente são superadas, quando todos jogam juntos. Do contrário, vem o desgaste, o sofrimento, as desilusões. Ou seja: o labor vira sacrifício. Portanto, o desafio de todos é fazer parte de um time e não simplesmente de um grupo.